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Médias
Fait partie de Histoire de la Martinique : à l'usage des cours supérieur et complémentaire des écoles primaires
- contenu (bibo:content)
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.J. L U C R E C E
DIRECTEUR D'ECOL
H I S T O I R E
DE LÀ
M A R T I N I Q U E
Cours Supérieur et Complémentaire
des Écoles Primaires
LES PRESSES UNIVERSITAIRES
DE FRANCE
MANIOC.org
Réseau des bibliothèques
Ville de Pointe-à-Pitre
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MAR
29
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H I S T O I R E
D E
LA MARTINIQUE
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Ville de Pointe-à-Pitre
Victor S C H Œ L C H E R (1804-1893).
H I S T O I R E
D E
LA M A R T I N I Q U E
A L ' U S A G E
D E S C O U R S S U P É R I E U R E T C O M P L É M E N T A I R E
DES É C O L E S P R I M A I R E S
Ouvrage i l l u s t r é de 32 gravures
P A R
J. L U C R È C E
Directeur d'École
E n v e n t e :
Chez l'Auteur et dans toutes les librairies de Fort-de-France (Martinique)
R É P U B L I Q U E F R A N Ç A I S E
LIBERTÉ E G A L I T E F R A T E R N I T É
Fort de France, le 19 novembre 1930
Le Chef du Service de l'Instruction Publique à
M. Lucrèce Jules, Directeur d'Ecole, Marin.
J ' a i l u avec i n t é r ê t le livre que vous venez d ' é c r i r e
sur l'histoire de la M a r t i n i q u e . E v i d e m m e n t , i l ne
s'agit pas d ' u n ouvrage savant où l ' o n remonte aux
sources, où l ' o n discute les textes, où l ' o n construit
des t h é o r i e s nouvelles : vous vous en tenez à un manuel
pratique, à un e x p o s é pour les classes, à un intelligent
r é s u m é , capable de donner aux élèves des écoles p r i -
maires des connaissances utiles sur l ' é v o l u t i o n de
leur pays, sur le d é v e l o p p e m e n t politique et social
de leur petite patrie.
L e but l i m i t é et précis que vous vous êtes p r o p o s é ,
vous l'avez atteint : par la lecture de votre manuel,
les jeunes Martiniquais c o n n a î t r o n t les conditions
de la d é c o u v e r t e des Antilles, les m œ u r s des C a r a ï b e s ,
l'importance de la Compagnie des Iles d ' A m é r i q u e ,
le rôle de D ' E n a m b u c et de Dupont, les rigueurs du
pacte colonial, les r é c l a m a t i o n s des esclaves, les luttes
contre les Anglais, l ' i d é a l i s m e des abolitionnistes,
les réformes d é m o c r a t i q u e s de la 3
e
R é p u b l i q u e , bref,
tous les grands é v é n e m e n t s que l ' o n doit c o n n a î t r e
M A R T I N I Q U E
Instruction Publique
Cabinet
du Chef de Service
V I
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
quand on veut ê t r e cligne de son pays et m é r i t e r le
nom de citoyen.
Mais votre livre a une q u a l i t é sur laquelle je tiens
à insister : les faits politiques et militaires n'occupent
pas seuls votre attention. Vous aimez à insister sur
les m œ u r s des habitants, sur le degré de civilisation
des vaincus ou des vainqueurs, sur le d é v e l o p p e m e n t
des idées de justice et de concorde, sur les p r o g r è s
sociaux peu à peu réalisés et parfois i m p o s é s , sur l ' i m -
portance du p r o b l è m e agraire, sur l a nécessité de la
l i b e r t é et sur les services rendus par l'enseignement : ce
c a r a c t è r e social de votre œ u v r e , cet éloge muet de la
d é m o c r a t i e , en vue de former les intelligences et de
faire réfléchir la jeunesse, est un m é r i t e que je me
plais à souligner.
U n mot encore : votre livre est facile à lire, et disons-
le, franchement a g r é a b l e à relire. Cela tient sans doute
à la précision de l ' e x p o s é , à l'absence des longueurs,
à la v a r i é t é des questions é t u d i é e s , à l ' i n t é r ê t des
« Lectures » q u i accompagnent chaque chapitre, à
d'autres m é r i t e s encore. U n livre de classe q u i n'est
pas ennuyeux est une chose assez rare pour que je
me permette de vous féliciter de ce succès de com-
position.
Vous avez écrit un bon l i v r e .
A . F O U R E T .
P R É F A C E
Ce livre sans p r é t e n t i o n , est l ' œ u v r e d'un excellent
directeur d'école q u i , f r a p p é de l'ignorance totale
où se trouvent les élèves et aussi bien des adultes,
des faits les plus importants de notre histoire locale,
a compilé à leur usage un r é s u m é clair et précis.
Ce n'est point un monument d ' é r u d i t i o n de savante
exégèse, bien q u ' i l repose sur l ' é t u d e attentive des meil-
leures sources et de nombreux documents. L e p é d a g o g u e
court au plus pressé, et faisant son profit des ouvrages
a n t é r i e u r s , i l choisit, coordonne les faits g é n é r a l e m e n t
admis, pour p r é s e n t e r un tableau instructif du d é v e l o p -
pement de notre société, des luttes, des conflits, des
vicissitudes, des réussites qui forment la trame du passé
et aboutissent à notre situation actuelle.
Histoire palpitante que celle des trois siècles où
nos a n c ê t r e s venus de France ou i m p o r t é s d'Afrique,
confinés sur le m ê m e sol é t r o i t , dans cette M a r t i n i q u e ,
c l é m e n t e et féconde ont ensemble, à travers tant d'obs-
tacles, par l'effet insidieux du climat, des nécessités
é c o n o m i q u e s et du m i m é t i s m e social, créé une race
créole complexe mais pourtant bien c a r a c t é r i s é e , q u i
prend mieux conscience chaque jour de sa vigueur, de
ses possibilités, de sa s o l i d a r i t é foncière, et q u i veut
faire de son minuscule berceau un séjour de plus en
plus confortable et attrayant.
Quelles é t a p e s parcourues déjà, depuis les temps
V I I I
P R É F A C E
h é r o ï q u e s des luttes contre les C a r a ï b e s , contre les
fièvres, les compagnies avides, les Hollandais, les
Anglais ! Ce furent ensuite les troubles civils de la
R é v o l u t i o n , de l ' é m a n c i p a t i o n et enfin les r é c e n t e s
c o n q u ê t e s de la D é m o c r a t i e que couronnera b i e n t ô t ,
s u p r ê m e objectif politique, notre assimilation c o m p l è t e
à la M é t r o p o l e .
Toute cette é v o l u t i o n est m é t h o d i q u e m e n t c o n t é e
dans le p r é s e n t ouvrage q u ' u n souffle patriotique
anime sous l ' o b j e c t i v i t é du r é c i t . A u c u n fait important
n'a é t é omis et les lectures q u i terminent les chapitres
é c l a i r e n t d'un jour plus v i f les a p e r ç u s i n t é r e s s a n t s .
Les jugements sont empreints d'une saine m o d é -
ration ; si l'auteur n'entend rien cacher des réalités du
passé, i l en parle sans passion, é q u i t a b l e m e n t , tenant
compte des m œ u r s et des circonstances, car i l y cherche
surtout un fécond enseignement de justice et de fra-
t e r n i t é .
Les Martiniquais de toutes conditions ont le droit
d ' ê t r e fiers de leur île qu'ils ont su d é f e n d r e et féconder
au cours de trois siècles et q u i fait aujourd'hui figure
de d é p a r t e m e n t d'outre-mer. A u c u n d'eux ne devrait
ignorer les phases de sa genèse, et cet enseignement
s'impose dès l'école.
E n consacrant son intelligence et son e x p é r i e n c e
p é d a g o g i q u e à composer cet excellent r é s u m é , M . L u c r è c e
a bien m é r i t é de son petit pays. Je souhaite que son
livre soit b i e n t ô t dans toutes les b i b l i o t h è q u e s et entre
les mains des grands élèves de nos divers é t a b l i s s e m e n t s
d'enseignement.
L . A C H I L L E
Agrégé de l'Université.
A V A N T - P R O P O S
Cette Histoire de la Martinique est dédiée aux élèves
des cours s u p é r i e u r et c o m p l é m e n t a i r e de nos écoles ;
c'est la modeste contribution qu'au déclin de ma c a r r i è r e
j'apporte à l ' é d u c a t i o n des enfants du peuple de mon
P a y s .
Je la p r é s e n t e en toute confiance à l'indulgence
de mes collègues, d'autant plus que notre d i s t i n g u é
camarade A c h i l l e , dont l a haute culture est a p p r é c i é e
de tous a consenti à en accepter le parrainage.
Je l u i adresse i c i mes plus vifs remerciements et
l'expression de ma profonde reconnaisssance.
L'ouvrage n'a qu'une a m b i t i o n : faire c o n n a î t r e
aux jeunes gens q u i sont sur le point de quitter l'école,
les efforts accomplis par nos a n c ê t r e s pour la colo-
nisation de notre petit pays, les luttes h é r o ï q u e s qu'ils
ont soutenues dans le passé pour conserver à la France
Tune de ses plus belles et de ses plus riches colonies
d ' A m é r i q u e , nos divisions intestines q u i ont permis
à trois reprises à ceux que nous c o n s i d é r i o n s autrefois
comme nos ennemis h é r é d i t a i r e s de c o n q u é r i r la M a r t i -
nique, les g é n é r e u x efforts des hommes comme Schoelcher,
L a m a r t i n e , A r m a n d Barbes, Louis Blanc, L e d r u - R o l l i n
et t a n t d'autres q u i ont combattu et souffert pour
nous octroyer la l i b e r t é et. nous élever à la d i g n i t é de
citoyens.
X
A V A N T - P R O P O S
J ' a i r a c o n t é les faits avec i m p a r t i a l i t é mais sans
faiblesse, je n ' a i eu q u ' u n seul souci, celui de la v é r i t é
historique.
Je me suis i n s p i r é pour la r é d a c t i o n de cet ouvrage
de l'Histoire de la Martinique de Sidney-Daney q u i
s ' é t e n d des p r e m i è r e s a n n é e s de la colonisation j u s q u ' à
1815 ; pour la p é r i o d e qui v a de 1815 à nos jours, la ma-
t i è r e de chaque leçon m ' a é t é fournie par les actes
officiels publiés aux différents bulletins de la Colonie.
Je me suis p r o p o s é de rendre les leçons i n t é r e s s a n t e s
et instructives en les accompagnant d'illustrations
et en les faisant suivre de lectures i m p r é g n é e s de franche
é m o t i o n et servant de c o m p l é m e n t à ces leçons ; à
mes collègues de juger si j ' y ai r é u s s i .
Pour ma part, je n ' a i q u ' u n seul regret, celui de n'avoir
pas pu leur p r é s e n t e r une œ u v r e sans imperfections
et sans lacunes mais par contre j ' é p r o u v e , au moment
où je livre cet ouvrage à leur a p p r é c i a t i o n , la satis-
faction d'avoir fait de mon mieux.
J . L .
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
P R E M I È R E L E Ç O N
Découverte de l'Amérique
par Christophe Colomb
Le continent que nous appelons aujourd'hui l ' A m é -
rique, a é t é d é c o u v e r t en 1492 par Christophe Colomb.
L e grand navigateur apporta à l a r é a l i s a t i o n d ' u n
r
ê v e q u ' i l caressait depuis longtemps une p e r s é v é r a n c e
sans égale. I l p r é t e n d a i t en faisant voile vers l'occident
arriver a u x Indes déjà connues.
Les Génois, ses compatriotes, se m o q u è r e n t de son
niée aventureuse. L e roi du P o r t u g a l , à q u i i l s ' é t a i t
adressé afin d'avoir des bateaux pour l'entreprise
qu'il m é d i t a i t , le t r a i t a de fou.
Colomb se rendit alors en Espagne, sollicita et
obtint une entrevue d u r o i F e r d i n a n d le Catholique.
Celui-ci é c o u t a d'une oreille distraite le projet q u i l u i
était soumis.
Les enfants, e u x - m ê m e s , se moquaient de Colomb.
Ils se frappaient malicieusement le front quand ils le
rencontraient dans la rue et accablaient de railleries
1
2 HISTOIRE DE LA MARTINIQUE
amères le pauvre insensé qui voulait aller aux Indes,
« on leur tournant le dos ».
Colomb cependant, ne se laissa point abattre par
les sarcasmes des uns, le mépris ou l'indifférence des
autres. Il se montra, au contraire, résolu et opiniâtre ;
mais incapable de subvenir à ses besoins, réduit à la
Christophe COLOMB.
Né à Gênes on 1451 et mort à Valladolid en 1506.
mendicité dans un pays étranger, il résolut de quitter
l'Espagne. Un soir qu'il errait à l'aventure, tenant par la
main son jeune fils Diégo, il s'arrêta devant la porte d'un
monastère et demanda, à un vieux moine qui en gardait
l'entrée, du pain pour son enfant qui avait faim. Le moine
l'interrogea : Colomb raconta sincèrement son histoire et
exposa passionnément son projet. Le religieux, frappé
de la justesse des idées exprimées par Colomb, fut gagné
à sa cause. Comme il avait de puissantes relations à la
Cour, il obtint de la Heine Isabelle, trois petits bateaux
D É C O U V E R T E D E L ' A M É R I Q U E
3
assez bien é q u i p é s , qu'on d é s i g n a i t alors sous le nom de
Caravelles : la Santa-Maria, la Nina, et la Pinta.
C'est avec cette flottille que Colomb allait d é c o u v r i r
le Nouveau-Monde.
Les Péripéties du voyage ; la Joie de la découverte. —
11 partit de Palos, petit port espagnol de l'Andalousie, le
3 a o û t 1492 et a p r è s bien des difficultés atterrit à Guana-
hani, le 12 octobre de la m ê m e a n n é e . A u cours de ce
voyage long et hasardeux Colomb eut à lutter contre
son é q u i p a g e , inquiet et effrayé, qui se disposait à la
r é v o l t e et r é c l a m a i t sans cesse le retour en E u r o p e .
Accordez-moi quelques jours encore, leur disait
Colomb, et je vous donnerai satisfaction.
Aussi, une joie immense s'empara-t-elle de tous quand
la vigie de la S a n t a - M a r i a signala, dans l a m a t i n é e du
12 octobre, la terre du Nouveau-Continent.
Découverte des Grandes Antilles. — C'est au cours de ce
premier voyage que Christophe Colomb d é c o u v r i t , en
m ê m e temps que Guanahani q u ' i l appela San-Salvador,
toutes les grandes Antilles : H a ï t i , Cuba, J a m a ï q u e et
Porto-Rico.
Il retourna ensuite en Espagne, y fut triomphalement
accueilli par le peuple, magnifiquement r e ç u à la Cour
où le Roi et la Reine firent célébrer des fêtes solennelles
en son honneur.
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
L E C T U R E
Les trois jours de Christophe Colomb.
En Europe ! En Europe ! — Espérez ! — Plus d'espoir !
— Trois jours, leur dit Colomb, et je vous donne un inonde.
Et son doigt le montrait, et son œil, pour le voir,
Perçait de l'horizon l'immensité profonde ;
Il marche et des trois jours le premier a lui ;
Il marche et l'horizon recule devant lui ;
Il marche et le jour baisse.
Enfin l'aube attendue, et trop lente à paraître
Blanchit le pavillon de sa douce clarté
« Colomb, voici le jour ! le jour vient de renaître !
Le jour et que vois-tu ? — Je vois l'immensité.
Le second jour a lui. Que fait Colomb ? II dort,
La fatigue l'accable et dans l'ombre on conspire.
« Périra-t-il ? Aux voix : — La mort ! — La mort ! — La mort !
Qu'il triomphe demain, ou parjure, il expire.
Soudain du haut des mâts, descendit une voix :
« Terre, s'écriait-on, terre ! terre !... » Il s'éveille,
II court. Oui, la voilà ! c'est elle ! tu la vois !
La terre !... O doux spectacle ! O transport ! ô Merveille !
O généreux sanglot qu'il ne peut retenir !
Casimir DELAVIGNE.
D E U X I È M E LEÇON
Découverte de la Martinique
Les Caraïbes
Christophe Colomb fit plusieurs autres voyages en
A m é r i q u e . A son d e u x i è m e voyage, i l d é c o u v r i t la M a r t i -
nique le 11 novembre 1493, jour anniversaire de la fête
S a i n t - M a r t i n . P a r une c o ï n c i d e n c e q u i m é r i t e d ' ê t r e re-
tenue cette date du 11 novembre est aussi celle de l'ar-
mistice q u i mit fin à la grande guerre de 1914-1918. E l l e
est célébrée comme jour de fête nationale, « la F ê t e de
la Victoire et de la P a i x ».
On croit g é n é r a l e m e n t que Christophe Colomb appela
notre île Martinique en souvenir de la m é m o i r e de saint
M a r t i n , é v ê q u e de Tours, un des premiers a p ô t r e s du
christianisme en Gaule, r é p u t é pour sa b o n t é et sa c h a r i t é .
Les i n d i g è n e s ou C a r a ï b e s q u i habitaient alors l'île
la d é s i g n a i e n t sous le nom de Madiana ou Madinina,
mot qui dans leur langue signifiait « île aux fleurs ».
Aspect de l'Ile. — L a M a r t i n i q u e n'avait pas l'aspect
qu'elle p r é s e n t e aujourd'hui. E l l e é t a i t alors couverte de
G
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
vastes forets où pullulaient l'agouti, le manicou, le lézard
et le redoutable t r i g o n o c é p h a l e ; elle ne p o s s é d a i t ni ville,
ni bourg, ni hameau. Ça et là, s ' é l e v a i e n t sur la c ô t e , au
fond des anses ou à l'embouchure des rivières, les gros-
siers carbets en bambou et en roseau des C a r a ï b e s .
Aucune route ne donnait accès à l ' i n t é r i e u r de l'île
où les C a r a ï b e s , p r o t é g é s par la forêt vierge, se réfu-
giaient en cas d'attaque.
Les Caraïbes. — Les Caraïbes habitaient non seule-
ment les grandes et les petites Antilles, mais une partie
de l ' A m é r i q u e centrale ainsi que la côte septentrionale
de l ' A m é r i q u e du S u d , de l'isthme de P a n a m a à l'embou-
chure de l ' A m a z o n e . Christophe Colomb les d é s i g n a i t
tous sous le nom d'Indiens, ceux de la terre ferme comme
ceux des grandes et des petites Antilles.
Portrait. — Les Caraïbes é t a i e n t de taille moyenne,
bien p r o p o r t i o n n é e ; ils avaient les yeux noirs, les che-
veux soyeux et l a peau b a s a n é e .
Ils é t a i e n t à l'origine bons et hospitaliers, mais plus
t a r d , ils devinrent m é c h a n t s , soupçonneux et perfides
au contact des conquistadores qui prenaient plaisir à les
martyriser.
Habitation. — Ils v i v a i e n t dans des carbets, buttes
construites en roseau ou en bambou et recouvertes de
feuilles de cocotier.
Les enfants vivaient nus avec leur mère dans des
ajoupas, sortes de carbets dont, le toit é t a i t formé d'un
seul versant. Les hommes dormaient dans des hamacs en
coton tressés par leurs femmes.
D É C O U V E R T E D E L A M A R T I N I Q U E
7
Vêtements. — Ces hommes el les femmes portaient un
petit tablier qui cachait leur n u d i t é ; le
.
tablier des
femmes était plus long et plus large que celui des hommes.
Ce tablier é t a i t retenu par une ceinture v é g é t a l e à l a -
quelle les hommes attachaient un couteau, un boulou et
une hache en bois dur.
Aux jours de fête, les femmes portaient un pagne en
coton qui s'agrafait à l ' é p a u l e , des bracelets aux jambes
et des caracolis au cou.
Nourriture. — Ils se nourrissaient du produit de leur
chasse ou de leur p ê c h e .
L a forêt leur fournissait l'agouti, le l é z a r d , le manicou,
le perroquet, le crapaud domestique et diverses v a r i é t é s
de crabes.
L a mer leur donnait d'excellents poissons.
Armes. — Leurs armes se composaient surtout d'arcs
solides bien ornés et de flèches qu'ils d é c o c h a i e n t avec
une e x t r ê m e h a b i l e t é . Ils se servaient é g a l e m e n t de leur
hache et de leur boutou, espèce de gros b â t o n noueux avec
lequel ils assommaient leurs adversaires.
Mœurs et coutumes. — Les Caraïbes se pommadaient
tout le corps d'un mélange d'huile et de roucou. L e rou-
couyage était, p r a t i q u é par les femmes ; les hommes
pendant l ' o p é r a t i o n se tenaient assis sur des escabeaux.
Les C a r a ï b e s pratiquaient l a polygamie, ils é p o u s a i e n t
leurs s œ u r s ou leurs cousines dès qu'elles avaient atteint
1 âge de p u b e r t é . Les hommes mangeaient seuls ; les
femmes se retiraient d i s c r è t e m e n t une fois le repas servi
Pour laisser leurs maris manger, causer et fumer leur
calumet.
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Les morts é t a i e n t e m b a u m é s et conservés à croupe-
tons dans une caisse au niveau du sol et recouverts d'une
natte. Les parents et les visiteurs devaient soulever la
natte et les toucher.
L e chef ou boyez jouissait seul du privilège d ' ê t r e
e n t e r r é dans son carbet, mais sa famille devait le
m ê m e jour abandonner le carbet et en construire un
autre plus l o i n .
Civilisation. — Les Caraïbes avaient l'esprit borné,
mais n ' é t a i e n t pas d é p o u v u s de sens artistique. O n a re-
t r o u v é à la M a r t i n i q u e , à la Guadeloupe et à la D o m i -
nique des s p é c i m e n s de pierres taillées par les Caraïbes et
des poteries c a r a ï b e s sur lesquelles sont gravées des t ê t e s
de femme.
Religion. — Ils croyaient à l'existence de deux ê t r e s
surnaturels, l ' u n infiniment bon et l'autre infiniment m é -
chant.
Le premier s'appelait Bogis (esprit bon), le second
Manitou (chien terrible). Mais contrairement à ce q u i
se pratique chez les peuples civilisés, 1 esprit du mal dont
ils redoutaient la colère é t a i t seul l'objet de leur culte ;
ils lui adressaient, des prières et lui offraient des sacrifices.
Les C a r a ï b e s pensaient que l'esprit du bien é t a i t i n -
capable de leur faire du mal et ne l u i rendaient aucun
hommage.
Ils croyaient é g a l e m e n t à l ' i m m o r t a l i t é de l ' â m e , mais
ils pensaient que chaque homme en p o s s é d a i t trois
qui avaient leurs sièges respectifs au c œ u r , à la t ê t e et au
bras. Ces â m e s se manifestaient par les battements du
cœur et les pulsations des a r t è r e s . Après la mort, l ' â m e
du c œ u r seule é t a i t admise au Ciel pour y ê t r e heureuse ;
D É C O U V E R T E D E L A M A R T I N I Q U E 9
les deux autres devenaient M aboyas, ou esprits malins et
s'amusaient à taquiner et à faire souffrir les v i v a n t s .
Les Caraïbes leur attribuaient tous les m a u x dont ils
é t a i e n t victimes.
P R E M I È R E L E C T U R E
Les Galibis et les Caraïbes
Le révérend Père Raymond, religieux de l'ordre de Saint-Domi-
nique, qui a vécu au XVII
e
siècle et a passé une bonne partie de sa vie
aux Antilles, nous a laissé des Galibis et des Caraïbes une relation
très intéressante sur l'origine et les mœurs de ces sauvages. Nous en
extrayons le passage suivant : « J'ai appris des capitaines de l'île
de la Dominique que les mots de Galibi et de Caraïbes c'étaient les
noms que les Européens leur avaient donnés, et que leur véritable
nom était Callinago, qu'ils ne se distinguaient que par ces mots
Oubaobanum et Boloiiébanum, c'est-à-dire des Iles ou de terre ferme ;
que les insulaires étaient les Galibis de terre ferme qui s'étaient
détachés du continent pour conquester (conquérir) les îles, que le
Capitaine qui les avait conduits était petit de corps, mais grand de
courage, qu'il mangeait peu et buvait encore moins, qu'il avait
exterminé tous les naturels du pays (les Ygnéris), à la réserve des
femmes qui ont toujours gardé quelque chose de leur langue ; que
pour conserver la mémoire de ces conquêtes il avait fait porter les
têtes des ennemis que les Français ont trouvées, dans les rochers qui
sont sur le bord de la mer, afin que les pères les fissent voir à leurs
enfants et successivement à tous les autres qui descendraient de leur
postérité. Ils m'ont dit qu'ils avaient eu des Rois, que le mot
Hoüyou était celui de ceux qui les portaient sur leurs épaules : et
que les Caraïbes qui avaient leur carbet au pied de la soufrière de la
Dominique, au delà d'Arnichon, étaient descendus de ces Rois. »
D E U X I È M E L E C T U R E
Les découvertes de Christophe Colomb
« La première des Lucayes sur laquelle avait abordé Colomb,
se trouva une île peuplée d'honnêtes Indiens, accueillants
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H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
et sans malice. Il put prendre contact avec eux. Il en obtint des
vivres et des pilotes. Si bien que, peu de jours après avoir- découvert
les Lucayes, il découvrait Cuba, puis-Saint-Domingue avec Cuba.
Soit dit entre parenthèses, il n'est pas mauvais de préciser un peu
ce point que les premiers Européens qui mirent le pied en terre amé-
ricaine furent très gracieusement accueillis. Le contraire aurait pu
advenir.
Les Compagnons de Colomb, et surtout ses successeurs, répon-
dirent aux démonstrations amicales des indigènes par des massacres
plus stupides encore que féroces. Comme jadis le conquérant romain,
ils firent la solitude sous prétexte d'établir la paix. Et c'est seule-
ment quand le dernier descendant de la race primitive eut été brûlé
vif, ou arquebusé, que soudain, les conquérants s'aperçurent do
l'impuissance totale où ils étaient de travailler de leurs mains sous
un climat trop chaud et trop anémiant. Espagnols d'abord, et plus
tard Anglais, Français, Hollandais, Portugais, connurent une crise
de main-d'œuvre telle que ces terres si fertiles du Nouveau-Monde
faillirent être délaissées. La forêt vierge commençait d'y régner en
souverain quand on imagina une solution : le transport en Amérique
d'esclaves nègres achetés sur la côte africaine.
Claude F A R R È R E .
Extrait de Conférencia, journal de l'Université des Annales,
n° 9, du 16 avril 1925.
T R O I S I È M E L E Ç O N
Rivalité des puissances européennes en Amérique. — Premières
Colonies françaises d'Amérique. — Compagnie des Iles d'Amé-
rique.
—
De l'Olive et Duplessis.
Rivalité des Nations européennes en Amérique. — L a
d é c o u v e r t e de l ' A m é r i q u e suscita un v i f désir de con-
q u ê t e s citez les principales nations de l ' E u r o p e et y créa,
en m ê m e temps, u n fort courant d ' é m i g r a t i o n vers les
riches c o n t r é e s du Nouveau-Monde. L ' E s p a g n e , le Por-
tugal, l'Angleterre, la France, l a Hollande, voulurent
posséder de vastes colonies en A m é r i q u e afin d'y assurer
leur s u p r é m a t i e navale et commerciale. Une r i v a l i t é qui
alla en croissant surgit entre ces nations ; elle fut mar-
quée au d é b u t par des combats navals dans le golfe du
Mexique et la mer des C a r a ï b e s , entre les écumeurs de
mer, corsaires ou péroutiers de n a t i o n a l i t é différente,
a g g r a v é e ensuite par l'intervention a r m é e de ces puis-
sances, soit pour d é f e n d r e soit pour a c c r o î t r e leur domaine
colonial.
Premiers établissements français d'Amérique : le
Canada, Saint-Christophe. Infructueux essai en
Guyane. Sous le règne de F r a n ç o i s I
e r
, Jacques
Cartier avait exploré le Canada et re lté le cours du
fleuve Saint-Laurent. En 1604, des Colons F r a n ç a i s , sous
la conduite de Samuel C h a m p l a i n , s ' é t a b l i r e n t à l'em-
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H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
bouchure de ce fleuve et y f o n d è r e n t quatre ans plus tard
la ville de Q u é b e c . Ce fut le premier é t a b l i s s e m e n t
français d ' A m é r i q u e .
Ils prirent ensuite possession de tout le territoire com-
pris dans la région du S a i n t - L a u r e n t ; ce territoire auquel
ils d o n n è r e n t le nom de Nouvelle France est aujour-
d'hui la florissante colonie Anglaise du Canada.
E n m ê m e temps que C h a m p l a i n colonisait le Canada,
un autre F r a n ç a i s , d ' E n a m b u c , s ' é t a b l i s s a i t à Saint-
Christophe, y fondait rapidement une riche colonie, tan-
dis q u ' u n gentilhomme gascon, A d a l b e r t de la R é v a r -
dière, essayait sans succès de coloniser Ouyana (nom
par lequel les Indiens d é s i g n a i e n t la Guyane).
Compagnie des Iles d'Amérique. — De l'Olive et
Duplessis. — E n 1626, sous le r è g n e de Louis X I I I ,
quelques grands Seigneurs du R o y a u m e , en t ê t e desquels
le marquis d'Effiat, f o n d è r e n t à Paris une puissante asso-
ciation qui prit le nom de « Compagnie des Iles d ' A m é -
rique ». P l a c é e sous l a . haute a u t o r i t é du C a r d i n a l de
Richelieu, cette Compagnie se proposait de peupler les
Iles d ' A m é r i q u e et d'y é t a b l i r des personnes d ' a u t o r i t é
pour la conservation des F r a n ç a i s , avec privilèges d'ex-
ploiter les terres et mines pendant vingt ans, à charge de
tenir ces îles sous l ' a u t o r i t é du R o i et de l u i verser le
d i x i è m e des produits.
C'est en v e r t u d'un contrat p a s s é avec cette Compagnie
pour la colonisation de l a M a r t i n i q u e , de la D o m i n i q u e
et de la Guadeloupe que L i y é n a r t de l ' O l i v e et Duplessis
d'Ossonville d é b a r q u è r e n t à la M a r t i n i q u e et prirent
possession de l'île le 25 j u i n 1635.
D É C O U V E R T E D E L A M A R T I N I Q U E
L E C T U R E
Ecumeurs de mer ; corsaires ; pirates
Les ecumeurs de mer désignaient autrefois des bateaux armés pour
la piraterie ; les hommes qui formaient l'équipage de ces bateaux
portaient le même nom. Ils opéraient particulièrement dans la mer
des Caraïbes et le golfe du Mexique qu'on appelait alors golfe du
Pérou ; d'où le nom de péroutiers par lequel on les désignait
souvent.
Les pirates étaient des ecumeurs de mer qui attaquaient indiffé-
remment tous les navires qu'ils rencontraient, s'emparaient de leurs
cargaisons et les coulaient ensuite.
Les corsaires n'attaquaient que les bateaux des nations en guerre
avec leur patrie ; ils recevaient de celle-ci des récompenses quand
ils avaient accompli des actions d'éclat.
13
Q U A T R I È M E L E Ç O N
Infructueux essai de colonisation : de l'Olive et D ù p l e s s i s . — Habi-
tants et engagés. — Misère des engagés. — Départ pour la Gua-
deloupe.
Expédition de l'Olive et Duplessis. — Habitants et
engagés. — L ' e x p é d i t i o n de de l'Olive et Duplessis
comprenait deux sortes de colons : les habitants et les
engagés.
Les habitants é t a i e n t pour la plupart des cadets de
famille q u ' o n destinait à la p r ê t r i s e mais qui p r é f é r a i e n t
la vie d'aventures au régime a u s t è r e du cloître. Beaucoup
de ces cadets de famille furent, au d é b u t , des é c u m e u r s
de mer, pirates ou corsaires et devinrent, par l a suite,
boucaniers et flibustiers.
Les habitants, a c c o m p a g n é s de leur famille, emme-
naient avec eux des engagés. Ceux-ci é t a i e n t e n t i è r e m e n t
à l a charge des habitants qui payaient les frais de leur
voyage et leur entretien. O n les appelait engagés parce
qu'ils avaient pris l'engagement de servir l'habitant pen-
dant trois ans. De là, l ' é p i t h è t e « d ' e n g a g é s ou de 36 mois »
q u ' o n leur a d o n n é e et que l'histoire a c o n s a c r é e . L e u r
recrutement laissait beaucoup à désirer.
Condition des engagés. Les engagés vivaient dans
une situation semblable, en tous points, à celle des es-
claves. Ils é t a i e n t astreints, comme eux, aux t r a v a u x les
D É C O U V E R T E D E L A M A R T I N I Q U E 15
plus pénibles, subissaient comme eux le peine d u fouet
et, comme eux, pouvaient, ê t r e vendus pendant, la d u r é e
de L'engagement. « L ' h a b i t a n t , dit M . J. Gros (Les
Français eu Guyane), nourrissait et logeait l'engagé, niais
il pouvait le céder pendant le cours de l'engagement. Le
prix courant é t a i t de trente écus. Il lui assignait sa
t â c h e , le r é c o m p e n s a i t , le c h â t i a i t , l ' e x c é d a i t de travail,
le toturait selon son bon plaisir. Mais un gentilhomme
n'était pas à cette é p o q u e et surtout, aux Colonies in-
quiété pour si peu. L'engagé avait rêvé l ' E l d o r a d o ,
c'était le b â t o n , le fouet, la torture et la potence q u ' i l
rencontrait ».
Diminution du nombre des Colons blancs. — Ce traite-
ment odieux auquel é t a i e n t soumis les engagés sous le
climat d é b i l i t a n t des tropiques ne contribua pas moins
que les maladies é p i d é m i q u e s (dysenterie, fièvre jaune,
fièvre t y p h o ï d e ) , à les d é c i m e r , Pour en augmenter le
nombre, il fallut, quelques a n n é e s plus t a r d , r é d u i r e à
18 mois la d u r é e de l'engagement; cette d u r é e fut sanc-
tionnée par un a r r ê t rendu en Conseil d ' E t a t .
Les e n g a g é s , à l ' é c h é a n c e de leur engagement rece-
vaient de l ' E t a t une concession de terrain d'une super-
ficie de 25 hectares environ.
De l'Olive et Duplessis débarquent au Carbet et se
l'embarquent pour la Guadeloupe. — L ' e x p é d i t i o n de
l'Olive et Duplessis portait 40 habitants avec leur fa-
mille et 500 engagés environ, De l'Olive et Duplessis
avaient d é b a r q u é à l'embouchure Je la Rivière du Carbet
et y avaient recontrè beaucoup de s e r p e n t s .
Après qu'ils
eurent, rapidement, exploré les environs de la région, ils
16 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
d é c i d è r e n t que le relief de l'île é t a i t trop a c c i d e n t é et
q u ' i l v a l a i t m i e u x se diriger vers l a colonie voisine.
Ils q u i t t è r e n t l a M a r t i n i q u e le 27 j u i n 1635, firent voile
vers l a Garadcloupe o ù ils d é b a r q u è r e n t le lendemain.
L E C T U R E
Boucaniers et Flibustiers
Le nom de flibustiers désignait à l'origine les aventuriers de
toutes les nations qui exerçaient la piraterie dansle golfe du Mexique,
aux Antilles et sur les côtes de l'Amérique du Sud. Plus tard,
il servit à désigner plus particulièrement les écumeurs de mer
français et anglais qui étonnèrent leurs adversaires par leur bra-
voure et leur audace.
Les flibustiers étaient connus aux Antilles sous le nom de Bou-
caniers, parce qu'ils vivaient de viande boucanée. Ils se nourris-
saient également du produit des taureaux et des vaches sauvages
dont ils faisaient un commerce très important. Les Espagnols,
jaloux de la prospérité et de l'extension que prenait ce commerce,
détruisirent les comptoirs des boucaniers.
Ceux-ci, pour se venger, changèrent de vie : ils se firent hommes
de mer. Montés sur des bateaux à marche rapide appelés flibots
(de l'anglais : fly, voler et de boat, bateau) ils firent aux Espagnols
une guerre sans merci et étonnèrent l'Amérique par leur audace.
C'est do ce moment qu'ils s'appelèrent flibustiers.
Les compagnies de flibustiers ou matelotages se composaient
de 25 à 30 hommes environ. Ils s'intitulaient Pères de la côte,
mais les Espagnols, dont ils étaient la terreur, les appelaient Démons
de la mer.
C I N Q U I È M E L E Ç O N
Intrigues de l'Espagne et du Portugal auprès de la Papauté.. —
Intervention de Richelieu en faveur de la France. — Cruauté
des conquistadores ; introduction des noirs en Amérique : L a
Casas.
Intrigues de l'Espagne et du Portugal auprès de la Pa-
pauté. — P e u a p r è s la d é c o u v e r t e de l ' A m é r i q u e l ' E s -
pagne avait conquis, à part l ' A m é r i q u e du Sud (moins le
Brésil), les grandes Antilles et le Mexique.
Carte du Golfe du Mexique.
Le P o r t u g a l , de son c ô t é , avait pris possession d u
Brésil et y avait fondé un puissant empire colonial.
Ces deux nations, pour asseoir leur s u p r é m a t i e dans le
Nouveau-Monde i n t r i g u è r e n t a u p r è s de la p a p a u t é et
2
H I S T O I R E D E I . A M A R T I N I Q U E
obtinrent du Saint-Siège la reconnaissance de leurs droits
exclusifs sur toutes les terres d ' A m é r i q u e .
Intervention de Richelieu. — Après la c r é a t i o n de la
Compagnie des îles d ' A m é r i q u e et la prise de possession de
la M a r t i n i q u e par de l ' O l i v e et Duplessis, Richelieu inter-
v i n t a u p r è s d u pape Urbain VI et obtint par un bref la
reconnaissance des droits de l a France sur toutes les
terres du Nouveau-Monde colonisées par les F r a n ç a i s .
Colonisation espagnole ; les conquistadores. — L a
colonisation espagnole en A m é r i q u e é t a i t c a r a c t é r i s é e
par des crimes odieux commis par les c o n q u é r a n t s espa-
gnols ou conquistadores sur les malheureux Caraïbes sans
défense du Nouveau-Monde. O n ne peut, sans tristesse
et sans é p o u v a n t e , lire le récit des horreurs commises
par ces c o n q u é r a n t s .
Introduction des noirs en Amérique. Las Casas. — U n
é v ê q u e espagnol, Las Casas, t é m o i n oculaire de ces atro-
cités se l i t le protecteur des C a r a ï b e s . Il d é n o n ç a à l ' o p i -
nion publique la conduite criminelle des conquistadores.
Il sollicita en m ê m e temps et obtint du R o i d'Espagne,
en 1517, avec l'appui de son ordre; et par l'intermédiaire
du grand chancelier des Indes, l'autorisation pour les
colons espagnols d'introduire en A m é r i q u e les nègres
a c h e t é s sur les côtes d'Afrique.
Las Casas pensait ainsi p r é v e n i r la disparition d'une
race inoffensive dont les conquistadores poursuivaient
f é r o c e m e n t l ' e x t e r m i n a t i o n ; mais, outre que son projet
ne r é u s s i t pas à sauver les C a r a ï b e s , i l permit et favorisa
l'extension de l a traite en A m é r i q u e , et y jeta une nou-
velle classe d'esclaves aussi m i s é r a b l e s que la p r e m i è r e .
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D É C O U V E R T E D U L A M A R T I N I Q U E
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L E C T U R E
Cruauté des Consquitadores
« Ils pénétraient dans les villages et ne laissaient pas un entant,
un vieillard, une femme qu'ils n'éventrassent comme moutons
appartenant à leurs étables. Ils faisaient des paris à qui d'un coup
de coutelas, ouvrirait un homme par le milieu du corps ou lui enlè-
verait la tête OU lui découvrirait les entrailles. Ils arrachaient les
enfanls du sein de la mère, et, les tenant par les pieds, leur écrasaient
la tête contre les roches. D'autres fois, aux gens qu'ils voulaient
mettre à mort, ils coupaient les deux mains, les leur faisant porter
suspendues, ils leur disaient : « Allez porter ces dépêches ! » pour
dire : allez donner des nouvelles à ceux de vos compagnons qui se
sont enfuis dans la montagne.
Ils tuaient communément les nobles de la manière suivante : les
attachaient sur des grillages tressés avec des baguettes, assujettis
à l'aide de fourches, les faisaient cuire par dessous, à feu modéré, au
milieu des. cris que ces tourments arrachaient aux victimes jusqu'à
ce que, désespérées, elles eussent rendu l'âme. J'ai vu toutesles choses
que je viens de dire ci beaucoup d'autres encore. »
L A S C A S A S .
D E U X I È M E L E C T U R E
Châtiment des atrocités espagnoles
« Tandis que les consquistadores commettaient ces atrocités,
l'Espagne enrichie par l'or des mines américaines où les travailleurs
Indiens mouraient accablés de fatigues, semblait devenue la reine
des nations. Tous ces crimes alimentaient la splendeur de la cour,
la puissance des armées de l'empereur Charles-Quint et du Roi
Philippe IL Mais bientôt commença l'inévitable décadence. Ce
Peuple superbe, portant la peine de sa cruauté et de son avarice,
fut frappé de stérilité dans son commerce, dans son industrie, dans
sa population, dans sa pensée même. Tout chez lui devint pares-
seux et mort. Une à une, ses colonies, dont les habitants, près-
20
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
surés par lui, l'avaient pris en haine ; Indiens, métis d'Indiens
et d'Espagnols, nègres achetés en Afrique, se révoltèrent contre
son injustice et revendiquèrent leur autonomie.
11 ne lui reste pour ainsi dire plus rien aujourd'hui de cet empire
si vaste, sur lequel le soleil ne se couchait jamais.
Voilà une terrible leçon qui doit servir à toutes les nations. »
R . PÉRIÉ, Ecole du Citoyen.
S I X I È M E L E Ç O N
Colonisation de la Martinique
par d'Enambuc et Dupont
Arrivée de d'Enambuc à la Martinique. — De l ' O l i v e
et Duplessis avaient j u g é qu'ils rencontreraient trop
d'obstacles à surmonter pour coloniser l a M a r t i n i q u e ; i l
appartenait à un autre colonisateur, plus e x p é r i m e n t é ,
d'affronter ces obstacles et de les vaincre.
Pierre Beslain, seigneur d ' E n a m b u c , aventurier par
nécessité, avait d é j à , depuis 1625, colonisé Saint-Chris-
tophe. Après l'insuccès de de l ' O l i v e et Duplessis, i l
obtint de la Compagnie des îles d ' A m é r i q u e , l ' a u t o r i -
sation de s ' é t a b l i r à la Martinique.
P a r t i de Saint-Christophe en a o û t 1635, avec cent
hommes bien a r m é s , h a b i t u é s au bridant climat tropical,
rompus aux durs t r a v a u x des champs, i l d é b a r q u a à l a
Martinique le 1
e r
septembre 1635, Il emportait avec l u i
un - m a t é r i e l complet pour une bonne colonisation : ins-
truments aratoires, plants de toutes sortes ; boutures de
Manioc et de patates, graines de haricots, p o i s , tabac,
c o t o n , etc.
2 2
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
Le Fort. — D ' E n a m b u e atterrit à l'embouchure de l a
Roxelane, un peu plus au Nord que de l ' O l i v e et Duplessis,
à 2 k i l o m è t r e s environ à vol d'oiseau de l'embouchure de
la Rivière du Carbet. Il y fut très bien accueilli par les
C a r a ï b e s , ce qui prouve bien que ceux-ci au d é b u t de la
colonisation ne manifestaient aucun sentiment d'hos-
t i l i t é à l ' é g a r d des E u r o p é e n s .
Les C a r a ï b e s a u t o r i s è r e n t m ê m e d ' E n a m b u c à cons-
truire un fort à l'endroit où il venait de d é b a r q u e r . L a
partie nord de la Ville de Saint-Pierre s'appela « Le
Fort » en souvenir de la redoute construite par d'Enam-
buc, il y a trois siècles.
Départ de d'Enambuc pour Saint-Christophe. —
D ' E n a m b u c lut obligé d'abandonner l ' œ u v r e de colo-
nisation é b a u c h é e à la Martinique pour se rendre à
Saint -Christophe où les colons, délaissés par la Compagnie
des Iles d ' A m é r i q u e , é t a i e n t obligés pour vivre de vendre
aux Anglais et aux Hollandais leurs récoltes de coton et
de tabac.
D ' E n a m b u c laissa la M a r t i n i q u e en mai 1636, a p r è s
avoir conféré ses pouvoirs à 1 Dupont, son principal lieu-
tenant.
Administration de Dupont. — A v a n t son d é p a r t pour
Saint-Christophe, d ' E n a m b u c avait p a r t i c u l i è r e m e n t
r e c o m m a n d é à son successeur, de se montrer prudent et
de tout faire pour se concilier l'amitié des Caraïbes. Mais,
avant même sou a r r i v é e à Saint-Christophe, soit qu il
y e û t v e x a t i o n d'un côté ou défiance de l'autre, des rixes
sanglantes é c l a t è r e n t entre colons et Indiens.
U n s o u l è v e m e n t général des Caraïbes m a r q u é par leur
écrasement à l ' e m b o c h u r e de la rivière des Saints-
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E 23
P è r e s signala l ' a d m i n i s t r a t i o n de D u p o n t à l a t ê t e de l a
colonie naissante. A p r è s a v o i r conclu l a p a i x avec les
C a r a ï b e s en novembre 1636, D u p o n t s'embarqua à des-
tination de Saint-Christophe pour c o n f é r e r avec d ' E n a m -
buc sur l ' œ u v r e c o m m e n c é e .
E m p o r t é par la t e m p ê t e , i l fut, d i t - o n , fait prison-
nier par l ' é q u i p a g e d ' u n b r i g a n t i n espagnol et c o n d u i t
à S a i n t - D o m i n g u e o ù i l resta captif pendant plus de
trois a n s .
Une autre chronique, non moins a c c r é d i t é e , p r é t e n d
que le navire m o n t é par Dupont fut assailli par une tem-
pête; peu a p r è s son d é p a r t , et jeté à la c ô t e à Saint-
Christophe où p é r i t l ' i n f o r t u n é lieutenant.
L E C T U R E
Un récit entendu à Saint-Pierre sur le pont Roche
Il existe encore à Saint-Pierre, sur la Roxelane, un pont histo-
rique en pierres de (aille, long de 10 mètres environ, fait d'une seule
arche et construit par les Jésuites peu après leur arrivée à la Mar-
tinique en 1640. Ce pont qu'on désignait à Saint-Pierre sous le
nom de Pont Roche et qui a résisté à toutes les éruptions du Mont-
Pelé, ne servait pas seulement à relier le Fort au Centre et au
Mouillage : il était aussi le rendez-vous habituel des conteurs.
Chaque soir, dès sept heures, des groupes se pressaient sur les
deux parapets du pont ; on commentait d'abord les événements
du jour, puis les conteurs entraient en scène.
Voici comment l'un d'eux expliquait, un soir, à ses auditeurs,
la tactique employée par Dupont et sa petite garnison pour repous-
ser l'assaut des Caraïbes en 1636.
Dupont avait donné l'ordre à ses hommes, de charger tous les
canons à mitraille et de se terrer ensuite pour donner aux Caraïbes
l'impression que les Français avaient pour et s'étaient cachés.
Celle tactique réussit à merveille. Les Caraïbes des îles voisines,
24
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
venus au secours de leurs congénères de Madinina, débarquèrent
au Font Cohé et marchèrent sur le Fort. Quand ils furent à portée
des canons, Dupont commanda le feu. Une décharge générale
de la batterie coucha sur le rivage la moitié des assaillants.
Une vue Je Saint-Pierre (Martinique), avant su destruction par le Mont Pelé
en 1902. A u premier plan, les bâtiments de l'ancien L y c é e .
(Collection T h . Célestin).
Les survivants, d'abord épouvantés, levèrent les mains vers
le ciel, puis se rembarquèrent précipitamment, maudissant les
Français et jurant qu'ils seraient un jour vengés par la « Montagne
du Feu ».
La « Montagne du Feu », vous avez déjà deviné son vrai
nom... C'était la Montagne Pelée qui devait 266 ans plus tard
ensevelir, sous sa cendre brûlante, la ville de Saint-Pierre
et ses quarante mille habitants !
J . L .
DEUXIÈME L E C T U R E
Mort de Dupont et de d'Enambuc
Pressé de porter à d'Enambuc la bonne nouvelle de la paix
conclue avec les Caraïbes, Dupont s'embarqua pour Saint-Chris-
tophe. Le lendemain de son départ, le navire qu'il montait fut
assailli par une violente tempête qui le poussa, démâté et en per-
dition, devant Saint-Christophe.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
25
D'Enambuc, accablé par la maladie, se fit porter jusqu'au rivage,
où les colons organisèrent d'impuissants secours pour sauver ce
navire dont le pavillon français excitait toutes les sympathies. L a
tempête augmentait toujours et, le navire poussé à la côte
toucha et sombra.
Quelques heures après, au milieu des cadavres que la mer vomis-
sait sur le sable, on reconnut celui de Dupont.
D'Enambuc porta une main à ses yeux, l'autre à son cœur et rentra
dans sa case, vivement emotionné. Le soir il se sentit pris d'une
violente fièvre et comprit que son heure était venue. Alors il s'in-
quiéta de donner à Dupont un successeur digne de lui. Son choix
se fixa sur le jeune Du Parquet à qui il dicta ses dernières instruc-
tions, puis ses yeux se fermèrent à la lumière pour s'ouvrir à
celle de l'éternité ».
D'après Xavier E Y M A , Le Roi des Tropiques,
E . Girard et A . Boittels, éditeurs.
S E P T I È M E L E Ç O N
Arrivée de Du Parquet à la Martinique. -— Les premières années
de son administration.
—
Rébellion du Commandeur de Poincy
à Saint-Christophe. — Intervention de Du Parquet. — Capti-
vité de Du Parquet.
Arrivée de Du Parquet. D u Parquet, n o m m é Gou-
verneur de la Martinique, en remplacement de Dupont,
d é b a r q u a à Saint-Pierre, le 20 janvier 1637. 11 y fut solen-
nellement reçu par les habitants et leurs officiers sous les
armes. O n ignorait encore à la M a r t i n i q u e la mort de
Dupont. « Messieurs, dit D u Parquet, c'est moi qui suis
d é s o r m a i s votre chef. Dupont est m o r t ; le capitaine
d E n a m b u c , en rendant son â m e à Dieu, m'a choisi pour
remplacer Dupont a u p r è s de vous. J ' y t â c h e r a i , Messieurs,
avec
votre bonne v o l o n t é et la grâce du Seigneur. »
A cette double nouvelle de la mort des deux chefs aimés
et r e s p e c t é s , une tristesse profonde se peignit sur tous les
visages.
Les premières années de l'Administration de Du Par-
quet.
—
Une p r o s p é r i t é jusque-là inconnue marqua les
p r e m i è r e s a n n é e s de l ' a d m i n i s t r a t i o n de D u Parquet à la
Martinique.
La paix conclue et maintenue avec les Caraïbes favo-
risa le d é v e l o p p e m e n t de l'agriculture : les colons purent)
C O L O N I S A T I O N DE L A M A R T I N I Q U E
27
sans i n q u i é t u d e , é t e n d r e leurs plantations de coton et de
p é t u n (tabac).
La population s'accrut sensiblement ; elle s'éleva à
2.000 habitants dont 800 nègres pris aux Espagnols et
aux Portugais.
La préparation du tabac
(d'après une gravure ancienne).
Saint-Pierre fut agrandi et embelli ; des aggloméra-
tions importantes permirent la création des quartiers du
P r é c h e u r , du Carbet, de Case-Pilote et de Cul-de-Sac
(Plus lard Fort-Royal).
Création de l'Intendance. — Pour mettre fin aux abus
et aux vexations dont la population é t a i t victime de la
Part des Commis de la Compagnie des Iles d ' A m é r i q u e ;
c e I l e - c i ,
sur la proposition de Du Parquet, créa l'Inten-
d a n c e aux Colonies e u 1 6 4 2 .
L'Intendant ne
r e l e v a i t
que de la Compagnie
d e s
28
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Iles avec laquelle il correspondait directement ; i l la ren-
seignait sur la conduite et la moralité de ses commis,
vérifiait leurs écritures et r é p r i m a i t les abus qu'ils pou-
vaient commettre.
Création du Conseil Souverain. Sur la proposition
de D u Parquet fut créé égalemenl à la Martinique le
Conseil souverain par l'ordonnance royale du 1er a o û t
1 6 4 5 .
L e Conseil souverain é t a i t composé de 12 membres
choisis parmi les principaux planteurs de l'île et n o m m é s
par le Gouverneur. Son unique attribution é t a i t de rendre
la Justice, mais plus tard i l s'arrogea des pouvoirs plus
é t e n d u s et s'érigea en a u t o r i t é politique « pour refuser
l'enregistrement des ordonnances royales qui n ' é t a i e n t
pas conformes à l ' i n t é r ê t des grands planteurs, pour
créer une législation coloniale à leur usage et donner aux
colons le droit de participer à l'assiette de l ' i m p ô t et à sa
répartition ».
Pour ruiner les pouvoirs du Conseil souverain, Colbert
nommera à la Martinique en 1677, comme nous allons
le voir plus loin, un Intendant général des Finances,
Justice et police, pour toutes les îles d ' A m é r i q u e .
Rébellion du Commandeur de Poincy à Saint-Chris-
tophe. — L e Gouvernement de Saint-Christophe avait
été confié, à la mort de d'Enambuc, à un brave chevalier
de l'ordre de Saint-Jean de J é r u s a l e m , le commandeur
Longvilliers de Poincy. Victime d'odieuses calomnies
a u p r è s de la Compagnie des îles d ' A m é r i q u e , i l fut des-
t i t u é de ses fonctions et remplacé par un protégé d'Anne
d'Autriche, le seigneur Patrocle de Thoisy.
De Poincy, indigné de la conduite de la Compagnie à
C O L O N I S A T I O N DE L A M A R T I N I Q U E
29
son égard, fit savoir à celle-ci par dépêche, q u ' i l conser-
vait ses litres et fonctions et qu'il s'opposerait au d é b a r -
quement de son successeur. Il se niellait ainsi en rébellion
ouverte contre l ' a u t o r i t é royale dont relevait l a Com-
pagnie des Iles d ' A m é r i q u e .
Intervention de Du Parquet. — D u Parquet, fidèle au
R o i , résolut d'entreprendre une e x p é d i t i o n contre de
Poincy, afin de ramener à l'obéissance le commandeur
rebelle. Après avoir confié le Gouvernement de la
Martinique à un de ses lieutenants, L a Pierrière, i l arma
une goëlette et cingla vers la Guadeloupe où se trouvait
de Thoisy.
Départ pour Saint-Christophe. — Captivité de Du Par-
quet. — L ' e x p é d i t i o n dirigée contre de Poincy, fut placée
d'entente avec de Thoisy et le Gouverneur de la Guade-
loupe, sous les ordres de D u Parquet. Elle fut en vue de
Saint-Christophe le 18 janvier 1646.
D u Parquet y d é b a r q u a la nuit, réussit à surprendre
quelques petits postes du littoral, à gagrer à sa cause
L a Fontaine et Camo, anciens compagnons d'armes atta-
chés au service de de Poincy, à faire des prisonniers
Parmi lesquels se t r o u v è r e n t les deux neveux du Com-
mandeur.
Mais celui-ci, informé de la situation arriva à la tète
d'une a r m é e forte de 2.000 hommes et mit c o m p l è t e m e n t
en d é r o u t e , après un combat sanglant, la petite troupe
que commandait D u Parquet.
Celui-ci, fait prisonnier, ne devait recouvrer sa liberté
qu'un an après, le 17 janvier 1647.
30
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
L E C T U R E
Portrait de Du Parquet
On peut se représenter Jacques Du Parquet haut de taille, la
tête fièrement posée, le regard énergique, la parole abondante
et impérieuse, comme il convient à un chef appelé à une tâche
difficile, et destinée à de grandes choses. Son geste et son attitude
fascinaient autant que sa parole. Il joignait à toutes ses qualités
extérieures, au dire de ses contemporains, une bonté exquise,
une affabilité séduisante. Il était juste et sévère comme Dieu
indulgent sans faiblesse.
Ces mérites n'avaient pas peu contribué à augmenter la popu-
lation de la Colonie ; car il n'arrivait pas à la Martinique un seul
navire dont la moitié de l'équipage, séduit par les façons de Du Par-
quet, ne voulût rester à terre. Si bien que les capitaines qui l'avaient
baptisé le Roi des Tropiques, en se rencontrant dans le golfe du
Mexique, se disaient d'un pont à l'autre : « Si vous n'avez pas encore
abordé à l'île de M. Du Parquet, allez-y donc : vous y trouverez
bon visage, sympathie, aide et protection. Mais si vous ne
possédez q'un équipage suffisant, gardez-vous d'approcher,
parce que votre monde vous désertera pour ce gouverneur, qui
est une véritable sirène. Il a une manière de sourire qui vous
prend les hommes comme dans un filet. »
Xavier
E Y M A ,
Le
Roi
des
Tropiques,
( E . Girard et A. Boittels, éditeurs.]
H U I T I È M E L E Ç O N
Nouvelle administration de Du Parquet. — Acquisition de las
Grenade et de Sainte-Lucie. — Cession par la Compagnie des Ile
d'Amérique à Du Parquet de la Martinique, de Sainte-Lucie et
de la Grenade.
Nouvelle administration de Du Parquet. — L ' œ u v r e de
Colonisation commencée à la Martinique par D u Parquet
Carte de l'Isle de la Martinique.
avait été compromise pendant sa c a p t i v i t é . Des sédi-
tions fomentées par Constant d ' A u b i g n é , père de
M
me
de Maintenon, et un n o m m é Beauford, avaient
arrêté l'essor de la Colonie.
32
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Rendu à la l i b e r t é , D u Parquet s'attacha à r é p a r e r le
mal commis en son absence et à accroître, par une sage
administration, la p r o s p é r i t é de la Martinique.
Pour p r é v e n i r la disette qu'occasionnaient souvent
les cataclysmes naturels auxquels se trouve exposée
l'Ile par sa situation géographique, i l favorisa l a culture
des plantes alimentaires du pays et créa un vaste entre-
p ô t pour recevoir les denrées expédiées de la m é t r o p o l e .
Il d é v e l o p p a le commerce en facilitant les relations
intérieures par la création de bonnes routes qui relièrent
les différents quartiers de l'Ile.
Il institua une milice permanente, tant pour préve-
nir un retour offensif des Caraïbes que pour défendre
la colonie contre toute agression é t r a n g è r e . 11 divisa
cette milice en quatre compagnies ayant leurs garni-
sons respectives au P r ê c h e u r , à Saint-Pierre, au Carbel
et à Case-Pilote.
Le duel faisait beaucoup de victimes parmi les colons
qui réglaient toujours leurs différends par les armes ;
D u Parquet, sans l'interdire d'une façon absolue, dé-
fendit aux habitants de se battre, sous peine de sanctions
sévères, sans une autorisation m o t i v é e de leurs chefs
de quartiers. Les duels devinrent ainsi moins fréquents
pour le plus grand bien de l a colonisation.
P a r cette sage et bienveillante administration l a
colonie reprit vite son ancienne p r o s p é r i t é .
Acquisition de la Grenade et conquête de Sainte-Lucie.
— Du Parquet songea alors à é t e n d r e son gouverne-
ment par l'acquisition de nouvelles colonies. Il jeta
les yeux sur Grenade que convoitaient déjà les Anglais.
Le Grand boyez (chef) des Caraïbes appelé K a ï é r o u a n e
lui vendit cette île pour une centaine de couteaux,
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
33
quelques grains de cristal, une douzaine de serpes,
quelques bouteilles d e vin et d e u x quartauts de brûle-
Ventre (eau-de-vie).
E n 1049, Du Parquet d é b a r q u a i t à la Grenade
avec 200 hommes bien armés et y plantait le pavillon
français.
Il conquit ensuite Sainte-Lucie et rentra à la M a r t i -
nique après avoir confié le gouvernement de la Grenade
a un de ses cousins n o m m é Le Comte.
Cession par la Compagnie des îles d'Amérique à
Du Parquet de la Martinique, de Sainte-Lucie et de la
Grenade. Dissolution de la Compagnie des îles d'Amé-
rique. — L a Compagnie des îles d ' A m é r i q u e interdi-
sait aux colons tout commerce avec les nationaux
étrangers. Grâce à ce s y s t è m e prohibitif, elle vendait
très cher à ces colons les denrées dont ils avaient besoin
et que leur offraient, à bon compte les Anglais et les
Hollandais. E n m ê m e temps, elle achetait à un prix
dérisoire leurs récoltes de coton et de tabac. Ce sys-
t è m e odieux e x a s p é r a les colons qui refusèrent de
Payer à la compagnie le droit de trente livres de p é t u n
auquel chacun d'eux é t a i t astreint.
Celle-ci, ne pouvant plus faire face à ses obligations,
résolut, de vendre ses droits sur toutes les îles qu'elle
Possédait en A m é r i q u e .
M a r t i n Berruer, l'Administrateur de la Compagnie,
"donna D u Parquet de cette décision. Celui-ci se
rendit en France en 1650 et acheta de la Compagnie,
la Martinique, Sainte-Lucie, la Grenade et les Grena-
dines pour le prix de 60.000 livres.
L a m ê m e année la Compagnie cédait ses droits
sur la Guadeloupe a Houël et au marquis de Boisseret
3
34
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
pour 73.000 livres et sur Saint-Christophe à de Thoisy
pour 120.000 livres.
Ainsi fut dissoute la Compagnie des îles d ' A m é r i q u e .
L E C T U R E
Etat politique sous du Parquet
« S'il fallait qualifier le premier Etat politique de la Colonie
on devrait dire qu'il a été oligarchique, puisqu'elle était sous
la puissance à peu près souveraine d'une compagnie composée
de seigneurs et de hauts capitalistes ; les droits que le Roi s'était
réservés n'altéraient pas cette puissance. Comme tout ce qui
relevait de couronne, la colonie devait foi et hommage au Roi de
France, et les [onctions de lieutenant général auxquelles il nommait,
se bornaient à commander l'ensemble des forces de la colonie en
cas de guerre ; encore faut-il ajouter que c'était sur la présenta-
tion de la Compagnie que le lieutenant général était nommé.
Lorsque la Martinique fut achetée par Du Parquet, si le pouvoir
de celui-ci ne se fit sentir que paternellement, la forme du Gou-
vernement n'en devint pas moins absolue. Seigneur et proprié-
taire de l'île, il augmenta le nombre de ses gardes et disposa à
peu près de tout à son gré. Aucun habitant ne pouvait se marier
sans sa permission, ni quitter l'île sans avoir obtenu son congé,
après qu'il avait fait annoncer son départ au prône, enfin d'avertir
ses débiteurs et ses créanciers de régler avec lui avant son départ.
Le capitaine qui aurait pris un passager qui n'avait pas accompli
ces formalités préalables, aurait été mis à l'amende, et tout ce
qu'il laissait dans la colonie confisqué ».
D'après Sidney D A N E Y ,
Histoire de la Martinique.
N E U V I È M E L E Ç O N
Retour de Du Parquet. — Les Hollandais et la canne à sucre
Expédition contre les Caraïbes à Saint-Vincent. — Les Caraïbes
et les esclaves africains. — Révolte des Caraïbes. — Mort de
Du Parquet.
D u Parquet retourna à la Martinique en 1651 investi
de pouvoirs plus é t e n d u s que ceux q u ' i l exerçait aupara-
vant ; i l s'attacha n é a n m o i n s par une administration
paternelle à enrichir les colons et à accroître la p r o s p é -
rité de la Colonie.
Il accueillit avec enthousiasme une forte émigration
de Hollandais a c c o m p a g n é s d'esclaves africains que
les Portugais avaient chassés du Brésil. Il permit à
ces é t r a n g e r s de s'établir aux environs de Cul-de-sac
(plus tard Fort-Royal) et leur accorda de vastes conces-
sions de terrain pour la culture et l'exploitation de
la canne à sucre. A i n s i fut introduite la canne à sucre
à la Martinique en 1654, par des Hollandais, et cons-
truite par eux, la môme a n n é e , la p r e m i è r e sucrerie
à p r o x i m i t é de Cul-de-sac.
Expédition contre les Caraïbes à Saint-Vincent. — Les
Caraïbes de Saint-Vincent m e n a ç a i e n t sans cesse les
é t a b l i s s e m e n t s français de Sainte-Lucie et de la Grenade
E n 1654, Parquet dirigea contre eux une importante
expédition c o m m a n d é e par L a Piérrière et Lefort.
36
H I S T O I R E DE LA M A R T I N I Q U E
Les Caraïbes se défendirent avec une farouche énergie,
mais après un combat meurtrier où ils perdirent plus
de la moitié des leurs, les survivants, se voyant traqués
de toutes parts, p l u t ô t que de se rendre, g r i m p è r e n t
sur une haute Falaise du littoral et se précipitèrent
dans les flots.
Les Caraïbes et les esclaves africains. — L a traite
n'existait pas encore en fait à la Martinique, mais
beaucoup d'esclaves nègres, c a p t u r é s aux Espagnols,
et aux Portugais, é t a i e n t vendus aux habitants qui les
attachaient au défrichement du sol et à l'exploitation de
leurs domaines. L ' i m m i g r a t i o n hollandaise y avait en
outre introduit un grand nombre d'autres noirs qui furent
bien accueillis par les Caraïbes ; ceux-ci favorisaient leur
évasion en leur accordant l ' h o s p i t a l i t é dans leurs familles
et en leur donnant abri sous leurs carbets. Ainsi fut orga-
nisé le marronnage et les nègres fugitifs prirent le nom de
nègres marrons.
Cette situation alarma les colons qui décidèrent
D u Parquet à agir de représailles.
Insurrection des Caraïbes. — Deux chefs Caraïbes
envoyés en ambassade à Saint-Pierre furent arrêtés
par ordre de Du Parquet ; ce fut le signal d'une insur-
rection générale des Caraïbes.
Ceux-ci se divisèrent en deux groupes : l'un attaqua
la maison de D u Parquet bâtie au pied de la Montagne
Pelée, l'autre se porta sur les habitations voisines
de Saint-Pierre où les Caraïbes assommèrent à coups
de boutou (gros bâton noueux) quelques colons avec
leurs femmes et leurs enfants,
La première attaque échoua grâce à des boule-dogues
C O L O N I S A T I O N DE LA M A R T I N I Q U E
37
que D u Parquet avait dressés à faire la chasse aux
Caraïbes et q u ' i l lança à leur poursuite. Ces chiens je-
tèrent le désarroi et la panique parmi Jes assaillants
qui g a g n è r e n t , en désordre, les bois de la Montagne.
L a d e u x i è m e attaque fut repoussée par un d é t a c h e -
ment de marins hollandais arrivés miraculeusement
à temps pour porter secours aux F r a n ç a i s .
Les Caraïbes perdirent beaucoup d'ho es dans
cette guerre où s'illustra le brave capitaine d'Orange.
Parmi les cadavres qui jonchaient le sol, de la Mon-
tagne à Saint-Pierre, on compta de nombreux nègres
marrons barbouillés de roucou, qui avaient fait cause
commune avec les Caraïbes.
Ceux-ci, vaincus, se réfugièrent dans les bois de la
Papesterre en 1655 (partie orientale de l'île).
Mort de Du Parquet. — E n 1 6 5 7 , des nègres marrons
échappés de la Guadeloupe avaient atterri à la M a r t i -
nique et essayaient d'organiser une insurrection contre
les colons avec l'aide des Caraïbes.
Du Parquet décida alors que chaque habitant paierait
une taxe qui servirait à l'entretien d'une milice pour la
surveillance des côtes et la défense des propriétés ; cette
mesure m é c o n t e n t a les colons.
Le 1
e r
janvier 1658, un habitant de Case-Pilote, n o m m é
Bourlet, à la tête de 100 hommes bien a r m é s , aborda D u
Parquet qu'accompagnait sa femme, dans une des rues
du bourg et lui fit cette déclaration : « Général, mes com-
pagnons et moi refusons de payer l ' i m p ô t que vous avez
établi et si nous connaissions ceux qui vous ont d o n n é ce
déplorable conseil, nous les tuerions comme des Caraïbes.
Du Parquet, indigné de tant d'audace, tira l'épée pour
transpercer Bourlet ; mais ses forces le trahirent et
38 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
l'épée l u i tomba des mains. Cette preuve é v i d e n t e de son
impuissance d o n n é e publiquement l u i causa un chagrin
mortel ; r e n t r é chez l u i , i l fut pris d'une violente fièvre
q u i l'emporta le surlendemain 3 janvier 1658.
L a population de Saint-Pierre et celle du P r ê c h e u r lui
firent d'imposantes funérailles.
L E C T U R E
Etat social sous Du Parquet
« A la formation de la colonie, outre les habitants qui jouis-
saient d'une situation priviligiée et les engagés dont le sort était
très dur, il y avait des esclaves de différentes origines : des esclaves
arrouagues, des esclaves brésiliens, et des esclaves africains.
Les Arrouagues étaient une nation sauvage de la Côte Ferme avec
laquelle les Caraïbes des îles étaient continuellement en guerre.
Toutes les fois que les Caraïbes en faisaient prisonniers, ils les ven-
daient aux Français.
Les esclaves brésiliens étaient apportés par les navires hollandais
qui les prenaient au Brésil où la Hollande fut longtemps en guerre
avec le Portugal. Les naturels du Brésil tenant le parti des Portu-
gais, tous ceux qui étaient pris étaient réduits en esclavage par
les Hollandais qui en faisaient passer quelques-uns aux Antilles.
Ces deux peuples sauvages, les Arrouagues et les Brésiliens,
se ressemblaient fort par leurs goûts, leur antipathie et leur haine.
Ils ne pouvaient être assujettis qu'à certaines occupations qui
leur faisaient oublier leur état d'esclavage et leur rappelaient leur
indépendance primitive : la chasse et la pêche.
Quant au travail des champs, ils le méprisaient en disant qu'il
était réservé aux nègres africains pour lesquels ils montraient de
l'éloignement et du mépris.
Tous les deux et surtout les Arrouagues, haïssaient profondément
les Caraïbes, et ils se joignaient volontiers à leurs maîtres quand
ceux-ci faisaient la guerre aux sauvages leurs voisins.
On avait essayé de tirer parti des Caraïbes faits prisonniers
et de les employer comme esclaves, mais on n'avait pu réussir.
Leur caractère fier et surtout indolent leur rendait la mort préfé-
rable au travail.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E 39
Les nègres africains de la Colonie sortaient la plupart de la
Guinée, d'Angola, du Sénégal et du Cap-Vert. Les premiers qui
Monument érigé au Précheur (Martinique) à la mémoire de Du Parquet,
premier Gouverneur de l'Ile.
(Collection art. Victor St.-Luce).
furent employés provenaient des navires espagnols ou portugais
que les Français ou les Hollandais capturaient et qu'ils condui-
saient dans les Colonies françaises.
Sidney D A N E Y , Histoire de la Martinique.
D I X I È M E LEÇON
Dernière Insurrection des Caraïbes. Création de la Compagnie des
Indes occidentales.— De Tracy et De Chlodoré : Désordres inté-
rieurs. — Dissolution de la Compagnie des Indes occidentales.
Agressions étrangères. — Le Marquis de Baas.
A u lendemain m ê m e de la mort de D u Parquet des
ambitieux se disposaient déjà à s'emparer du gouverne-
ment de l'île ; mais M
m
e
D u Parquet afin de prévenir toute
conspiration r é u n i t un Conseil et se fit proclamer gou-
vernante de la Martinique. L e calme r é g n a pendant
quelques mois dans la colonie, mais les relations m y s t é -
rieuses de M
m
e
D u Parquet et d'un Ecossais n o m m é
Maubray, décidèrent les colons à demander sa d é c h é a n c e .
Elle fut d'abord a r r ê t é e , puis emprisonnée et enfin re
mise en liberté avec tous ses pouvoirs.
Sur ces entrefaites, elle fut informée par dépêche que
son fils aîné, d ' E n a m b u c , encore mineur, é t a i t n o m m é
Gouverneur de l'île, sous la tutelle de son oncle Dyel de
Vaudroque. Elle s'embarqua pour la France et mourut
en mer après quelques jours de t r a v e r s é e .
Dernière révolte des Caraïbes. - E n L658 une nouvelle
r é v o l t e des Caraïbes signalée par l'assassinat de quelques
colons fut s é v è r e m e n t r é p r i m é e . B a t t u , les Caraïbes se
réfugièrent dans leurs carbets fortifiés de la Capesterre ;
poursuivis et t r a q u é s dans leurs derniers retranchements
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
41
ils g a g n è r e n t leurs pirogues et a b a n d o n n è r e n t définitive-
ment l'île.
Création de la Compagnie des Indes occidentales. —
Les désordres incessants qui agitaient alors les îles d ' A m é -
rique paralysaient la colonisation. Colbert décida d
e
placer toutes ces îles sous la tutelle d'une puissante compa-
gnie qui prit le nom de « Compagnie des Indes occiden-
tales » en 1664, Louis X I V accordait à cette Compagnie,
entre autres privilèges, le droit exclusif pendant qua-
rante ans du commerce et de la navigation dans les
mers d ' A m é r i q u e .
De Tracy et de Chlodoré. — Troubles intérieurs. — De
Chlodoré, n o m m é Gouverneur de la Martinique par la
Compagnie des Indes occidentales en 1665, sous l'auto-
rité de De Tracy, lieutenant général, eut à r é p r i m e r des
révoltes intérieures organisées tant par les habitants que
Par les nègres marrons.
Ceux-ci qui avaient eu à souffrir de la b r u t a l i t é des
colons r é c l a m a i e n t leur liberté civile ; les habitants vic-
times des exactions des commis de la Compagnie, laquelle
n ' e x p é d i a i t pas des vivres en q u a n t i t é suffisante, récla-
maient la liberté du commerce.
Les nègres marrons firent leur soumission après que
leur chef, F r a n ç o i s F a b u l é , eut obtenu son affranchisse-
ment.
Les révoltes des habitants cessèrent après l'arrestation
et l ' e x é c u t i o n des principaux meneurs : R o d o m o n t de
la Rivière et Rosselan.
Essai de réformes. — Cependant, de Chlodoré d'ac-
cord avec de Tracy et le conseil souverain formé des
42
H I S T O I R E D E I. A M A R T I N I Q U E
principaux habitants do l'île, o p é r è r e n t des réformes
qui furent révoquées par la Compagnie.
De Tracy adressa alors en France un rapport coura-
geux où i l d é n o n ç a i t la conduite des commis de la
Compagnie et exprimait en m ê m e temps ses a p p r é h e n -
sions : « L'avarice des commis altérés, y disait-il, soit
pour vouloir vendre trop cher, soit pour falsifier les
Plan de la Ville et du Pont Royal.
vins, les eaux-de-vie, farines, viandes et les a u t r e s
denrées qui arrivent de France, est tout à fait à craindre
avec des peuples mal persuadés des bonnes intentions
de la Compagnie et qui sont, très éloignés du soleil,
quoiqu'ils soient sous la zone torride. »
De Tracy fut r a p p e l é et r e m p l a c é par le Chevalier
de la Barre auquel succéda le marquis de Baas en
1669.
De Chlodoré é p r o u v a le m ê m e sort, ainsi que son suc-
cesseur Antoine de Sainte-Marthe, accusé à tort ou à
raison d'avoir favorisé les relations commerciales des
colons avec les Hollandais
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
43
Dissolution de la Compagnie des Indes Occidentales. —
L'insuccès de la colonisation aux Antilles et à la
Guyane dû à l ' i n c a p a c i t é des Gouverneurs aussi bien
qu'aux troubles intérieurs occasionnés par la mauvaise
administration des Directeurs de la Compagnie et
la r a p a c i t é de ses commis, décida Louis X I V à dissoudre
cette Compagnie et à rattacher d é f i n i t i v e m e n t toutes
les colonies d ' A m é r i q u e à la couronne en 1674.
Le Pacte Colonial ou l'Exclusif. — Dès que la M a r t i -
nique Eut r a t t a c h é e au domaine royal elle eut à subir les
rigueurs du Pacte Colonial.
Le s y s t è m e prohibitif qui frappait son commerce au
début de la colonisation et qu'avait établi la Compagnie
des Iles d ' A m é r i q u e fut é t e n d u par Colbert à l'agriculture
et à l'industrie. Non seulement les colons ne devaient rien
acheter ni rien vendre à l ' é t r a n g e r , mais i l leur fut inter-
dit de concurrencer l'agriculture et l'industrie m é t r o p o -
litaines. C'est ce qu'on appelle le Pacte Colonial ou
l'Exclusif, basé sur ce principe que les colonies doivent
servir uniquement à pourvoir aux besoins de la Métropole
en lui vendant tous les produits que ne fournit pas son
sol et à lui acheter exclusivement les produits de son
industrie.
L e Pacte Colonial r é s e r v a i t en outre le monopole du
trafic maritime entre la France et ses colonies aux na-
vires français.
Les rigueurs de ce s y s t è m e qui entravait le développe-
ment é c o n o m i q u e de la Martinique, d u r è r e n t j u s q u ' à
la loi du 3 juillet 1861, qui abolit d é f i n i t i v e m e n t le
Pacte Colonial.
Création du Fort-Royal. — Louis X I V avait pourvu
44
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
à la sûreté de l'île laissée sans défense par la Compagnie
des Indes Occidentales, en ordonnant la création d'un
Fort à Cul-dc-Sac qui prit le nom de F o r t - R o y a l en 1672.
C'était prudent.
Gouvernement de de Baas. Agressions étrangères.
— Déjà, sous le Gouvernement de Chlodoré, les Anglais
c o m m a n d é s successivement par lord Willougby et le
général John Harmant avaient essayé vainement deux
tentatives de d é b a r q u e m e n t au P r ê c h e u r et au Carbet,
en 1666 et 1667.
L a guerre de Hollande eut sa répercussion à la M a r t i -
nique. L ' a m i r a l hollandais R u y t e r ayant reçu l'ordre de
s'emparer de l'île où se trouvait le siège du Gouverne-
ment général depuis la nomination de de Baas en 1669, se.
présenta devant Fort-Royal, le 20 juillet 1674, à la tête
d'une flotte de vingt vaisseaux. I l tenta de d é b a r q u e r
au Carénage dans le but de mettre sa flotte à l'abri de
l'hivernage. Le capitaine Icard fit échouer cette ma-
n œ u v r e en coulant son flibot à l'entrée du bassin.
Le lendemain les Hollandais d é b a r q u è r e n t à la pointe
Simon, mais furent repoussés par les habitants du quar-
tier soutenus par la canonnade d'un petit bateau de
guerre mouillé dans le bassin et que montait le marquis
d'Amblimont.
Le comte de Stirum qui commandait le corps de débar-
quement lui tué dans ce c o m b à t où les Hollandais per-
dirent près
de
2 . 0 0 0
hommes.
Le marquis de Baas qui avait organisé la résistance
ainsi que ses principaux lieutenants, r e ç u r e n t de
Louis X I V , pour cette héroïque défense, d'élogieuses
félicitations. Ce marquis de Baas mourut au Carbet sur
sa p r o p r i é t é du F o n d Capot, en 1676.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
45
L E C T U R E
Combat de Fort-Royal en 1.674
Le comte de Stirum qui commandait les Hollandais à la descente,
ne trouvant aucune résistance laissa ses soldats se disperser et
piller quelques magasins bâtis près du bassin (carénage) et conte-
nant les provisions destinées aux navires qui hivernaient. Les
Hollandais se jetèrent sur les liqueurs et la plupart étaient ivres au
Attaque du Fort Royal de la Martinique par les Hollandais.
(Tirée de La France des cinq parties du Monde, par HOMBERG).
moment où ils se précipitèrent en confusion pour emporter les palis-
sades et assiéger le Fort. Le vaisseau de l'Etat et les habitants à
l'abri de leurs remparts de bois dirigèrent sur cette masse un feu
qui en fit un affreux carnage. Le chef fut tué et le reste, dans un
désordre extrême, se retira avec précipitation à l'endroit où ils
avaient débarqué pour se mettre momentanément à l'abri.
Le Capitaine de ce quartier du Cul-de-Sac se distingua parmi les
habitants qui repoussèrent l'assaut des Hollandais, et, du fait
d'armes remarquable qu'il accomplit en repoussant les troupes
hollandaises, lui vint, dit-on, le nom de Cornette qu'il porta plus
tard.
S. D A N E Y , Histoire de la Martinique.
O N Z I È M E L E Ç O N
Gouvernement du Comte de Blénac ; développement du Commerce
et de l'Agriculture. — Réformes fiscales et judiciaires. — Le code
noir. — Combat du Fond Canonville. — Le père Labat. — Gou-
vernement du Marquis d'Amblimont.
Gouvernement du comte de Blénac. - Développement
du commerce et de l'agriculture. — Le comte Charles
de lilénac r e m p l a ç a le marquis de Baas au Gouverne-
jiient général en 1677.
Il inaugura son administration par la suppression des
taxes qui gênaient les transactions commerciales et
d é c r é t a la liberté du commerce entre la France et ses
colonies d ' A m é r i q u e .
11 encouragea et favorisa la culture de la canne à
sucre et celle du cacaoyer qui r e m p l a c è r e n t ainsi la
culture du tabac dont le bas prix dans la métropole
m e n a ç a i t de ruiner les colons.
Sous son gouvernement la Martinique fut florissante ;
elle produisit en grande q u a n t i t é du sucre brut qui permit
l ' é t a b l i s s e m e n t de raffineries dans les principaux ports
de commerce de la Métropole surtout à Nantes, à Bor-
deaux et à Rouen.
L a Martinique comptait alors seize paroisses aux-
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E 47
quelles s'ajouteront quelques années plus tard celles
du gros Morne, du Robert et du F r a n ç o i s .
Le Père LABAT.
Savant Dominicain qui débarqua à la Martinique en 1694. 11 fut un des pion-
niers de la colonisation française aux Antilles, inventeur do l'appareil à
distiller qui porte son nom. Le Père Labat a écrit, en un style élégant et
châtié, divers ouvrages, notamment: Le Nouveau voyage aux Iles d'Amé
rique.
Réformes fiscales et judiciaires. — J u s q u ' à cette
époque l a justice é t a i t rendue par le conseil souverain
qui p r o n o n ç a i t des jugements en m a t i è r e criminelle
comme en m a t i è r e civile. Ce conseil établissait é g a l e m e n t
des taxes en m a t i è r e d ' i m p ô t .
48
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
Louis X I V , sur l'initiative de Colbert, restreignit les
pouvoirs du Conseil souverain par la nomination d'un
Intendant général des finances, justice et police pour
toutes lès îles d ' A m é r i q u e en 1677.
L'Intendant général dont la résidence é t a i t fixée à
la Martinique était surtout un chef administratif. Il
établissait les taxes que les habitants et les marchands
devaient acquitter annuellement, nommait les commis
des fermes qui é t a i e n t sous sa d é p e n d a n c e exclusive.
Il assistait aux adjudications publiques et nommait un
voyer pour la surveillance du bon entretien des chemins
royaux.
Toutes les questions i n t é r e s s a n t l'ordre public étaient
de son ressort ; i l établissait des règlements de police,
rendait la justice civile et la justice criminelle, nommait
les notaires, huissiers et greffiers.
Le Gouverneur général lui-même fut atteint dans ses
attributions ; son rôle ne consistera désormais q u ' à la
surveillance et à la répression des délits de commerce
avec les é t r a n g e r s .
Code noir. — L a traite des noirs, tolérée depuis 1667,
par suite de la diminution du nombre des blancs décimés
par la guerre, les troubles intérieurs et les maladies
épidémiques, avait pris une grande extension en 1673
sous le gouvernement du marquis de Baas.
En 1685, la colonie comptait déjà plus de 10.000
esclaves africains, la plupart vendus aux colons par la
compagnie du Sénégal qui jouissait seule du privilège
de la traite en A m é r i q u e .
L a m ê m e a n n é e , Colbert fit p a r a î t r e une ordonnance
qui r é g l e m e n t a i t la condition des esclaves mais consacrait
l'esclavage dans les colonies françaises d ' A m é r i q u e .
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
49
Cette ordonnance concernant la discipline de l'Eglise et
et de l'Etat et la qualité des esclaves dans les îles d'Amé-
rique est connue dans l'histoire de ces îles sous le nom de
Code noir.
Les principales dispositions du Code noir. — L'escla-
vage existait en fait dans les possessions françaises
d ' A m é r i q u e , au d é b u t m ê m e de la colonisation, mais
aucun acte officiel n'en réglait la discipline. Le m a î t r e
pouvait i m p u n é m e n t , à son gré, châtier l'esclave, le
torturer m ê m e ; le codé noir supprima ce pouvoir
abusif en d é t e r m i n a n t les punitions que le m a î t r e
avait personnellement le droit d'infliger et en exigeant
pour les peines graves, l'audition des esclaves comme
t é m o i n s .
Dans les affaires civiles, les nègres é t a i e n t considérés
comme objets mobiliers et saisis par le créancier ; ,le
Code noir fit respecter la p e r s o n n a l i t é de l'esclave en
Interdisant cette p r o c é d u r e abusive.
A v a n t l'âge de 25 ans, le m a î t r e n'avait pas le droit
d'affranchir ses esclaves ; le Code noir ramena à 20 ans
l'âge auquel tout m a î t r e pouvait rendre libres ses esclaves,
sans que ce m a î t r e fût tenu de rendre compte de leur
affranchissement.
Telles furent les principales dispositions de ce docu-
ment officiel appelé Code noir qui apportait une amélio-
ration incontestable à la condition matérielle et morale
des esclaves dans les colonies françaises d ' A m é r i q u e .
Fort-Royal, chef-lieu de l'Ile. Combat du Fond
Canonville. — Après une brillante e xpédition contre les
Anglais à T r i n i d a d , le comte de Blénac, malade, rentra en
France en 1088. Appelé une d e u x i è m e fois au gouverne-
V
50
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
ment général, i l d é b a r q u a à la Martinique le 5 février
1692.
L a m ê m e année i l établissait le siège des différents
services à F o r t - R o y a l qui devint ainsi le chef-lieu de
l'île.
L ' a n n é e suivante les Anglais firent une descente à
p r o x i m i t é du P r ê c h e u r , au Fond Canonville où ils débar-
q u è r e n t 3.000 hommes. Ils furent repoussés par les milices
du P r ê c h e u r et de Saint-Pierre, c o m m a n d é e s par Dubuc
et soutenues par les esclaves africains du quartier que
commandait Michel de la Guarrigue. Les Anglais per-
dirent 000 hommes dans ce combat et nous abandon-
n è r e n t 300 prisonniers.
Arrivée du père Labat. — En 1694, le bateau de guerre
« la Loire » qui escortait un convoi de navires marchands
à destination des colonies françaises d ' A m é r i q u e , débar-
quait à la Martinique le père Labat dont le nom est
resté célèbre dans l'histoire de la colonisation française
aux Antilles.
Débarquement des Anglais au Marigot et à Sainte
Marie. — L e . comte de Blénac mourut en 1.690 et fut
r e m p l a c é par le marquis d'Amblimont, le m ê m e qui
avait concouru à la défense de. F o r t - R o y a l en 1674.
Sous Son gouvernement, les Anglais o p é r è r e n t , en
m ê m e temps, deux d é b a r q u e m e n t s nocturnes, l ' u n
Marigot l'autre à Sainte-Marie en 1697. Ils furent re-
poussés au Marigot par les habitants du quartier réveillés
par le bruit de la fusillade, à Sainte-Marie par les tra-
vailleurs de l'habitation Saint-Jacques, sous la conduite
du père Labat.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
51
L E C T U R E
Défaite des Anglais au Fond Canonville
Les milices de Saint-Pierre et du Prêcheur coururent à la ren-
contre des troupes anglaises que protégeaient les canons de leurs
vaisseaux. Les milices leur disputèrent le terrain pied à pied et
donnèrent au comte de Blénac le temps d'arriver avec ses soldats.
Les Anglais furent arrêtés et harcelés de tous côtés. Les nègres quo
l'on avait armés leur faisaient surtout une guerre impitoyable, et
c'est grâce à cette bande africaine qui se transportait avec rapidité
d'un point sur un autre, que le bourg du Prêcheur dut de no pas être
pillé et brûlé.
Cinq jours après leur débarquement, les Anglais furent contraints
de gagner leurs navires, laissant leur bagage, leurs munitions, des
déserteurs, environ 5 à 600 morts et nous abandonnant 300 prison-
niers.
Sidney D A N E Y , Histoire de la Martinique.
D O U Z I È M E L E Ç O N
Période de Paix : travaux d'utilité publique et sociale. Le « gaoulé
du Diamant ». Gouvernement du Chevalier de Feuquière ! Les
vagabonds importés comme engagés. — Gouvernement du Mar-
quis do Champigny et du marquis de Caylus. — Commerce et
agriculture. — Condition des enclaves africains sous le gouverne-
ment de Louis X V .
Période de paix. La paix régna dans la colonie
pendant la première moitié du XVIII
e
siècle. À part une
vaine tentative de d é b a r q u e m e n t des Anglais au Prê-
cheur en 1704 et une sédition des colons dirigée contre le
Gouverneur de la Varenne, l'histoire de la Martinique,
pendant cette période, est pauvre en é v é n e m e n t s d'ordre
politique.
Œuvres d'utilité publique et sociale. — Cette ère de
paix fut consacrée à des œ u v r e s d ' u t i l i t é publique et
sociale : la mise en é t a t de défense de l'île par l'édifica-
tion de nombreuses batteries sur le littoral ; la construc-
tion de plusieurs chemins royaux dont l'entretien était
assuré par les habitants qui devaient fournir, à cet effet
deux ou trois nègres, en proportion du nombre de
leurs esclaves ; le transport des lépreux à la Désira de et
la construction d'un hôpital à F o r t - R o y a l en 1722.
Le « Gaoulé » du, Diamant. Un événement d'une
exceptionnelle g r a v i t é eut lieu sous le gouvernement du
marquis de la Varenne.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
53
Ce gouverneur arrivé dans la eolonie en janvier 1717
était chargé, par le régent, d'une mission délicate tou-
chant le r e l â c h e m e n t des m œ u r s chez les religieux et
l'accaparement de l'industrie sucrière par les grands
propriétaires de l'île. Ces derniers, m é c o n t e n t s de son
administration, le firent a r r ê t e r au Diamant sur l'habi-
tation O'Mullane ainsi que l'Intendant et les embar-
quèrent tous deux, de force, "sur un navire en partance
Pour la Rochelle. Cette r é v o l t e contre l ' a u t o r i t é prit
le nom de « gaoulé », mot e m p r u n t é au langage caraïbe
et qui signifie rassemblement tumultueux ou sédi-
tieux.
Gouvernement du chevalier de Feuquière. — Le chevalier de F e u q u i è r e r e m p l a ç a la m ê m e a n n é e le marquis
de la Varenne et demeura au gouvernement général
jusqu'en 1728.
A son arrivée dans la colonie en octobre 1717, i l or-
donna l'arrestation des colons qui avaient organisé le
« gaoulé » du Diamant. D u b u q , Dorange, Cattier et
Labat furent a r r ê t é s et emprisonnés au F o r t - R o y a l ,
mais, ils r e c o u v r è r e n t peu après leur l i b e r t é en v e r t u
d'une ordonnance du r é g e n t qui amnistiait tous ceux q u i
avaient participé à la sédition.
Importation des vagabonds comme engagés. — C'est
sous le gouvernement du marquis de F e u q u i è r e que les
vagabonds de la m é t r o p o l e et les gens c o n d a m n é s aux
galères furent introduits dans la colonie comme engagés,
en vertu d'un a r r ê t du Conseil d ' E t a t en date du 12 m a i
1719. Chaque navire qui laissait la m é t r o p o l e à destina-
tion des îles devait emporter trois vagabonds ou con-
damnés. La durée de l'engagement qui avait é t é r é d u i t e
54
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
à 18 mois en 1670 fut élevée en 1728 à 3 ans comme aux
premiers temps de la coIonisation.
Répression des délits de commerce avec les étrangers.
— C'est é g a l e m e n t sous son administration que des
peines sévères furent édictées contre les contrebandiers
et qu'une ordonnance royale de 1727 p r o n o n ç a la peine
des galères contre tout capitaine convaincu d'avoir
introduit dans la colonie, soit des nègres, ne provenant
pas de la Compagnie du Mississipi qui avait obtenu le
monopole de la traite, soit des marchandises d'origine
é t r a n g è r e .
Gouvernement du marquis de Champigny et du marquis
de Caylus. — L e gouvernement du marquis de Cham-
pigny qui dura de 1728 à 1744 fut m a r q u é par l a pro-
mulgation dans la colonie d'ordonnances scélérates rédi-
gées contre les esclaves africains, en d é p i t des sentiments
d ' h u m a n i t é qui animaient alors les colons et les pous
saient à affranchir leurs esclaves dévoués et fidèles, et
des efforts déployés par le conseil souverain pour améliorer
le sort de ces i n f o r t u n é s .
L e marquis de Caylus qui succéda au marquis de
Champigny en 1744, s'attacha particulièrement, à la
suppression des fraudes, au maintien de la discipline des
esclaves et à l'armement des corsaires qui exercèrent
une v é r i t a b l e piraterie dans la mer des Caraïbes.
Sous son gouvernement eut. lieu le combat naval du
Cap Salomon en 1745, soutenu h é r o ï q u e m e n t par deux
bateaux de guerre français que commandaient le comte
Dugué et le chevalier d'Aubigny, contre une flotte
anglaise de 8 vaisseaux qui croisait depuis plusieurs jours
au large de Port-Royal
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
55
Le marquis de Caylus mourut à Saint-Pierre, sur la
Propriété Tricolore le 12 mai 1749.
Agriculture et commerce. — Pendant la période de
calme relatif qui r é g n a dans la colonie, l'agriculture et
le commerce p r o s p é r è r e n t . Les terres bien cultivées
Produisirent en abondance du sucre, du coton, du cacao,
du roucou et de l'indigo.
L a culture du caféier d'Arabie introduite dans l'île
en 1723 par Desclieux créa une nouvelle source de r i -
chesses pour la colonie.
Le commerce d é b a r r a s s é des taxes qui entravaient
son d é v e l o p p e m e n t prit une extension considérable. De
nombreux bateaux français f r é q u e n t è r e n t les ports de
Fort-Royal, de Saint-Pierre, du M a r i n et de T r i n i t é .
Les marchandises livrées à l'exportation atteignaient
en 1737 une valeur annuelle de 15 millions de francs.
Condition des esclaves africains sous le gouvernement
de Louis XV. — Le gouvernement de Louis X V , si
funeste à la France, se montra inhumain à l'égard des
esclaves africains. Il favorisa l'extension de la traite par
des subventions accordées aux compagnies des négriers
et publia clans la colonie une série d'ordonnances q u i
dérogeaient aux dispositions du Code noir : ordonnance
de L715 obligeant le m a î t r e qui voulait affranchir son
esclave d'en obtenir l'autorisation du Gouverneur ou de
l'Intendant ; ordonnance de 1720 qui interdisait au m a î t r e
avant l'âge de 25 ans d'affranchir l'esclave ; ordonnance
de 1736 d é f e n d a n t aux colons de baptiser comme libres
leurs enfants nés de mères esclaves : ordonnance de 1738
l i s a n t défense aux colons de conduire des nègres en
france sans une autorisation du Gouverneur ou de
56 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
l'Intendant ; ordonnance de 1743 p r o n o n ç a n t contre les
nègres marrons la peine des jarrets c o u p é s , etc.
Tandis que ces mesures scélérates é t a i e n t prises c o n t r é
les esclaves africains, L o u i s \ V ordonnait l'affranchisses-
ment des Caraïbes et des Indiens « o b é i s s a n t à cette
pensée que l a race africaine est l a seule d e s t i n é e à cette
misérable condition sociale qu'est l'esclavage. »
L E C T U R E
Extension de la traite sous le gouvernement
de Louis XV
Lu Gouvernement, de Louis X V , tant pour favoriser la Compagnie
du Mississipi chargée de la traite des nègres en Amérique que pour
favoriser la propagation de l'esclavage dans ses possessions d'outre-
mer, accordait aux marchandises qui entraient en France, une dimi-
nution de la moitié des droits lorsqu'il était constaté que ces mar-
chandises avaient été achetées avec le produit de la vente des nègres
aux colonies. Le Capitaine d'un navire chargé de denrées coloniales
achetées avec le prix de la cargaison d'un négrier, en abordant dans
un port de France admis au commerce de Guinée, remettait le certi-
ficat qui lui avait été délivré par l'Intendant de la Martinique au
Receveur des Fermes qui l'adressait immédiatement au Fermier
général, à l'hôtel des Fermes, à Paris. Celui-ci, après l'avoir visé le
retournait sur le champ et les denrées ne payaient que la moitié des
droits d'entrée.
S. D A N E Y , Histoire de la Martinique.
T R E I Z I È M E L E Ç O N
Coup d'œil sur l'histoire de la Martinique de 1762 à 1815. — Attaque
anglaise sous le gouvernement du marquis de Beauharnais. — Le
Vassor de la Touche. — Prise de la Martinique par les Anglais en
1762. — Traité de Paris. Restitution de l'île à la France.
L'histoire de la Martinique pendant l a seconde moitié
du XVIII
e
siècle et le commencement du x i x
e
est fer-
tile en é v é n e m e n t s d'ordre politique et social. Conquise
trois fois par les Anglais pendant cette période, agitée
par des guerres intestines, la colonie ne jouira des bien-
faits de la paix que sous le gouvernement de la Restau-
ration.
Gouvernement du marquis de Beauharnais ; attaque
anglaise. — Pendant la guerre de sept ans, le 15 janvier
1759, sous le gouvernement du marquis de Beauharnais,
une flotte anglaise de 10 vaisseaux sous les ordres de
l'amiral Moore, se p r é s e n t a devant F o r t - R o y a l . Après
une vaine tentative de descente à cet endroit, les Anglais
d é b a r q u è r e n t entre Case-Navire et la pointe des Nègres,
5.800 hommes de troupes, c o m m a n d é s par le général
Barrington. dans le but de gagner le Morne Tartenson et
de bombarder ensuite F o r t - R o y a l .
Grâce à l'héroïsme des habitants et des esclaves
c o m m a n d é s par Duprey de la Ruffinière, les Anglais
furent repoussés abandonnant sur le terrain plus de
4OO tués et blessés.
58
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Le 19 janvier, ils t e n t è r e n t , mais sans succès, un nou-
veau d é b a r q u e m e n t , à Saint-Pierre. Repoussés par les
milices du Carbet et de Saint-Pierre, ils se dirigèrent
à la Guadeloupe.
Cette colonie, mal défendue par son gouverneur Nadau
du T r e i l tomba au pouvoir des Anglais qui la g a r d è r e n t
jusqu'au t r a i t é de Paris.
Gouvernement de Le Vassor de la Touche. — L e
Vassor de la Touche, créole de la Martinique, n o m m é au
Fabrication do la farine do manioc au XVIIe siècle
(d'après une gravure do l'époque).
gouvernement général en remplacement du marquis de
Beauharnais, d é b a r q u a à la Martinique le 7 février 1761.
Il s'occupa activement de mettre l'île en état, de défense
contre une nouvelle attaque anglaise.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
59
A cet effet, i l la partagea en 3 d é p a r t e m e n t s ayant
leurs chefs-lieux respectifs à F o r t - R o y a l , Saint-Pierre
et T r i n i t é . Il plaça à la t ê t e de chaque d é p a r t e m e n t un
Prévôt avec des pouvoirs t r è s é t e n d u s .
Il divisa les milices en 8 bataillons, créa u n corps
d'esclaves et une compagnie d'enfants perdus, formée de
nègres et de m u l â t r e s libres.
Pour prévenir la disette, i l fit construire dans plusieurs
chefs-lieux de paroisses des d é p ô t s de vivres, nomma des
économes pour la fabrication de la farine de manioc
destinée à être e m m a g a s i n é e dans ces d é p ô t s .
Prise de l'île par les Anglais en 1762. — Cependant les
Anglais n'avaient pas a b a n d o n n é leur projet de con-
quérir la Martinique qui é t a i t devenue la m é t r o p o l e des
colonies françaises des Antilles. L e 9 janvier 1762, une
flotte anglaise, sous les ordres de l'amiral Radney, forte
de 18 vaisseaux de ligne, de 12 frégates et de 200 navires
de transport portant 20.000 hommes de troupe comman-
dés par le général Monkton, attaqua la Martinique sur
plusieurs points à la fois.
Après avoir d é b a r q u é 1.200 hommes à Sainte-Anne,
ils b o m b a r d è r e n t violemment la batterie de la Pointe
Borgnesse qu'ils r é d u i s i r e n t au silence, puis o p é r è r e n t u n
nouveau d é b a r q u e m e n t à cet endroit. L a milice du M a r i n
commandée par de Folleville, lieutenant du R o i dans
cette paroisse, courut à leur rencontre et les mit en
déroute.
Egalement battus aux Anses d'Arlets où ils avaient
débarqué 2.000 hommes, ils c o n c e n t r è r e n t leurs forces
entre Case-Navire et la Pointe des Nègres où, après un
bombardement intense, ils d é b a r q u è r e n t environ 20.000
hommes. A la suite d'un combat a c h a r n é les colons
(60
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
durent se replier, les Anglais s ' e m p a r è r e n t du Morne-
Tartenson et du Morne Garnier. Maîtres de ces positions,
ils purent, avec l'aide de leur flotte, assiéger F o r t - R o y a l ,
par terre et par mer,
Cependant Le Vassor qui avait t r a n s p o r t é le siège du
gouvernement d'abord au Gros-Morne, puis à Saint-
Pierre, organisait la résistance et se disposait à une v i -
goureuse offensive, quand la défection de la milice du
Lamentin, suivie de celle de plusieurs autres paroisses
l'obligea à capituler le 15 février 1762. Pour la première
fois, la Martinique tombait au pouvoir des Anglais.
Traité de Paris. — Le t r a i t é de Paris, signé le 10
février 1763, mit fin à la guerre de Sept ans. Ce t r a i t é
d é s a s t r e u x cédait aux Anglais, outre l'Inde, le Sénégal
et le Canada, qu'ils avaient, conquis, Tabago, L a Gre-
nade, Saint-Vincent, Sainte-Lucie, la Dominique, mais
restituait à la France la Martinique e1 la Guadeloupe.
L E C T U R E
Les Anglais repoussés à la Pointe Borgnesse
le 9 janvier 1762
Le 9 janvier 1762, les Anglais débarquèrent a Sainte-Anne en-
viron 12.00 hommes. La petite batterie de la Pointe Borgnesse inquié-
tait leur descente ; les vaisseaux la canonnèrent vivement et la dé-
montèrent. L'un de leurs vaisseaux, le « Raisonnable », de 64 canons
s'en était approché de si près qu'il échoua. Il ne leur fut pas possible
de le dégager. Ils en ôtèrent le gréement et les pièces de la première
batterie et y mirent le feu. Cependant de Folleville, lieutenant du
Roi au Marin, accourut sur les lieux avec 400 hommes de milices,
restés pour la garde de ce quartier.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
61
Aussitôt que le Gouverneur Le Vassor fut instruit do la descente
de l'ennemi il expédia trois compagnies de milices, commandées par
Decoudreville.
Les Anglais, après s'être emparés de quelques pièces de canons
répandues sur la côte et avoir brûlé quelques habitations, furent si
vivement pressés par les milices qu'au bout de trois jours, ils se rem-
barquèrent, renonçant au projet qu'ils avaient conçu de s'établir au
Marin ou à celui d'amener les habitants à se rendre.
S. D A N E Y , Histoire de la Martinique.
Q U A T O R Z I È M E L E Ç O N
Gouvernement du marquis de Fénelon. — Construction du Fort
Bourbon. — Expulsion des Jésuites — Gouvernement du comte
d'Ennery. — La Martinique, siège du gouvernement général des
îles du Vent. Gouvernement du marquis de Nozières : répression
du duel, établissement de fontaines à Saint-Pierre.
Gouvernement du marquis de Fénelon. — Le marquis
de Fénelon. n o m m é gouverneur général après le remise;
de l'île, le 15 juillet 1763, s'occupa de r é p a r e r les désastres
causés par la guerre.
Il créa une Chambre d'Agriculture dont les attributions
s ' é t e n d a i e n t au défrichement du sol, aux voies de
communication avec l'intérieur, à l a navigation, aux
travaux des ports et rades et à la défense des côtes.
Il autorisa, contrairement aux dispositions du Pacte
Colonial, l'exportation à l'étranger des sirops et tafias
qui encombraient les ports de Saint-Pierre, F o r t - R o y a l ,
Marin et T r i n i t é ; i l permit é g a l e m e n t l ' i m p o r t a t i o n des
marchandises é t r a n g è r e s que la m é t r o p o l e ne pouvait
pas fournir à la colonie. Il é t a b l i t un droit de sortie sur
les denrées coloniales vendues à l'exportation et un droit
d ' e n t r é e sur les marchandises i m p o r t é e s dans la colonie,
un droit de capitation sur les E u r o p é e n s , les nègres et les
m u l â t r e s libres ainsi que sur les nègres non a t t a c h é s aux
cultures de la canne à sucre, du café, du cacao et du
coton.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E
63
Construction du Fort Bourbon. — L'attaque anglaise
de 1762 qui avait fait tomber la Martinique au pouvoir
des Anglais, avait fait ressortir la valeur s t r a t é g i q u e du
Morne Garnier. Une ordonnance royale de 1763, pres-
crivit la construction d'un fort à cet endroit. Ce fort,
c o m m e n c é la m ê m e a n n é e et achevé 8 ans plus tard, prit
le nom de Fort Bourbon, i l s'appelle aujourd'hui F o r t
Desaix.
Expulsion des Jésuites. — E n 1764, se produisit un
é v é n e m e n t qui intéresse à la fois l'histoire de la M a r t i -
nique et celle de la France.
L e P è r e L a Valette, religieux de l'ordre des J é s u i t e s ,
avait fondé à Saint-Pierre une importante maison de
commerce ; à la suite de spéculations malheureuses i l fit
une faillite de plusieurs millions. Ses créanciers, tous
négociants de Marseille, i n t e n t è r e n t un procès à la Com-
pagnie de J é s u s qui fut c o n d a m n é e à payer toutes les
dettes du père L a Valette. Cet incident, venant se greffer
sur le conflit qui divisait alors en France les Jésuites et
les Jansénistes, d é t e r m i n a Louis X V , sous la pression du
Parlement et de l'opinion publique, à prendre l'édit du
9 novembre 1764 qui p r o n o n ç a i t l'expulsion des J é s u i t e s
de France et de toutes les colonies françaises.
Gouvernement du comte d'Ennery.— Le comte
d ' E n n e r y qui r e m p l a ç a le marquis de F é n e l o n donna un
nouvel essor au commerce en autorisant l ' e n t r é e dans la
colonie des morues é t r a n g è r e s moyennant un droit de
8 livres par quintal.
Pour a surer la r e n t r é e régulière des i m p ô t s , i l fit pro-
céder à un d é n o m b r e m e n t des esclaves et nomma, en
m ê m e temps, un Directeur des Domaines, sous les ordres
64
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
de l'Intendant. Le Directeur des Domaines contrôlait
les o p é r a t i o n s du d é n o m b r e m e n t , établissait les droits
de capitation et les impositions sur les loyers, enregistrait
les droits d ' e n t r é e et de sortie.
Dans chaque chef-lieu de paroisse é t a i e n t , sous sa
d é p e n d a n c e , des commis ou visiteurs qui o p é r a i e n t des
perquisitions sur les p r o p r i é t é s afin de vérifier la sincé-
r i t é du d é n o m b r e m e n t .
Le directeur des Domaines établissait, chaque année
un é t a t général des recettes qu'il remettait à l'Inten-
dant. — L a perception de l ' i m p ô t é t a i t assurée par un
Trésorier principal dans la caisse duquel é t a i e n t cen-
tralisées toutes les sommes perçues par des trésoriers
particuliers établis à F o r t - R o y a l , Saint-Pierre, Marin
et T r i n i t é .
Répression du duel. — Sous le gouvernement du
comte d'Ennery, les créoles avaient remis le duel en
honneur en c r é a n t une société dont le but é t a i t de pro-
voquer en champ clos tous les E u r o p é e n s qui arrivaient
pour la p r e m i è r e fois dans la colonie. Ceux qui se
battaient avec leurs insulteurs é t a i e n t admis dans
l'association ; les autres é t a i e n t méprisés et disqualifiés.
Pour a r r ê t e r cette ardeur belliqueuse, le comte
d ' E n n e r y fit condamner à la d é p o r t a t i o n , Bellevue-
Blanchetière, p r é s i d e n t de cette é t r a n g e société.
Ce dernier fut élu, plus tard, par les créoles, d é p u t é
de la Martinique à l'Assemblée nationale.
La Martinique, siège du gouvernement général des îles
du Vent. Un règlement royal du 24 mars I763, avait
séparé le Gouvernement de la Guadeloupe de celui de la
Martinique : en 1763, la Guadeloupe fut de nouveau
C O L O N I S A T I O N D E LA. M A R T I N I Q U E
65
r a t t a c h é e au Gouvernement g é n é r a l ainsi que Marie-
Galante, la D é s i r a d e , S a i n t - M a r t i n , S a i n t - B a r t h é l e m y
et Sainte-Lucie.
L a Martinique devint ainsi le siège du Gouvernement
général des îles d u Vent.
Etablissement de fontaines à Saint-Pierre. — C'est
sous le gouvernement du comte de Nozières q u i s u c c é d a
au comte d ' E n n e r y que furent é t a b l i e s à Saint-Pierre,
avec le concours des Dominicains, les p r e m i è r e s fon-
taines publiques en 1774.
L E C T U R E
La Martinique sous le gouvernement de Louis XV
La Martinique, livrée à ses propres ressources sous le Gouverne-
ment de Louis X V résista héroïquement à toutes les agressions an-
glaises. Si elle tomba au pouvoir des Anglais en 1 7 6 2 , il ne fau1
accuser ni les colons qui firent admirablement leur devoir, ni les
nègres, et les mulâtres libres qui rivalisèrent de bravoure et de cou-
rage pour la défense commune, ni les esclaves mêmes qui versèrent
largement leur sang à côté de leurs maîtres pour repousser l'enva-
hisseur.
L'histoire impartiale doit eu rejeter la responsabilité sur
Louis X V qui ne pensait qu'à ses plaisirs et sur ses ministres inca-
Pables qui avaient laissé péricliter la marine française et n'en-
voyaient pas le plus léger secours aux Gouverneurs et aux colons.
Le Traité de Paris, le plus désastreux que la France ait signé, res-
tera la honte éternelle de ce roi indifférent et égoïste.
J. L .
Q U I N Z I È M E L E Ç O N
Gouvernement du comte d'Agout.— Gouvernement du marquis de
Bouillé : administration intérieure, ses conquêtes. — Combats na-
vals. — Gouvernement du Vicomte de Damas : réorganisation des
milices. — Développement de l'industrie et extension du Com-
merce.
Gouvernement du comte d'Agout. — L e comte
d'Agout q u i succéda en 1776 au comte de Nozières ne
resta qu'un an au gouvernement général ; i l marqua néan-
moins son administration par quelques œ u v r e s d'utilité
publique : l'assainissement de F o r t - R o y a l , l'édification
d'une maison d'enfants t r o u v é s à Saint-Pierre, l a créa-
tion d'un d é p ô t à Versailles en 1776 pour la conservation
des actes publics.
Gouvernement du marquis de Bouillé. — L e marquis
de Bouillé qui r e m p l a ç a le comte d'Agout en 1 777, fut le
plus illustre gouverneur de l a colonie.
Il contribua, tant par son administration i n t é r i e u r e
que par ses c o n q u ê t e s à la victoire de la France, dans la
guerre de l ' I n d é p e n d a n c e américaine.
Administration intérieure. — Pour faire face à cette
guerre, i l créa 5 compagnies de cadets de famille et 8
compagnies de flibustiers de 200 hommes chacune ; i l
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E 67
arma, à ses frais, des bateaux de guerre qui firent un tort
considérable au commerce anglais.
Le marquis do B O U I L L É .
Né on Auvergne, en 1739, gouverneur général des Iles du Vent, de 1777 à
1783. Se rendit célèbre aux Antilles par ses exploits pendant la guerre do
l'Indépendance américaine.
Rentré en France, en 1783, il joua un rôle actif pendant la Révolution, favorisa
la fuito de Louis X V I . Mort à Londres en 1800.
Il maintint l'ouverture des ports aux vaisseaux é t r a n -
gers, encouragea le commerce espagnol en admettant
l'entrée en franchise des marchandises espagnoles, libéra
l'industrie des taxes qui entravaient son d é v e l o p p e m e n t ,
créa des d é p ô t s de vivres pour p r é v e n i r la disette, édicta
des peines sévères contre l'accaparement.
68
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Ses conquêtes. — Le marquis de Bouillé s'illustra
surtout par ses exploits pendant la guerre d ' A m é r i q u e .
Il conquit successivement la Dominique en 1778, Saint-
Vincent et la Grenade en 1779, Tabago, Saint-Eustache
et Saint-Martin en 1781, Saint-Christophe, Nieves et
Montserrat en 1782, mais ne réussit pas à reprendre
Sainte-Lucie que les Anglais avaient conquise en 1778.
P a r m i ceux qui se d i s t i n g u è r e n t dans ces e x p é d i t i o n s
il convient de citer le brave capitaine Dillon qui avec
1.200 hommes de milices s'empara de la Grenade et le
lieutenant vicomte de Damas qui, avec 800 hommes,
réussit à c o n q u é r i r Saint-Vincent et Saba.
Combats navals. — De fréquents et sanglants com-
bats navals s ' e n g a g è r e n t dans la mer des Antilles pen-
dant la guerre d ' A m é r i q u e entre les amiraux français
d'Estaing, Guiehen, de Grasse et les amiraux anglais
B y r o n et Rodney. Ce dernier gagna contre l'amiral
français de Grasse soutenu par l'amiral espagnol Solano,
la bataille navale des Saintes où de Grasse fut fait
prisonnier en 1782.
L a défaite des Saintes obligea le marquis de Bouillé,
qui commandait un corps e x p é d i t i o n n a i r e d e s t i n é à
s'emparer de la J a m a ï q u e , à retourner à la Martinique.
Il se disposait alors à reprendre Sainte-Lucie quand fut
signé le t r a i t é de Versailles.
Paix de Versailles. — L a paix de Versailles conclue le
3 septembre 1783, mettait fin à la guerre de l'indépen-
dance a m é r i c a i n e . Elle donnait à la France Tabago et
Sainte-Lucie, mais restituait à l'Angleterre toutes les
colonies anglaises conquises par le marquis de Bouille.
C O L O N I S A T I O N D E L A M A R T I N I Q U E 69
Gouvernement du vicomte de Damas. — L e vicomte
de Damas r e m p l a ç a le marquis de Bouillé au gouverne-
ment général en 1784. I l s'attacha à la r é o r g a n i s a t i o n des
milices, au d é v e l o p p e m e n t de l'industrie et à l'accroisse-
ment du commerce.
Réorganisation des milices. — I l supprima les com-
mandants de quartiers et les r e m p l a ç a par des comman-
dants de paroisses. 11 divisa les milices en 3 corps : infan-
terie, artillerie et cavalerie ; les soldats des milices de
ces différentes armes prirent les noms de fusiliers, gre-
nadiers, artilleurs et dragons.
Industrie et commerce. — L e vicomte de Damas
favorisa l'industrie et le commerce en autorisant les
colons à raffiner le sucre dans la colonie pendant 12 ans
et à vendre leurs produits aux pays é t r a n g e r s .
Il permit aux navires de toute n a t i o n a l i t é de vendre
dans les ports de la colonie du bois, de la morue, des
salaisons, du riz, du maïs et des l é g u m e s .
Sous son administration, la Martinique fut très flo-
rissante.
L E C T U R E
Importance stratégique de la Martinique
Depuis que la France avait des possessions dans l'archipel du
Mexique et était en guerre avec l'Angleterre, elle lit deux traités-
avantageux, celui de Bréda et celui de Versailles. Dans la conclusion
de l'un et de l'autre, les conquêtes des Gouverneurs de la Martinique,
de Chlodoré en 16G7 et du marquis de Bouillé en 1783, pesèrent
glorieusement dans la balance.
70
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Dans cette dernière lutte avec la Grande-Bretagne, la France dut
comprendre combien ses colonies et principalement la Martinique
avec sa vaste baie et son carénage à l'abri des ouragans et des
attaques lui étaient essentielles et que sans ces points de stations, de
ravitaillement, de refuge, de ralliement, il serait impossible à ses
escadres de tenir la mer dans ces parages, il lui serait impossible, par
conséquent, de soutenir une lutte maritime avec l'Angleterre.
S. D A N E Y , Histoire de la Martinique.
S E I Z I È M E L E Ç O N
Etat politique, religieux
et social de la Martinique
au XVIII
e
siècle.
Les villes et les paroisses
Etat politique. — L e Gouverneur é t a i t le chef su-
prême de la Colonie, mais ses attributions ne s ' é t e n d a i e n t ,
uis la nomination de l'Intendant en 1677, q u ' à la
surveillance et à la répression du commerce interlope.
Le Lieutenant Général qui venait i m m é d i a t e m e n t
après l u i et qui le r e m p l a ç a i t en cas d'absence ou de
maladie, s'occupait exclusivement de la mise en é t a t
de défense de l'île.
L'Intendant dont nous avons déjà défini les attribu-
tions s'occupait, concurremment avec le Conseil Souve-
rain de l'Administration de la Justice, des Finances
et de la police.
Souvent, le Gouverneur e m p i é t a i t sur les attributions
du Conseil ou de l'Intendant ; le conflit é t a i t alors p o r t é
devant le Ministre qui b l â m a i t presque toujours le Gou-
verneur.
72
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Celui-ci p r é l e v a i t I % sur le produit de la vente des
Nègres et partageait avec l'Intendant les impositions
p a y é e s par les cabaretiers de l'île ; ces abus furent sup-
primés par une ordonnance royale de 1759.
L a m ê m e ordonnance, pour rendre i n d é p e n d a n t s les
gouverneurs et les intendants, leur fit défense de se
marier aux colonies et d'y acquérir des p r o p r i é t é s .
Etat religieux. — L e gouvernement m é t r o p o l i t a i n ,
depuis le d é b u t de la colonisation avait toujours mani-
festé sa bienveillance en faveur des ordres religieux établis
aux colonies. Les J é s u i t e s d'abord, les Dominicains
ensuite avaient é t é e n t o u r é s de toute sa sollicitude.
L'expulsion des premiers de toutes les terres de cou-
ronne, ne fut que la conséquence de la victoire religieuse
des J a n s é n i s t e s sur les J é s u i t e s .
E n 1783, une ordonnance royale avait placé le clergé
sous l ' a u t o r i t é du gouverneur, du l i e u t e n a n t - g é n é r a l et
de l'intendant.
E n vertu de cette ordonnance, le préfet apostolique
devait chaque année visiter les différentes paroisses de la
colonie et adresser un rapport au gouverneur et à l'inten-
dant sur la conduite et les m œ u r s des missionnaires.
Ceux-ci é t a i e n t tenus d'inscrire sur un registre spécial
tous les actes de b a p t ê m e , de mariage et de sépulture
accomplis dans leurs paroisses.
Etat social. — E n 1783, la population de la Marti-
nique atteignait le chiffre de 77.000 âmes comprenant
00.000 esclaves, 5.000 hommes de couleur et
1 2 . 0 0 0
blancs.
Les esclaves se divisaient en nègres africains introduits
dans la colonie par la t r a i t e ; en nègres créoles ou. échappés,
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 73
nés dans l a colonie et travaillant aux cultures ou servant
comme domestiques dans les maisons.
L a plupart des hommes de sang mêlé, nés de l'union
des m a î t r e s et de leurs esclaves, obtenaient leur affran-
chissement avec leur b a p t ê m e ; mention en é t a i t faite
dans la r é d a c t i o n de l'acte de b a p t ê m e . Selon la couleur
de leur é p i d e r m e on les désignait par les noms de câpres,
mulâtres, métis, quarterons et mameloucks.
Les blancs dont le nombre s'élevait alors à 12.000 se
r é p a r t i s s a i e n t en 3 classes dans l'ordre h i é r a r c h i q u e
suivant :
1° Les grands blancs, habitants ou planteurs qui
formaient la classe privilégiée ;
2° Les moyens blancs composés des n é g o c i a n t s ,
commissionnaires et employés d'administration de l'île.
3° Les petits blancs comprenant les matelots et sol-
dats libérés de la Métropole qui s ' é t a i e n t fixés dans la
colonie et s'y livraient aux industries secondaires ainsi
que des E u r o p é e n s de bonne famille e n v o y é s en exil dans
la colonie, pour avoir compromis, par des fautes graves,
l'honneur de leurs parents.
Les villes et les paroisses. — E n 1783, la Martinique
comptait déjà 27 paroisses. L a ville de Saint-Pierre
s'était agrandie et embellie ; F o r t - R o y a l , autrefois un
vaste m a r é c a g e , avait été assaini par la c r é a t i o n d'un
canal reliant la rivière de l ' h ô p i t a l au c a r é n a g e . U n avocat,
Simon Chovot, avait c o m p l é t é cette œ u v r e d'assainisse-
ment par le comblement dans la zone des cinquante pas
du R o i , de la pointe qui porte aujourd'hui son nom.
A cette époque Saint-Pierre comptait 16.000 â m e s et
F o r t - R o y a l 10.000.
74
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
L E C T U R E
Mœurs, caractère et aptitudes des Martiniquais
C'est dans ces climats encore où l'on exerce avec empressement
envers tous les étrangers, sans exception, celte généreuse et tendre
hospitalité dont l'histoire ne nous offre plus que les anciennes tradi-
tions des premiers âges du monde.
Si les Martiniquais sont vifs, prompts, impatients, décidés, trop
attachés à leurs volontés, on ne peut pas nier qu'ils ont la franchise
en partage et qu'ils sont confiants, sans soupçons, comme sans dissi-
mulation et sans ruse.
La souplesse de leurs corps les rend propres à tous les exercices,
comme la vivacité de leur imagination les rend propres à acquérir
toutes les connaissances, soit que ces dispositions viennent de
quelque constitution organique qui appartienne aux pays chauds,
soit que cette souplesse du corps provienne, en tout ou partie, de
l'usage où l'on est de ne pas les assujettir dans les langes, soit enfin
qu'elle soit due aux exercices auxquels ils sont habitués dans nos
iles de leur enfance.
T H I B A U L T de C H A M P V A L L O N ,
Voyage à la Martinique.
D I X - S E P T I È M E L E Ç O N
Période des troubles intérieurs. -— Assemblée Coloniale : composition
élection, réunions et attributions. — Composition défectueuse de
l'Assemblée. — Les Villes et la Campagne ; premier conflit. —
Intervention des Chambres de commerce ; — Succès des Négo-
ciants.
Troubles intérieurs. — De 1787 à 1794, la M a r t i n i q u e
connut les horreurs de la guerre civile ; ce fut l ' é p o q u e la
plus triste de son histoire. L a c r é a t i o n d'une Assemblée
Coloniale, fut la cause initiale des troubles i n t é r i e u r s qui
agitèrent alors la colonie. L a réforme é t a i t d é m o c r a -
tique, mais la composition de l'Assemblée é t a i t défec
tueuse.
Assemblée Coloniale : composition, élection, réunions
et attributions. — L ' A s s e m b l é e Coloniale avait é t é créée
Par une ordonnance royale en date du 17 juin 1787. Elle
était composée du Gouverneur, de l'Intendant, du Com-
missaire de marine le plus ancien dans le service, de deux
députés du Conseil Souverain, d'un d é p u t é de chacune des
Paroisses de l'île, d'un d é p u t é choisi par les p r o p r i é t a i r e s
des maisons dans chacune des deux villes de Saint-Pierre
et de F o r t - R o y a l . Les d é p u t é s des paroisses et des villes
étaient choisis par voie d'élection. Ils é t a i e n t n o m m é s
P°ur trois ans, par un collège électoral spécial. E t a i t
é l e c t e u r et éligible tout planteur p o s s é d a n t 12 nègres de
76
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
culture, payant l ' i m p ô t de capitation ou tout négociant
ou marchand p o s s é d a n t dans l'une des deux villes prin-
cipales de l'île, des maisons ou magasins d'une valeur de
40.000 livres.
L ' A s s e m b l é e Coloniale se r é u n i s s a i t une fois par
an en session ordinaire, mais elle pouvait toujours être
c o n v o q u é e par le Gouverneur en session extraordinaire.
Elle é t a i t c h a r g é e , avec quelques restrictions, de
l ' A d m i n i s t r a t i o n i n t é r i e u r e de la colonie ; elle votait
chaque a n n é e , non pas l a q u o t i t é de l ' i m p ô t qui était
fixée par le Roi, mais son assiette et sa r é p a r t i t i o n .
Dans l'intervalle des sessions, un C o m i t é Colonial
de six membres choisis parmi les d é p u t é s des paroisses,
veillait à l ' e x é c u t i o n des décisions de l'Assemblée.
Composition défectueuse de l'Assemblée. — Les
dispositions de l'ordonnance royale d u 17 j u i n 1787
é t a i e n t défectueuses, quant à la composition même
de l ' A s s e m b l é e . Elles ne tenaient, en effet, aucun
compte du chiffre de la population des paroisses dans
la r é p a r t i t i o n des sièges ; les deux villes de Saint-Pierre
et de F o r t - R o y a l dont la population globale atteignait
presque le tiers de celle de toute l'île n'avaient droit
chacune q u ' à un r e p r é s e n t a n t tandis que chacune
des autres paroisses élisait un d é p u t é . Ces dispositions
qui favorisaient la campagne au d é t r i m e n t des villes
furent la source du conflit qui d é g é n é r a en guerre
civile pendant la période r é v o l u t i o n n a i r e .
Premier conflit entre planteurs et négociants. — Les
élections qui eurent lieu au mois d'octobre 1787
d o n n è r e n t , comme i l é t a i t facile de le p r é v o i r , une
très forte m a j o r i t é aux « habitants ».
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 77
L'Assemblée Coloniale ouvrit sa p r e m i è r e séance le
27 d é c e m b r e 1787. E l l e devait statuer sur le mode de
r é p a r t i t i o n de l ' i m p ô t fixé par le R o i et dont le montant
s'élevait depuis la guerre d ' A m é r i q u e à un million de
livres. Les planteurs d é c i d è r e n t que cette somme serait
acquittée par une taxe sur les industries du pays.
Un droit d ' e n t r é e et de sortie sur les marchandises
et un droit de capitation de 33 livres par t ê t e sur les
hommes de couleur libres et les esclaves non a t t a c h é s
aux cultures, lesquels habitaient principalement les
villes et les bourgs de la colonie. L ' A s s e m b l é e décida,
en m ê m e temps, que la capitation qui frappait les
esclaves a t t a c h é s aux cultures serait s u p p r i m é e .
Ces mesures qui favorisaient les planteurs au d é -
triment des habitants des villes, s o u l e v è r e n t un v i f
m é c o n t e n t e m e n t à Saint-Pierre. Les n é g o c i a n t s et
marchands de cette dernière ville refusèrent d'acquitter
leurs impositions. L e Gouverneur, sur la proposition
de l'Intendant, fit placer des garnisaires chez les quatre
commissionnaires de commerce Ruste, de l ' H o r m e ,
Portier et J o y a u ; mais ces mesures e x t r ê m e s ne firent
qu'irriter davantage les Pierrotins.
L e vicomte de Damas, alors gouverneur de la colonie,
craignant une r é v o l t e fit retirer les garnisaires et sus-
pendre, en m ê m e temps, l'ordonnance d'imposition.
Intervention des chambres de commerce. — Cependant
les n é g o c i a n t s et marchands de Saint-Pierre, par l'inter-
m é d i a i r e des chambres de commerce de la m é t r o p o l e ,
avaient p r é s e n t é leurs r é c l a m a t i o n s au Ministre de la
Marine. Celui-ci b l â m a la nouvelle imposition v o t é e par
l'Assemblée.
Dans sa séance du 9 février 1789, l ' A s s e m b l é e sup-
78
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
p r i m a la taxe sur les industries du pays et ramena
le droit de capitation à 25 livres par t ê t e . C ' é t a i t un
succès pour les habitants de S a i n t - P i e r r e q u i , le soir
m ê m e se l i v r è r e n t à de joyeuses manifestations et
i l l u m i n è r e n t leurs maisons.
Adresse au Roi. — A la suite de ces incidents les
planteurs convaincus de la n é c e s s i t é d ' a v o i r des r e p r é -
sentants à Paris pour la défense de leurs i n t é r ê t s et
instruits des é v é n e m e n t s q u i se d é r o u l a i e n t alors
en France, firent voter par l ' A s s e m b l é e une adresse
au R o i . tendant à obtenir l ' a u t o r i s a t i o n de nommer
des d é p u t é s aux E t a t s g é n é r a u x de l a N a t i o n .
L E C T U R E
Adresse au Roi votée par l'Assemblée Coloniale
le 9 février 1789
Sire,
L'Assemblée Coloniale de la Martinique, informée de la faveur que
vous venez do faire à votre royaume, en lui accordant des Etats
généraux, supplie bien humblement votre Majesté de la faire parti-
ciper à ce bienfait.
Votre Colonie de la Martinique, Sire, se montre aux yeux de votre
Majesté sous des rapports bien intéressants. Elle tire de son sein, ces
productions qui alimentent le commerce du royaume et augmentent
la richesse nationale. Elle est devenue, par sa position, l'entrepôt
nécessaire des productions du royaume que l'étranger consomme.
Située au vent de nos autres possessions do l'Amérique, elle reçoit
dans ses ports ces escadres nombreuses qui les protègent, et tout
cet appareil de force que votre Majesté y envoie dans les temps de
guerre pour en imposer à ses ennemis.
C'est avec la plus entière confiance, Sire, que nous osons espérer
de votre bonté et de votre Justice, l'insigne faveur que nous solli-
citons de participer, avec le royaume assemblé, au spectacle imposant
et digne d'admiration que votre Majesté va donner a l'Empire de sa
sagesse et de sa puissance.
D I X - H U I T I È M E L E Ç O N
Antagonisme entre les planteurs et les négociants. Aggravation du
conflit. — Fêtes patriotiques à Saint-Pierre et à Fort Royal , le
drapeau tricolore. — Assemblée Générale Coloniale. — Troubles
à Saint-Pierre entre civils et militaires;—Intervention de Clugny
et Dugommier. — Reprise des hostilités.
Planteurs et négociants ; réclamations des affranchis
et des esclaves. — L ' A s s e m b l é e Coloniale, dans toutes
Ses r é u n i o n s , avait m o n t r é clairement son ressentiment
contre les villes qu'elle accusait de d é t e n i r le monopole
du commerce au p r é j u d i c e de l a campagne.
Les n é g o c i a n t s des villes, de leur côté, ne pensaient
q u ' à abaisser l'orgueil et l a v a n i t é des grands blancs
qu'ils traitaient d'aristocrates.
A cet antagonisme d ' i n t é r ê t s et de classes s'ajoutaient
les revendications des affranchis pour l'égalité politique;
et des esclaves pour la l i b e r t é .
Les r é c l a m a t i o n s des affranchis et. des esclaves é t a i e n t
soutenues en France par la Société des A m i s des Noirs
que p r é s i d a i t l ' A b b é Grégoire et combattues par le
Club de l ' H ô t e l de Massiac dont le P r é s i d e n t é t a i t
le Marquis de Gallifet.
Aggravation du conflit entre planteurs et négociants. —
Le conflit qui divisait les villes et la campagne
s'accentua quand on apprit, dans l a colonie, les prélimi-
80 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
naires de la R é v o l u t i o n et les p r e m i è r e s victoires du
Tiers E t a t .
Les habitants des villes prirent parti pour l a Révo-
L'Abbé G r é g o i r e .
Né à Vého (Meurthe-et-Moselle), le 4 décembre 1750, mort à Paris, le 28 mal
1831. D'abord curé d'Emberménil, puis évêque constitutionnel de Mois,
membre de la Convention, il contribua fortement à l'abolition de la royauté
et a la mise en jugement de Louis X V I . Apôtre de la liberté, de l'égalité et
• de la tolérance, il lutta passionnément pour l'abolition de la traite des
noirs et de l'esclavage, l'émancipation politique dos juifs et des hommes
de couleur, réclama l'égalité des droits pour les protestants et le libre exer-
cice des cultes. Le centenaire de la mort do l'Abbé Grégoire a é t é célébré
à Paris et à la Martinique, le 28 mai 1931.
l u t i o n et s ' i n t i t u l è r e n t Patriotes, contrairement aux
Planteurs q u i r e s t è r e n t fidèles à l a r o y a u t é . Les pre-
miers r e p r é s e n t a i e n t , à l a Martinique, l a bourgeoisie,
les seconds l a noblesse.
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 81
Fêtes patriotiques à Saint-Pierre et à Fort-Royal,
le drapeau tricolore. — L e 20 septembre 1789, les
Patriotes de Saint-Pierre o r g a n i s è r e n t des fêtes au
cours desquelles ils p o r t è r e n t la cocarde tricolore.
Le comte de Vioménil qui avait r e m p l a c é provisoire-
ment le vicomte de Damas, se rendit dans cette v i l l e ,
s'opposa d'abord à cette manifestation, puis s'associa
au mouvement en assistant à l'église du Mouillage,
à la b é n é d i c t i o n de plusieurs drapeaux tricolores
arborés par les Patriotes.
Le 29 septembre, le Gouverneur organisa, à son
tour, des fêtes à F o r t - R o y a l et fraternisa avec les
Planteurs et les hommes de couleur libres. Les Patriotes
s ' é m u r e n t ; la ville de Saint-Pierre nomma un C o m i t é
de 21 membres qui mit le Gouverneur en accusation
et demanda, par d é p ê c h e , son rappel au R o i .
Assemblée générale Coloniale. — Louis X V I avait
opposé un refus m o t i v é à la demande de l ' A s s e m b l é e
Coloniale pour la participation de la colonie aux Etats-
G é n é r a u x . Il basait son refus sur ce que les r e p r é s e n t a n t s
de la colonie n'auraient pas de pouvoirs suffisants
pour siéger aux E t a t s g é n é r a u x puisqu'ils seraient
n o m m é s par une Assemblée Coloniale dont beaucoup de
membres n ' é t a i e n t pas soumis à l'élection.
L ' A s s e m b l é e Coloniale résolue de résister aux v o l o n t é s
du R o i d é c i d a , dans sa séance du 17 octobre 1789, que
des d é p u t é s des paroisses élus en proportion des votants,
se r é u n i r a i e n t en Assemblée Générale Coloniale pour
nommer deux R e p r é s e n t a n t s à l ' A s s e m b l é e Nationale.
Cette décision favorisa Saint-Pierre et F o r t - R o y a l
dont le nombre de votants égalait celui des autres
paroisses de l'île.
G
82
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
Cependant les Planteurs qui r é s i d a i e n t à Paris s ' é t a i e n t
d é j à réunis et avaient fait admettre le 14 octobre
trois de leurs r e p r é s e n t a n t s à l'Assemblée Nationale :
Moreau de Saint-Merry, le comte de D i l l o n et le Cheva-
lier de Perpigna. Quand la nouvelle parvint à la M a r t i -
nique, l'Assemblée générale issue des élections et formée
en m a j o r i t é du parti des Villes vota une r é s o l u t i o n
par laquelle elle d é c l a r a i t ne pas vouloir de r e p r é s e n -
tants à l'Assemblée Nationale. Cette décision annulait
les pouvoirs des d é p u t é s élus par les Planteurs de
Paris et admis à l'Assemblée Nationale. Les d é p u t é s
des paroisses résolus de briser la m a j o r i t é des villes,
r é u s s i r e n t avec le concours du comte de Vioménil à
fixer pour l'élection d'une nouvelle assemblée générale,
des règles nouvelles qui r é d u i s a i e n t le nombre des
d é p u t é s de la campagne.
Troubles à Saint-Pierre, entre Patriotes et militaires ;
Intervention de de Clugny et de Dugommier. — Le
21 février 1790, au T h é â t r e de Saint-Pierre, deux offi-
ciers en garnison dans cette ville, accusés d'avoir foulé
au pieds la cocarde tricolore, furent m a l t r a i t é s par les
Patriotes, a r r ê t é s et. mis au cachot. Les troupes de la
garnison craignant d ' ê t r e a t t a q u é e s à l'improviste se
r e t i r è r e n t à F o r t - R o y a l par la route du Morne-Rouge
et e n g a g è r e n t les Planteurs à se joindre à elles pour
délivrer leurs officiers et c h â t i e r les coupables.
De leur côté, les habitants de Saint-Pierrre firent
appel à leurs partisans des paroisses de T r i n i t é , du
Macouba, du Robert et du L a m e n t i n et e x p é d i è r e n t
une d é l é g a t i o n à la Guadeloupe pour demander des
secours. Le Gouverneur de cette Colonie, de Clugny
et Caquille Dugommier qui commandait un d é t a c h e m e n t
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 83
de 100 volontaires g u a d e l o u p é e n s , d é b a r q u è r e n t à
Saint-Pierre où ils furent reçus solennellement par
les Patriotes. Ils se rendirent ensuite à F o r t - R o y a l
et r é u s s i r e n t , avec le concours du comte de Vioménil,
à é t a b l i r une t r ê v e entre les deux partis, puis se rem-
b a r q u è r e n t pour la Guadeloupe.
Reprise des hostilités. — Cette t r ê v e fut de courte
d u r é e . Des troubles ayant éclaté au L a m e n t i n et à
F o r t - R o y a l à l'occasion de la nomination des officiers
municipaux, les Planteurs des hauteurs du L a m e n t i n
m a r c h è r e n t sur ces deux villes et a i d è r e n t les troupes
à r é t a b l i r l'ordre. Les Patriotes de Saint-Pierre instruits
de ces incidents, s ' o r g a n i s è r e n t militairement et récla-
m è r e n t de nouveaux secours des paroisses et de la Gua-
deloupe.
Le baron de Clugny et Dugommier d é b a r q u è r e n t
à Saint-Pierre avec 300 volontaires, mais furent obligés
de regagner la Guadeloupe où venait d ' é c l a t e r une
insurrection des nègres qui voulaient c o n q u é r i r par
force leur l i b e r t é civile...
L E C T U R E
Extrait d'un discours de Mirabeau
à l'Assemblée Nationale
Les Planteurs de Saint-Domingue avaient chargé Sillery, député
à l'Assemblée Nationale, de demander l'admission de 20 de leurs re-
présentants à cette Assemblée et de combattre, en même temps, les
prétentions des Nègres et des Mulâtres qui demandaient également
à y être représentés. Mirabeau répondit à Sillery :
84
H I S T O I R E D E T.A M A R T I N I Q U E
« Ce n'est pas sans surprise que j'ai entendu dire pour faire valoir
la nombreuse députation, que les nègres qui n'ont pas le droit de
réclamer dans le sanctuaire de la justice, sont les agents des richesses
coloniales ; mais nos bœufs, nos chevaux sont également les agents
de nos richesses. Je demande de quel droit les vingt-trois mille blancs
qui existent dans nos colonies, ont exclu des Assemblées primaires,
à peu près un pareil nombre d'hommes de couleurs libres, proprié-
taires et contribuables comme eux. Je demande pourquoi surtout,
on veut que les vingt blancs qui sont ici, représentent les hommes de
couleur desquels ils n'ont reçu aucun mandat. Je demande de quel
droit les vingt-trois mille électeurs blancs ont défendu à leurs conci-
toyens de nommer des représentants et se sont arrogés ainsi d'en
nommer exclusivement et pour eux et pour ceux qu'ils ont exclus des
Assemblées électorales ? Croient-ils que ces hommes qu'ils ont exclus
nous ne les représenterons pas ? Croient-ils que nous ne défendrons
pas ici leur cause ? A h ! sans doute, si telle a été leur espérance, je
leur déclare qu'elle est outrageante pour nous et qu'elle sera déçue-
Discours aux Etats généraux.
D I X - N E U V I È M E L E Ç O N
Nouvelle assemblée générale. — Troubles à Saint-Pierre. Mutinerie
à Fort-Royal. -— Fuite du Gouverneur. — Les forces en présence.
— Tentatives de réconciliation. — Bataille de l'Acajou. — Inves-
tissement de Saint-Pierre et de Fort-Royal. — Escarmouche
autour de Fort-Royal.
Le vicomte de Damas reprit les rênes du Gouverne-
ment à la fin de février 1790. Les élections pour la
nouvelle assemblée générale avaient eu lieu et avaient
d o n n é une forte m a j o r i t é au parti de la campagne. Cette
a s s e m b l é e , dans sa séance du 1
e r
mars, s'empressa de
confirmer l'élection de Moreau de S a i n t - M e r r y et du
comte de Dillon comme d é p u t é s à l'Assemblée Natio-
nale, mais elle r e m p l a ç a le chevalier de Perpigna par
B e l l e v u e - B l a n c h e t i è r e dont elle connaissait particu-
l i è r e m e n t l'attachement au parti de la campagne.
Les d é p u t é s des villes et surtout ceux de Saint-
Pierre p r o t e s t è r e n t contre toutes les décisions de l ' A s -
semblée Coloniale qui, pour d é c e n t r a l i s e r le commerce
et ruiner le monopole dont jouissaient les n é g o c i a n t s
des villes, avait ouvert au commerce les ports de T r i -
nité, M a r i n et F r a n ç o i s . Ils a l e r t è r e n t , en m ê m e temps,
les chambres de commerce de la M é t r o p o l e dont les
d é p u t é s a d r e s s è r e n t de vives r é c l a m a t i o n s à l'Assem-
blée Nationale.
86
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Rixe à Saint-Pierre entre patriotes et hommes de
couleur ; intervention armée du vicomte de Damas. —
L e d é p a r t de Dugommier et du baron de Clugny avait
r e t a r d é la guerre civile, mais Patriotes et Planteurs,
se tenaient sur le pied de guerre. Une rixe survenue
à Saint-Pierre le 3 j u i n 1790, entre Patriotes et hommes
de couleur et au cours de laquelle quinze de ces derniers
furent pendus à la batterie d ' E s n o t z , p r é c i p i t a les
é v é n e m e n t s .
Le vicomte de Damas dut diriger une e x p é d i t i o n
contre Saint-Pierre afin d'y r é t a b l i r l'ordre et de c h â t i e r
les coupables ; une centaine de prisonniers furent
conduits à F o r t - R o y a l , enfermés au F o r t - B o u r b o n et
dans les prisons de la ville.
Mutinerie des soldats en garnison à Fort-Royal. —
Cependant les Patriotes avaient réussi à gagner à leur
cause les officiers et soldats en garnison à F o r t - R o y a l .
Ceux-ci, convaincus que les prisonniers d é t e n u s dans les
forts é t a i e n t poursuivis pour avoir e m b r a s s é la cause de la
R é v o l u t i o n , se m u t i n è r e n t dans la nuit du : 1
e r
sep-
tembre, l i b é r è r e n t les prisonniers dont ils avaient la
garde, d é l i v r è r e n t ceux qui é t a i e n t enfermés dans les
prisons, a r b o r è r e n t le drapeau tricolore et b o m b a r d è r e n t
l ' h ô t e l du Gouverneur et celui où l ' A s s e m b l é e Coloniale
tenait ses séances.
Fuite du Gouverneur. Le Gros-Morne, siège du Gouver-
nement de l'île. — E n présence de ces é v é n e m e n t s , le
vicomte de Damas, sur les conseils des Planteurs et de
l ' A s s e m b l é e Coloniale décida de quitter Fort-RoyaI ;
dans la nuit m ê m e du 1
e r
septembre, i l prit le chemin du
L a m e n t i n , escorté d'une compagnie de grenadiers qui
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 87
lui é t a i t r e s t é e fidèle et se dirigea au Gros-Morne o ù i l
é t a b l i t le siège de son gouvernement.
Les forces en présence.. — Les Patriotes r é s o l u r e n t
d'attaquer le camp d u Gros-Morne où les Planteurs, au
nombre de 1.500 environ, s ' é t a i e n t organisés militaire-
ment sous la conduite d u vicomte de Damas.
De nombreux volontaires des îles voisines se por-
t è r e n t au secours des Patriotes ; Dugommier d é b a r q u a à
Saint-Pierre à la t ê t e de 300 volontaires et de 250 m i l i -
taires auxquels s ' é t a i e n t r é u n i s 12 artilleurs, puis se
rendit à F o r t - R o y a l pour prendre le commande-
ment en chef de l ' a r m é e des Patriotes forte alors de
4.000 hommes.
Vaines tentatives de réconciliation. — Cependant le
vicomte de Damas avait essayé, pour a r r ê t e r la guerre
civile q u ' i l jugeait imminente de réconcilier les partis,
mais cette tentative é t a i t d e m e u r é e vaine. Trois d é p u t é s
e n v o y é s en ambassade par le Gouverneur avec des
propositions de paix, avaient é t é m a l t r a i t é s par les P a -
triotes qui les avaient obligés à fouiller sur la Savane l a
fosse des Planteurs qu'on appelait aussi les Aristocrates.
Dugommier, de son c ô t é , tenta, mais sans succès éga-
lement, de r é t a b l i r l'harmonie entre les b e l l i g é r a n t s .
Bataille de l'Acajou. — L e 24 septembre 1790 un d é t a -
chement de Patriotes e n v o y é en reconnaissance par
Dugommier fut surpris et dispersé sur l'habitation B a r -
t o u i l h par les habitants et les m u l â t r e s c o m m a n d é s par"
de Percin de Montgaillard. Cet insuccès e x a s p é r a les
Patriotes q u i d é c i d è r e n t de diriger une e x p é d i t i o n g é n é -
rale et i m m é d i a t e contre le camp d u Gros-Morne.
88
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Les Planteurs de leur côté, instruits du dessein de ces
derniers et de l a marche que devait suivre leur a r m é e se
fortifièrent sur l ' h a b i t a t i o n Acajou, située sur la route
du L a m e n t i n à 8 k i l o m è t r e s de F o r t - R o y a l . Quand l'ar-
m é e des Patriotes, c o m m a n d é e par Dugommier d é b o u -
De PERCIN.
Riche planteur qui prit une part active aux guerres intestines de la période
révolutionnaire ; battit Dugommier à « l'Acajou », le 25 septembre 1790.
cha, dans la m a t i n é e du 25 septembre, de la route semée
d'obstacles sur l ' h a b i t a t i o n , elle fut assaillie brusquement
<et en m ô m e temps sur trois points différents. Cette
attaque soudaine et i m p r é v u e jeta la confusion et la
panique dans les rangs des Patriotes qui furent
contraints de battre en retraite, a p r è s avoir a b a n d o n n é
sur le terrain plus de 400 t u é s et blessés.
E T A T P O L I T I Q U E . R E L I G I E U X E T S O C I A L 89
Parmi les habitants qui se d i s t i n g u è r e n t dans cette
m é m o r a b l e et néfaste j o u r n é e , i l convient de citer les
deux D u g u é , père et fils, Courville et surtout de Percin
qu'on a s u r n o m m é le vainqueur de l'Acajou.
Investissement de Fort-Royal et de Saint-Pierre. —
Après la victoire de l ' A c a j o u , le vicomte de Damas, aidé
des Planteurs v i n t assiéger F o r t - R o y a l et Saint-Pierre.
Afin d'amener rapidement ces deux villes à se rendre par
la famine i l défendit toute communication entre elles et
les différents quartiers de l'île et interdit aux capitaines
d'y d é b a r q u e r leurs cargaisons. P o u r rendre efficace le
blocus par mer, deux bateaux de guerre, la Ferme et
l'Embuscade, sous les ordres du Commandant R i v i è r e ,
exerçaient une é t r o i t e surveillance dans les rades de
Saint-Pierre et de F o r t - R o y a l .
Escarmouches autour de Fort-Royal. — Pendant toute
la d u r é e du siège, les Patriotes de F o r t - R o y a l firent plu-
sieurs sorties dont la plus importante fut celle de la Case-
Navire (26 d é c e m b r e 1790). Ils r é u s s i r e n t à s'emparer par
Surprise des forts q u i dominent ce bourg, mais furent
b i e n t ô t mis en d é r o u t e par les habitants q u i s ' é t a i e n t
ressaisis et ralliés sous la direction de D u g u é p è r e et du
Vainqueur de l'Acajou.
L E C T U R E
Antagonisme entre les patriotes et
les hommes de couleur
On ne doit guère s'étonner si les esclaves et les hommes de couleur
libres à la Martinique s'attachèrent indéfectiblement pendant les
90
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
premières années de la périodo révolutionnaire, au parti de la cam-
pagne. Les Patriotes, en dépit de l'enthousiasme qu'ils manifes-
taient pour les idées nouvelles étaient hostiles à l'émancipation des
esclaves et suspectaient les mulâtres dont les aspirations à l'égalité
civile et politique étaient jugées par eux inadmissibles et dange-
reuses.
Les volontaires de Dugommier avaient déclaré dans une procla-
mation restée célèbre, qu'ils étaient venus à la Martinique « avec la
ferme résolution de faire rentrer dans le respect et la soumission
qu'elle doit aux blancs une classe d'hommes dont les prétentions
absurdes et choquantes, malheureusement soutenues par l'erreur des
Planteurs, étaient la source la plus féconde des maux qui affligeaient
la colonie ». Ces dispositions agressives des Patriotes à l'égard des
hommes de couleur étaient confirmées, quelques jours plus tard, dans
une lettre adressée par Dugommier au vicomte de Damas. « Je dois
à ma conscience, mon Général, et à l'intérêt que je dois prendre aux
Planteurs de vous avertir que la plus grande effervescence règne dans
notre armée. Les militaires ne se possèdent plus ; ils montrent la
plus grande animosité contre les mulâtres et paraissent décidés à
venger les blancs qu'ils ont humiliés. »
Cette hostilité contre les tendances égalitaires des hommes de
couleur et ce ressentiment qui animaient l'ardeur des Patriotes,
devaient porter naturellement les mulâtres à embrasser la cause des
Planteurs dont ils furent les plus fidèles défenseurs pendant la pé-
riode de guerre civile qui désola la colonie.
J . L .
V I N G T I È M E L E Ç O N
Rappel du vicomte de Damas. — Arrivée du comte de Béhague. —
Reddition de Fort-Bourbon ; départ de Dugommier. — Le comte
de Béhague contre la Révolution ; Donatien Rochambeau. Départ
du comte de Béhague — Retour et administration de Rocham-
beau. — Soulèvement de la Case-Pilote. — Prise de l'ile par les
Anglais.
Les é v é n e m e n t s qui se d é r o u l a i e n t dans la colonie
avaient fortement é m u l'opinion publique dans la M é t r o -
pole. Les d é p u t é s des ports de commerce de France, les
capitaines de navires q u i r e l â c h a i e n t à Saint-Pierre, les
géreurs de cargaisons demandaient vivement à l'Assem-
blée Nationale le rappel du vicomte de Damas et l'arres-
tation des principaux Planteurs qu'ils accusaient d ' ê t r e
hostiles à la marche de la R é v o l u t i o n .
L ' A s s e m b l é e Nationale, sous la pression de ces récla-
mations, prit un d é c r e t le 29 novembre 1790 qui rem-
plaçait le vicomte de Damas par le comte de B é h a g u e et
nommait en m ê m e temps, quatre commissaires aux îles
du V e n t , avec des pouvoirs t r è s é t e n d u s .
Arrivée des Commissaires et du comte de Béhague
(12 mars 1791) Enthousiasme et déception des Patriotes.
L ' a r r i v é e des commissaires et du comte de B é h a g u e
Redoubla l'ardeur des Patriotes ; ceux-ci e s p é r a i e n t , en
effet, que les délégués de l'Assemblée Nationale avaient
92
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
é t é e n v o y é s à la Martinique pour y faire triompher leur
cause qu'ils identifiaient avec celle de la R é v o l u t i o n .
La proclamation du comte de B é h a g u e l a n c é e le len-
demain de son a r r i v é e dans la colonie leur causa une
profonde d é c e p t i o n . E l l e i n d i q u a i t nettement l'atta-
chement du nouveau Gouverneur à l'ancien r é g i m e et son
hostilité aux idées nouvelles.
De plus, B e l l e v u e - B l a n c h e t i è r e , qui avait pris passage
sur le m ê m e vaisseau qui portait à la M a r t i n i q u e les
commissaires, avait réussi à gagner ces derniers à la cause des Planteurs.
Reddition des Forts ; départ de Dugomtnier. — Le
comte de B é h a g u e qui disposait d'une forte escadre et de
six mille hommes de troupes obtint facilement la reddi-
tion des forts ainsi que la soumission de tous les officiers
et soldats qui s ' é t a i e n t m u t i n é s le 1
e r
septembre 1790 ;
a p r è s les avoir d é s a r m é s , il les embarqua pour la m é t r o -
pole.
Il i n t i m a é g a l e m e n t à Dugommier et à ses volontaires
l'ordre de laisser la colonie « sous peine d ' ê t r e r e g a r d é s
comme fauteurs et instigateurs de nouveaux troubles,
t r a î t r e s à la Patrie et réfractaires aux d é c r e t s de l'Assem-
blée Nationale ». Dugommier o b é i t , se rendit en France
où il se distingua au siège de T o u l o n et devint, plus
tard, un des plus grands g é n é r a u x de la R é v o l u t i o n .
Le comte de Béhague contre la Révolution. — Donatien
Rochambeau. — Le comte de B é h a g u e avait fait triom-
pher les Aristocrates en d é s a r m a n t les Patriotes ; ceux-ci
a n i m é s d'un profond ressentiment surveillaient une occa-
sion pour prendre leur revanche. E l l e fut offerte par le
comte de B é h a g u e l u i - m ê m e . Une fausse nouvelle partie
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 93
des colonies anglaises et colportée à la M a r t i n i q u e par un
commandant de frégate du nom de de Mallevaut annon-
çait que les Prussiens et les Autrichiens avaient fait
leur e n t r é e à Paris, avaient étouffé la R é v o l u t i o n et
rétabli Louis X V I dans tous ses pouvoirs. E l l e fut
accueillie sans Contrôle par le comte de B é h a g u e qui or-
donna sur-le-champ d'amener le drapeau tricolore et
d'arborer le drapeau blanc sur les forts, les édifices pu-
blics et les vaisseaux en station à la M a r t i n i q u e .
Les Patriotes s ' e m p r e s s è r e n t d'en informer l'Assem-
blée législative qui rappela le comte de B é h a g u e et le
remplaça par Donatien Rochambeau. Celui-ci a r r i v a
a la Martinique le 16 septembre 1792 ; mais le comte de
b é h a g u e soutenu par les Aristocrates s'opposa à son dé-
barquement. Rochambeau se rendit à Saint-Domingue
où i l fut p r o c l a m é Gouverneur par les Commissaires
civils de l'île.
Départ du comte de Béhague et retour de Rocham-
beau. — Les Patriotes de Saint-Pierre sous l'influence de
l'active propagande du capitaine Lacrosse, délégué par
la Convention pour faire c o n n a î t r e et aimer la R é p u b l i q u e
aux Antilles avaient repris confiance et opposaient de l a
résistance au Gouvernement du comte de B é h a g u e . Celui-
ci a b a n d o n n é des principaux Planteurs, s'embarqua le
12 janvier 1793 sur le vaisseau de guerre « L a Ferme » et
se réfugia dans l'île anglaise de la T r i n i d a d .
Après le d é p a r t du comte de B é h a g u e , Rochambeau
rappelé par les Patriotes, d é b a r q u a à Saint-Pierre le
3 février 1793, se rendit le lendemain à F o r t - R o y a l q u i
Prit le nom de F o r t - d e - l a - R é p u b l i q u e .
Administration de Rochambeau. — P o u r consolider
94
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
le parti r é p u b l i c a i n dans la colonie et ruiner, en même
temps, l ' a u t o r i t é des Aristocrates, Rochambeau pro-
n o n ç a la dissolution de l'Assemblée Coloniale, créa dans
les villes et bourgs des comités de surveillance destinés à
remplacer les anciennes m u n i c i p a l i t é s , annula les déci-
sions de l'Assemblée coloniale qui avait ouvert les ports
de la colonie au commerce, favorisa le d é v e l o p p e m e n t des
clubs patriotiques pour la propagande r é v o l u t i o n n a i r e .
Soulèvement de la Case-Pilote ; défaite des Royalistes
au Vert-Pré. — Ces mesures i n q u i é t è r e n t les Aristo-
crates qu'on désignait, depuis la rébellion du comte de
B é h a g u e , sous le nom de royalistes. Ceux-ci prirent les
armes à la Case-Pilote, s ' e m p a r è r e n t de la batterie
Sainte-Catherine et se fortifièrent au camp Décidé.
Le 15 a v r i l 1793, les R é p u b l i c a i n s , sous les ordres de
Rochambeau, d i r i g è r e n t une attaque contre le camp
Décidé mais furent repoussés patries royalistes que com-
mandait le vainqueur de l'Acajou.
Rochambeau fut plus heureux au V e r t - P r é où i l dis-
persa c o m p l è t e m e n t l ' a r m é e des royalistes c o m m a n d é e
par Godin de Soter. Ceux-ci vaincus a p p e l è r e n t à leur
secours les Anglais qui d é b a r q u è r e n t à la Case-Navire le
16 j u i n 1793. Rochambeau se porta à leur rencontre et
leur infligea une sanglante défaite.
Assemblée représentative. — Les comités de surveillance
i n s t i t u é s par Rochambeau à son a r r i v é e dans la colonie
ne constituaient qu'une administration provisoire. Le
17 septembre 1793, Rochambeau convoqua les assem-
blées primaires, à l'effet d'élire leurs d é p u t é s pour la for-
mation de l'Assemblée Coloniale. Les élections d o n n è r e n t
au P a r t i r é p u b l i c a i n une forte m a j o r i t é au sein de l ' A s -
E T A T P O L I T I Q U E , R E L I G I E U X E T S O C I A L 95
semblée qui prit le nom d'Assemblée représentative de la
Martinique.
Prise de l'Ile par les Anglais. — Après leur défaite de
la Case-Navire, les Anglais avaient décidé de diriger une
importante e x p é d i t i o n contre la Martinique et de s'em-
parer c o û t e que c o û t e de cette colonie. Cette e x p é d i t i o n
fut en vue de la Martinique le 5 février 1794 ; elle se com-
posait de neuf vaisseaux de guerre sous les ordres de
1 A m i r a l J o h n Jervis, portant onze mille hommes de
troupe c o m m a n d é s par le g é n é r a l sir Charles Grey. Les
Anglais, aidés des royalistes, a t t a q u è r e n t la Martinique
sur trois points à la fois, à la Case-Pilote, au Galion et
aux T r o i s - R i v i è r e s .
Rochambeau leur opposa ses trois compagnies
d'hommes de couleur et une centaine de miliciens recru-
tés dans les différents quartiers de l'île et formant un
effectif total de 900 hommes.
L a s u p é r i o r i t é n u m é r i q u e des a r m é e s anglaises obli-
gea Rochambeau et sa petite troupe à se replier et à s'en-
fermer dans le F o r t de la Convention (Fort Desaix) qui
Subit ainsi que F o r t - d e - l a - R é p u b l i q u e , un siège rigou-
reux de 30 jours.
L a trahison du m u l â t r e Bellegrade paralysa la résis-
tance de Rochambeau qui dut capituler le 22 mars 1794 ;
les Anglais l u i a c c o r d è r e n t ainsi q u ' à sa petite garnison
les honneurs de la guerre.
La Martinique sous la domination anglaise. — L a Mar-
tinique resta sous la domination é t r a n g è r e pendant sept
ans (1794-1801). L'occupation anglaise e m p ê c h a l ' a p p l i -
cation dans la colonie du d é c r e t du 4 février 1794 par
lequel la Convention Nationale, sur la proposition de
96 H I S T O I R E D E LA. M A R T I N I Q U E
Levasseur (de la Sarthe), avait aboli l'esclavage dans
toutes les colonies françaises.
L E C T U R E
Discours prononcé par Rochambeau à la séance
d'ouverture de l'Assemblée représentative le
22 septembre 1793
Citoyens,
La réunion des Patriotes sera une époque mémorable dans l'his-
toire de la Martinique. Après de nombreux travaux, de fréquents
combats, de longues souffrances vous avez su conserver à la France
une colonie importante par ses richesses, célèbre par les services mul-
tipliés qu'elle a rendus dans tous les temps à la mère-Patrie, remar-
quable par son attachement et sa fidélité aux lois de la République.
Mais après avoir été le compagnon d'armes de vos victoires, Ie
délégué de la République vous rappelle à des fonctions paisibles pour
fixer irrévocablement le bonheur de vos compatriotes...
Un champ vaste est offert à vos méditations et vous y moisson-
nerez avec profusion, surtout si vous préparez de bonne heure la
génération future à recueillir les fruits de la liberté. L'éducation na-
tionale doit s'emparer des enfants à l'instant où ils ont des idées
nettes et ne les plus quitter qu'après les avoir faits citoyens.
Pour être bonne, il faut qu'elle leur imprime un caractère na-
tional, qu'elle leur inspire l'amour sacré de la Patrie. Elle atteindra
ce but facilement, si leurs oreilles sont sans cesse frappées du nom des
grands hommes, si les fêtes publiques leur retracent ces immortelles
imagos, s'ils reçoivent enfin ce sentiment par tous les sens.
L'éducation, au lieu de se borner à de simples préceptes, sera donc
mise en exemples et en actions. Donnez aux hommes de grandes sen-
sations, ils auront des pensées élevées ; leurs premières idées seront
de glorieux souvenirs, leurs dernières paroles un serment à la li-
berté.
V I N G T ET UNIEME
L E Ç O N
La Martinique
sous le Consulat et l'Empire
Restitution de l'île à la France. — Organisation administrative, mili-
taire et sociale. — Reprise des hostilités. — Expédition du Dia-
mant. — Défaite des Anglais au Marin.
Restitution de l'île à la France. — Quand la Martinique
fut rendue à la France par la paix d'Amiens le 25 mars
1802, le Consulat avait déjà r e m p l a c é le Directoire. L e
gouvernement du consulat s'occupa de la r é o r g a n i s a t i o n
administrative, militaire et sociale de l'île.
Organisation administrative. — L a Martinique fut le
siège d'un gouvernement général qui eut sous sa d é p e n -
dance Sainte-Lucie. L ' a d m i n i s t r a t i o n de chacune de ces
colonies fut confiée par un a r r ê t consulaire du 28 mai
1802 à trois chefs : un Capitaine général, un P r é f e t colo-
nial et un grand Juge.
Le Capitaine général é t a i t le chef h i é r a r c h i q u e de tous
les fonctionnaires de la colonie. Il ne prenait aucune part
directe à l'administration de l'île, mais é t a i t n é a n m o i n s
7
98
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
responsable des actes accomplis par les a u t o r i t é s placées
sous ses ordres. 11 n ' e x e r ç a i t sur ces a u t o r i t é s qu'un droit
de surveillance et de c o n t r ô l e , mais avec la faculté, sauf
à en rendre compte au Ministre de la Marine, de r é v o q u e r
les a r r ê t é s pris par le P r é f e t colonial et m ê m e dans les
circonstances graves, de suspendre l'effet des lois et de
mettre la colonie en é t a t de siège.
L e P r é f e t colonial q u i avait r e m p l a c é l'intendant
v o t a i t l'assiette et l a r é p a r t i t i o n des i m p ô t s . I l é t a i t
assisté à cet effet de trois principaux habitants et de trois
principaux n é g o c i a n t s de l'île, mais les uns et les autres
n'avaient que voix consultative.
L ' a r r ê t é consulaire du 28 mai nomma à la t ê t e du ser-
vice de l a justice u n grand Juge et r e m p l a ç a le Conseil
souverain par une Cour d ' A p p e l n'ayant que des attri-
butions judiciaires.
Organisation militaire. L ' A m i r a l Villaret-Joyeuse,
Capitaine général de l'île, partagea la colonie en six arron-
dissements militaires p o s s é d a n t chacun un bataillon,
formé de 4 compagnies : une de grenadiers, une de chas-
seurs, une de fusiliers et une de dragons. Les deux villes
principales de l'île avaient chacune deux bataillons.
Chaque bataillon é t a i t placé sous les ordres d'un Com-
mandant choisi parmi les Commandants de paroisses.
Les Commandants de bataillon é t a i e n t chargés égale-
ment de l a surveillance et du bon entretien des batte-
ries dans l ' é t e n d u e de leur arrondissement respectif.
U n corps de r é s e r v e formé par d'anciens Officiers fut
c o n s t i t u é ; un corps de gendarmerie à pied et à cheval fut
créé ainsi qu'une compagnie de chasseurs volontaires
tant pour l a police des villes et bourgs que pour l a cap-
ture des nègres marrons.
S O U S L E C O N S U L A T D E L E M P I R E
99
L e service militaire fut rendu obligatoire pour tous les
hommes valides âgés de 16 à 45 ans, sauf pour les noirs,
esclaves ou libres, et les hommes de couleur non pourvus
de titres de l i b e r t é s a n c t i o n n é s par le Capitaine g é n é r a l .
Amiral VILLARET JOYEUSE.
Né à Auch et mort à Venise (1750-1812). S'illustra dans la Manche en livrant
à l'amiral anglais, Howe, la célèbre bataille où périt le vaisseau « Le Ven-
geur », dont l'équipage, c o m m a n d é par le capitaine Rcnaudin,s'abima
dans les flots au cri de « Vive la République ». N o m m é , en 1802, capitaine
général de la Martinique, il l'ut assiégé par le général anglais Beckwich
au fort Dosaix où il capitula le 24 février 1908.
Organisation sociale ; rétablissement de l'esclavage. —
Le d é c r e t d'abolition de l'esclavage v o t é par la conven-
tion nationale le 4 février 1794, n'avait pas r e ç u son
application dans la colonie par suite de l'occupation
anglaise, mais restait n é a n m o i n s en vigueur.
Sur les instances du premier consul i l fut a b r o g é par l e
\
100 H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
corps législatif qui prit un nouveau décret le 1
e r
j u i n 1802,
r é t a b l i s s a n t aux colonies l'esclavage et la traite.
L a m ê m e a n n é e Bonaparte fit promulguer à la M a r t i -
nique un a r r ê t é consulaire qui interdisait aux hommes
de couleur de se rendre en France « sous peine de d é t e n -
t i o n j u s q u ' à leur d é p o r t a t i o n ».
Organisation du clergé. — Les dispositions du Con-
cordat conclu le 15 juillet 1801 entre le Premier Consul
et le Pape Pie V I I furent a p p l i q u é e s la m ê m e a n n é e à la
Martinique. L a colonie fut p a r t a g é e en deux Arrondis-
sements ecclésiastiques confiés chacun à un préfet apos-
tolique placé sous l ' a u t o r i t é du Capitaine Général.
Celui-ci nommait les curés sur la proposition du préfet
apostolique. Tous les membres du clergé, avant leur
e n t r é e en fonctions, devaient p r ê t e r solennellement
serment de fidélité au Premier Consul.
Fêtes en l'honneur de l'Impératrice Joséphine. — E n
1804. les créoles de la Martinique s a l u è r e n t avec enthou-
siasme l ' a v è n e m e n t de l'empire. Fiers de voir J o s é p h i n e
partager avec N a p o l é o n la d i g n i t é i m p é r i a l e , ils organi-
s è r e n t dans toutes les communes de l'île des fêtes ma-
gnifiques en l'honneur de l ' I m p é r a t r i c e
Reprise des hostilités. — L a P a i x d'Amiens n'avait
é t é qu'une t r è v e de courte d u r é e entre la France et l ' A n -
gleterre. Celle-ci i n q u i è t e des annexions du Premier Con-
sul sur le continent avait refusé d ' e x é c u t e r les clauses du
t r a i t é d'Amiens et r e c o m m e n c é la guerre contre la France.
Cette guerre qui ne devait prendre fin q u ' à la chute de
l'empire eut sa r é p e r c u s s i o n dans la colonie. E l l e fut si-
gnalée par de f r é q u e n t s combats navals sur les côtes de la
S O U S L E C O N S U L A T E T L'EMPIRE
Martinique entre français et anglais une tentative de
d é b a r q u e m e n t des Anglais au M a r i n en 1808, la prise de
l'Ile en 1809 et sa restitution définitive à la France
en 1814.
Expédition du Diamant. — Les Anglais pendant la
d e u x i è m e occupation de l'île avaient d é p e n s é des sommes
considérables pour fortifier le rocher du Diamant. Ils
avaient é t a b l i plusieurs batteries sur les parties orien-
tale et occidentale du rocher et commandaient ainsi le
canal de Sainte-Lucie, le passage des Fours. A la paix
d'Amiens ils n'avaient pas a b a n d o n n é le rocher et entre-
tenaient des relations f r é q u e n t e s avec les navires de leur
n a t i o n a l i t é q u i visitaient ces parages et pourvoyaient à
leur ravitaillement.
A la reprise des hostilités a p r è s la paix d'Amiens une
e x p é d i t i o n sous les ordres de B o y e r - P e y v l a u fut dirigée
contre eux par l ' a m i r a l Villaret-Joyeuse ; a p r è s deux jours
de combat les F r a n ç a i s r é u s s i r e n t à escalader le rocher et
à s'emparer des positions anglaises (27 mai .1805).
Débarquement des Anglais au Marin. — Le 27 mars
1808, une division anglaise a p r è s avoir poursuivi et
e n d o m m a g é le corsaire français « le Griffon », r é d u i t au
silence les batteries de la Pointe Borgnesse et de la pointe
Dunkerque, d é b a r q u a 800 hommes au M a r i n . L e Com-
mandant de Sainte-Anne, G i r a r d i n de M o n t g é r a l d et
celui du M a r i n , Mondésir Gonnier, accoururent à leur
rencontre et les mirent en d é r o u t e ; mais le premier fut
tué au cours de l'action où i l eut la t ê t e e m p o r t é e par
un boulet. Son fils fut admis, l ' a n n é e suivante par ordre,
de l'Empereur, au P r y t a n é e militaire de la F l è c h e .
1 0 2 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
P R E M I È R E L E C T U R E
La légende de Joséphine
Cette jeune créole, pétulante et enjouée avait, dans une de ses
promenades et de ses courses avec ses compagnes, été consulter,
suivant une tradition populaire, une vieille femme de couleur appelée
Euphémie, qui passait pour dire la bonne aventure au moyen
L'Impératrice JOSÉPHINE.
de cartes ; suivant une autre tradition elle avait été trouver
M
me
David, espèce de bohémienne qui jouissait alors d'une réputa-
tion extraordinaire dans l'art de prédire l'avenir et do deviner les
choses secrètes. — La Sibyle, comme cela arrive toujours, avait
prédit à Joséphine une destinée brillante. La jeune créole était
donc partie pour la France, l'âme vaguement pénétrée de l'avenir
qui lui avait été prophétisé. Comme il n'est pas rare qu'on attache
à l'enfance des grandes deslinées, des manifestations qui paraissent
S O U S L E C O N S U L A T E T L E M P I R E
103
miraculeuses, on dit qu'au moment du départ de M
l l e
de la Pa-
gerie, on aperçut un feu qui couronnait le navire qui la portait,
feu qui d'ailleurs pourrait bien n'être que celui que les navigateurs
appellent Saint-Elme.
D'après
S I D N E Y - D A N E Y .
D E U X I È M E L E C T U R E
Bonaparte et le rétablissement de l'esclavage
aux colonies
On reproche communément à Joséphine de s'être servie de son
influence sur le premier consul pour lui suggérer l'idée de rétablir
l'esclavage aux colonies et de l'avoir poussé à prendre l'arrêté con-
sulaire de 1802 qui interdisait aux hommes de couleur libres de
fouler le sol continental de la République.
II est certain, en effet, que les colons qui s'étaient toujours montrés
hostiles à l'émancipation totale des esclaves et à la liberté absolue
des hommes de couleur, intriguèrent auprès de Joséphine pour récla-
mer par son intermédiaire l'abrogation du décret du 4 février 1794 et
obtenir des mesures restrictives à la liberté des hommes de couleur ;
mais l'impartialité de l'histoire doit reconnaître que le caractère des-
potique et antilibéral de Bonaparte le portait naturellement à com-
mettre tous les attentats contre la justice et la liberté. Au citoyen
Treguet qui lui reprochait le rétablissement de l'esclavage, il avait
répondu : « Je suis pour les blancs, parce que je suis blanc ; je n'ai
que cette seule raison à donner et c'est la bonne... Si vous étiez venu
en Egypte, nous prêcher la liberté des noirs et des Arabes, nous vous
eussions pendu au haut d'un minaret. »
Celui qui tenait un langage aussi monstrueux, n'avait besoin des
conseils d'aucune Egérie pour détruire l'acte libéral voté le 4 février
par la Convention ; il doit porter seul devant l'histoire, la responsa-
bilité du crime odieux qu'il à commis contre l'humanité.
J . L .
V I N G T - D E U X I È M E L E Ç O N
La Martinique
sous le premier Empire
La politique impériale et la politique anglaise. — Les préparatifs
de l'amiral Cokrane. — Débarquement des Anglais au Robert et
à Sainte-Luce. — Marche des armées anglaises sur Fort-de-France
— Occupation du Fort Saint-Louis par les Anglais et capitu-
lation de l'amiral Villaret-Joyeuse. — Restitution de l'Ile à la
France.
N a p o l é o n , pour ruiner l'Angleterre q u ' i l qualifiait « U n
bloc de houille et de fer », avait d é c r é t é en 1806, le blocus
continental qui fermait tous les ports de l ' E u r o p e à
l'Industrie et au Commerce anglais.
L'Angleterre de son côté, m a î t r e s s e des mers a p r è s
notre défaite de Trafalgar (1805) avait décidé de c o n q u é -
rir toutes les colonies françaises de l'Inde et de l'Amé-
rique. L a c o n q u ê t e de la Martinique et de la Guade-
loupe fut le principal objectif des Anglais dans le nouveau
continent.
Leur tentative de d é b a r q u e m e n t au M a r i n en 1808, les
reconnaisances effectuées par leurs vaisseaux, la m ê m e
S O U S L E P R E M I E R E M P I R E
105
année sur nos côtes, n ' é t a i e n t que les p r é l i m i n a i r e s d'une
Vaste e x p é d i t i o n p r é p a r é e contre la M a r t i n i q u e .
Les préparatifs de l'amiral Cockrane. — D è s le mois de
novembre 1808, le Capitaine général avait é t é mis au
courant du dessein de l'ennemi. Il avait appris en effet
que l ' a m i r a l Cockrane, commandant une forte escadre,
avait r é u n i toutes ses forces à la Barbade et se disposait
à attaquer la Martinique. L ' e x p é d i t i o n fut en vue de l'île
le 30 janvier 1809.
Débarquement des Anglais au Robert et à Sainte-
Luce. — L ' A m i r a l Villaret-Joyeuse avait c o n c e n t r é
toutes ses forces à la Case-Navire, croyant à un d é b a r q u e -
ment des Anglais à cet endroit ; mais l ' a m i r a l Cockrane
partagea son escadre en deux divisions ; l'une d é b a r q u a
sans r é s i s t a n c e 12.000 hommes au Robert, l'autre
3.000 hommes à Sainte-Luce (31 janvier 1809).
Marche des armées anglaises sur Fort-de-France. —
L ' a r m é e anglaise du Robert se partagea en deux : la
p r e m i è r e forte de 8.000 hommes sous les ordres du général
B e c k w i t h , secondé par le général P r é v o s t , marcha sur
Fort-de-France ( F o r t - R o y a l ) par la route du Gros-
Morne, l'autre comprenant 4.OOO hommes de troupe, prit
le chemin du L a m e n t i n , où elle devait opérer sa jonction
avec les troupes de d é b a r q u e m e n t de Sainte-Luce.
E n d é p i t des efforts déployés par le colonel M i a m y et
le lieutenant Tascher de la Pagerie, pour a r r ê t e r la
marche de l ' a r m é e anglaise du Gros-Morne, celle-ci se
trouvait le 31 janvier à 1 k i l o m è t r e du F o r t - D e s a i x . L e
Général B e c k w i t h , tenta à plusieurs reprises, mais sans
succès, d'enlever à la b a ï o n n e t t e les redoutes a v a n c é e s
q u i d é f e n d a i e n t le fort du côté de Saint-Joseph.
106
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
L ' a r m é e anglaise de Sainte-Luce, sous les ordres du
G é n é r a l M a i t l a n d avait é t é a r r ê t é e dans sa marche par
D u g u é , commandant de la paroisse de Trou-au-Chat
(Ducos). Celui-ci à la t ê t e de sa milice forte de 800 hommes
se disposait à l u i barrer la route quand i l r e ç u t du Capi-
taine Général, l'ordre de se replier sur Fort-de-Franee.
Ne trouvant dès lors aucune r é s i s t a n c e devant elles, les
forces anglaises de Sainte-Luce poursuivirent leur mar-
che, o p é r è r e n t leur jonction le 3 février au Lamentin
avec celles venues du Robert et m a r c h è r e n t sur Fort-de
France.
Occupation du Fort-Saint-Louis par les Anglais. —
L'escadre anglaise, a p r è s avoir d é t r u i t la batterie de
l'Ilet à Ramiers le 3 février avait p é n é t r é dans la baie
de Fort-de-France et avait opéré un d é b a r q u e m e n t au
C a r é n a g e . Le F o r t Saint-Louis qui aurait pu i n q u i é t e r la
descente des Anglais avait é t é a b a n d o n n é le 3 février par
ordre du capitaine général ; les Anglais l ' o c c u p è r e n t et
se servirent de nos propres canons, pour bombarder le
Fort-Desaix où l ' a m i r a l Villaret-Joyeuse s ' é t a i t enfermé
avec toutes ses forces. L e 24 février 1809, ce dernier
signait un t r a i t é de capitulation qui remettait le Gou-
vernement de l'île au Général Beckwith ; pour la troi-
sième fois la Martinique tombait sous la domination
anglaise.
La Martinique sous la domination anglaise. — E n
1811, une insurrection des noirs et des hommes de cou-
leur dirigée par le m û l a t r e Molière, é c l a t a à Saint-
Pierre. E l l e fut s é v è r e m e n t r é p r i m é e , une commission
extraordinaire n o m m é e par le Gouverneur anglais
Charles Wale pour juger les insurgés, condamna à la
S O U S L E P R E M I E R E M P I R E
107
Peine de mort sept hommes de couleur libres et neuf
esclaves.
Une conspiration f o m e n t é e en 1812 par u n créole
nommé F a u v e l Gouraud, dans le but d'enlever le Gou-
F A U V E L - G O U R A U D .
Créole de la Martinique qui essaya, en 1811, do chasser les Anglais de la co-
lonie. Arrêté la mémo année il fut condamné au bannissement et embarqué
pour les Etats-Unis d'Amérique.
verneur, de soulever les noirs et les hommes de cou-
eur libres et d'attaquer ensuite les officiers anglais,
fut d é c o u v e r t e ; Gouraud-Fauvel et quatre de ses com-
plices furent c o n d a m n é s au bannissement et e m b a r q u é s
Pour les Etats-Unis.
108 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Restitution de l'île à la France. — L a Martinique fut
rendue à la France par le t r a i t é de Paris (30 mai 1814).
TOUSSAINT-LOUVERTURE.
Le héros de l'indépendance haïtienne, il s'attribuait le titre de « premier
noirs ». Il dirigea, à Saint-Domingue, l'insurrection do 1802. Fait prison
nier par le général Brunet, il fut e n v o y é en France et enfermé au fort de
Joux, où il mourut en 1803.
qui consacrait la chute de l ' E m p i r e , mais elle fut occupée
de nouveau par les Anglais sous le Gouvernement
Cent-Jours. Le d e u x i è m e T r a i t é de Paris (novembre
1815) la restitua d é f i n i t i v e m e n t à la France.
S O U S L E P R E M I E R E M P I R E
109
L E C T U R E
Napoléon jugé par un Américain
« Lorsque nous voudrions diriger nos sympathies vers cette île
solitaire (Sainte-Hélène) et les fixer sur l'illustre victime... elles n'y
Consentent pas. Elles prennent leur vol à travers la Méditerranée
Jusqu'à Jaffa et à travers l'Océan jusqu'à la place où fut tué le duc
d'Enghien, jusqu'à la prison do Toussaint-Louverture, et vers ces
champs de bataille où des milliers d'hommes furent noyés dans leur
sang. Quand nous nous efforçons d'exciter notre pensée par les souf-
frances du héros outragé, d'autres et de plus terribles souffrances
dont il fut la cause s'emparent de nous, et ses plaintes, quelque
bruyantes et douloureuses qu'elles soient, sont étouffées par les
gémissements et les exécrations qui, de tous les pays qu'il traversa,
viennent frapper nos oreilles. Nous n'avons pas de pleurs à verser sur
Une grandeur déchue quand elle était fondée sur le crime et cimentée
Par la violence et la perfidie. Nous les réservons pour ceux sur la
ruine desquels elle s'est élevée. Nous accordons nos sympathies à
notre nature humaine dans ses plus humbles formes, au paysan
appauvri, à la mère en deuil, à la vierge violée. L'histoire de Bona-
parte est trop solennelle pour nous, ses crimes envers la liberté et
l'humanité sont trop flagrants, pour nous permettre de faire du
sentimentalisme autour de sa tombe à Sainte-Hélène.
C H A N N I N G ,
Napoléon I
er
, Sa vie et ses mœurs.
(Perrin, éditeur).
V I N G T - T R O I S I È M E L E Ç O N
La Martinique sous la Restauration
et le
Gouvernement des Cent Jours
Etat des esprits. — L e retour des Bourbons fut accueilli
avec enthousiasme par tous les membres du clergé et
les aristocrates de l'île q u i m a n i f e s t è r e n t publiquement
leur joie en chantant des Te Deum et en parcourant les
rues de Saint-Pierre et de F o r t - R o y a l , p r é c é d é s du dra-
peau fleurdelisé, la cocarde blanche à la b o u t o n n i è r e .
Les moyens et les petits blancs ainsi que les officiers
et soldats de la garnison restés fidèles à l'Empereur
é t a i e n t humiliés par l'attitude provocante des royalistes,
ils se r é s i g n a i e n t difficilement à accepter le retour à
l'ancien r é g i m e . Les esclaves qui avaient r e s p i r é l'air de
la l i b e r t é sous le gouvernement de Rochambeau récla-
maient leur affranchissement ; les hommes de couleur
libres n'avaient rien a b d i q u é de leurs revendications à
l'égalité civile et politique ; les uns et les autres pen-
saient que la R é p u b l i q u e seule pouvait réaliser leurs
aspirations.
R E S T A U R A T I O N E T G O U V E R N E M E N T D E S C E N T J O U R S 111
Gouvernement du comte de Vaugiraud. — A la chute de
l'Empire, le comte de V a u g i r a u d , émigré v e n d é e n , fut
chargé du gouvernement de la Martinique. I l d é b a r q u a
le 10 d é c e m b r e 1814 à Saint-Pierre où i l fut accueilli
Par les aristocrates aux cris de : Vivent les Bourbons. Le
lendemain, i l se rendit à F o r t - R o y a l où le Gouverneur
anglais Lindsay l u i fit la remise de l'île.
Crise économique et financière ; l'intendant Dubuc. —
Pendant la d u r é e de l'occupation anglaise tous les ser-
vices avaient é t é laissés en souffrance, les établisse-
ments publics a b a n d o n n é s , le fort Bourbon d é m a n t e l é ,
l'agriculture négligée, les i m p ô t s i r r é g u l i è r e m e n t p e r ç u s .
Aussi à la remise de l'île la situation é c o n o m i q u e et finan-
cière de la colonie était-elle d é p l o r a b l e ; les vivres man-
quaient et le T r é s o r é t a i t vide.
L ' I n t e n d a n t Dubuc s'efforça de mettre de l'ordre dans
les affaires du pays ; i l r é t a b l i t les anciens i m p ô t s : la
capitation des esclaves a t t a c h é s aux cultures, des esclaves
des villes et bourgs, des nègres et gens de couleur libres,
des blancs E u r o p é e n s , la taxe sur l'industrie, les droits
de sortie sur les d e n r é e s livrées à l'exportation, les droits
d'entrée sur les marchandises é t r a n g è r e s i m p o r t é e s dans
la colonie.
Les Cent Jours. — L a Martinique se relevait déjà de ses
malheurs quand des é v é n e m e n t s i m p r é v u s vinrent de
nouveau jeter le trouble dans la colonie. Vers la fin
d'avril, le comte de V a u g i r a u d fut informé d u retour
de Napoléon en France et de la fuite de Louis X V I I I en
Belgique. Cette nouvelle inattendue fut accueillie avec
joie par les jacobins (c'est ainsi que les royalistes dési-
gnaient les Bonapartistes) tandis qu'elle jetait la cons-
ternation dans le parti royaliste.
112
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Remise de l'île aux autorités britanniques. — Une
grande effervescence r é g n a i t p a r m i les officiers et soldats
en garnison à F o r t - R o y a l q u i manifestaient publique-
ment leur joie du retour de l ' E m p e r e u r . L e comte de
Vaugiraud craignant une mutinerie négocia avec le
Gouverneur de la Barbade et remit la garde de l'île aux
a u t o r i t é s britanniques (23 mai 1815).
Le 5 j u i n des troupes anglaises sous les ordres de
James L e i t h d é b a r q u è r e n t à Saint-Pierre et à Fort-
R o y a l ; les officiers et soldats français furent désarmés,
e m b a r q u é s sur un navire anglais comme prisonniers de
guerre et conduits à P l y m o u t h en Angleterre.
La deuxième Restauration. — Le comte de Vaugiraud
venait d ' ê t r e n o m m é Gouverneur général des Antilles
quand la nouvelle de la défaite de Waterloo parvint à la
Martinique ; i l dirigea a u s s i t ô t avec le concours de la
flotte anglaise une e x p é d i t i o n contre la Guadeloupe dont
le Gouverneur, les troupes et les habitants é t a i e n t restés
fidèles à N a p o l é o n . Il é c h o u a dans son entrprise, mais
le Gouverneur de la Guadeloupe, le comte de Linois et le
commandant en second de cette colonie, le baron Boyer
de Peyrelan, accusés d'insubordination envers leur chef
s u p é r i e u r le comte de Vaugiraud, furent traduits devant
le conseil permanent de la p r e m i è r e division militaire
qui acquitta le comte de Linois et condamna à la peine de
mort, le baron de Peyrelau (11 mars 1816). Ce dernier ne
fut pas e x é c u t é ; le 23 mars la Cour Royale de Paris
e n t é r i n a les lettres royales qui avaient c o m m u é à vingt
ans de d é t e n t i o n dans une prison d ' E t a t la peine de
mort p r o n o n c é e contre le baron de Peyrelau.
Deux ans plus tard, le comte de V a u g i r a u d fut à son
tour accusé de trahison pour avoir livré la Martinique
R E S T A U R A T I O N E T G O U V E R N E M E N T D E S C E N T J O U R S 113
aux Anglais et a t t a q u é la Guadeloupe avec la flotte an-
glaise. Il fut r a p p e l é en France et r e m p l a c é au Gouver-
nement général par le comte Donzelot.
L E C T U R E
Encouragements à accorder pour la conservation
et l'accroissement de la population noire
Monsieur le comte, Monsieur l'Intendant, Messieurs, L'abolition
presque générale de la traite des nègres est un événement qui sans
toucher au maintien de l'esclavage doit néanmoins exercer une grande
influence sur les régime des ateliers.
Il faut tenir la main à l'exécution de l'édit du mois de mars 1685,
connu sous le nom de Code noir et des autres dispositions réglemen-
taires qui auraient été faites depuis pour encourager fa population
des esclaves.
...Rien ne sera plus puissant pour améliorer le sort des esclaves
que l'attention constante des administrations à distinguer les bons
maîtres. Je vous invite à exciter à cet égard entre les colons, une
rivalité généreuse et à me faire connaître les propriétaires d'habita-
tions qui auront obtenu l'avantage dans cette lutte d'humanité et
de raison.
Sa Majesté entend affecter chaque année à la récompense de ces
colons estimables un certain nombre de croix de son ordre royal de
la Légion d'honneur.
Le roi veut que cette disposition soit exécutée à partir de 1817
et vous aurez à me proposer, au plus tôt, un projet relatif au
mode de présenlation des candidats.
Recevez, etc..
Le ministre de la Marine et des colonies.
Signé : comte du Bouchage.
(Dépêche ministérielle adressée au comte de Vaugiraud et à l'In-
tendant Dubuc, le 16 mars 1816).
»
V I N G T - Q U A T R I È M E L E Ç O N
La Martinique sous la Restauration
Organisation de l'île : Administration. — Finances. — Justice. —
Armée.
Après la reddition, de la Martinique à la France le
30 mai 1814, le Gouvernement, de la Restauration s'oc-
cupa de l'organisation générale de l'île.
Administration. - Une ordonnance royale en date du
13 j u i n 1814 d é t e r m i n a les attributions du Gouverneur
général ; une nouvelle ordonnance du 13 a o û t I8I7 s u p -
prima la charge d'Intendant et confia les attributions de
ce dernier au Gouverneur général qui prit le titre de
G o u v e r n e u r et Administrateur pour le Roi. Le 2 octobre
de la m ê m e a n n é e , une décision royale créa dans la Colo-
nie un Directeur de l'Intérieur qui relevait directement
du Ministère de la Marine et qui é t a i t c h a r g é d'aider le
Gouverneur dans son A d m i n i s t r a t i o n . Le D i r e c t e u r de
l ' I n t é r i e u r s'occupait é g a l e m e n t du Domaine.
L'ordonnance royale du 9 février 1827, modifiée par
celle du 22 a o û t 1833, accorda au Gouverneur des attri-
L A M A R T I N I Q U E S O U S L A . R E S T A U R A T I O N
1 1 5
,
butions administrative s e t politique s trè s étendues . Ell e
plaça près de ce dernier un C'onseil Général de 24 membres
n'ayant qu e de s attribution s consultative s e t u n Conseil
Privé
charg é d'éclaire r le Gouverneu r dan s se s décision s
et d e lu i soumettr e toute s proposition s utile s au x inté -
rêts d e l a Colonie .
Le Consei l Priv é s e constituai t parfoi s e n Conseil de
contentieux
et en Commission d'appel. Le Conseil de con-
tentieux tranchait les différends qui pouvaient surgir
entre l'administratio n e t le s particuliers .
La Commissio n d'appe l prononçai t su r l'appe l de s
jugement; rendu s pa r le s Tribunau x d e premièr e ins -
tance relativemen t au x contravention s au x lois , ordon -
nances e t règlement s su r l e commerc e étrange r e t su r l e
régime de s douanes .
Finances. —
U n règlemen t provisoir e d u 2 0 juille t
1816, su r l e régim e financie r d e l a colonie , détermin a l a
nature de s recette s e t de s dépense s d u budge t local . C e
budget arrêt é pa r l e Gouverneu r e t administrateur ,
était dépos é e n origina l a u contrôl e d e l a colonie . Si x
mois avan t l e commencemen t d e l'exercice , un e copi e d u
budget était adressée au Ministre de la Marine, pour être
revêtue de s a signature .
Un Trésorie r qu i relevai t directemen t d u Ministr e d e
la Marin e l'emplissai t le s fonction s d e receveu r e t d e
payeur. I l lu i étai t remi s chaqu e anné e un e expéditio n
du budget des recettes et des dépenses et des rôles de répar-
tition dûmen t arrêtés .
Le Trésorie r devai t remettr e a u Gouverneur , à l a fi n
de chaqu e exercice , l a balanc e d e se s compte s ; i l étai t
tenu égalemen t d e lu i fournir , à tout e réquisition , l a
situation d e s a caisse .
116
H I S T O I R E D É L A M A R T I N I Q U E
Une ordonnance royale du 31 d é c e m b r e 1828, é t a b l i t
dans la colonie la formalité de l'Enregistrement et fixa
en m ê m e temps les bases de la l i q u i d a t i o n et de la percep-
tion des droits.
L a conservation des actes h y p o t h é c a i r e s fut organisée
par l'ordonnance royale du 14 j u i n 1829.
Justice. — Dans l'ordre judiciaire, des tribunaux de
paix et de p r e m i è r e instance, des Cours d'assises et une
Cour rovale furent i n s t i t u é s dans la colonie par l'ordon-
nance royale du 24 septembre 1828 L a Martinique fut
p a r t a g é e en quatre cantons de Justice de Paix, ayant
leurs chefs-lieux respectifs à F o r t - R o y a l , Saint-Pierre,
M a r i n et T r i n i t é ; en deux arrondissements de cours
d'assises dont l ' u n avait pour chef-lieu F o r t - R o y a l et
l'autre Saint-Pierre.
L a m ê m e ordonnance promulgua à la Martinique le
Code c i v i l , le Code de p r o c é d u r e civile, le Code de com-
merce, le Code p é n a l et le Code d'instruction criminelle
modifiés et mis en rapport avec les besoins de la Colonie.
Armée. — Louis X V I I I créa à la Martinique un corps
d'infanterie fort de 2.000 hommes et c o m m a n d é par un
colonel. Ce corps d'infanterie q u ' i l désigna sous le nom de
Légion de la Martinique é t a i t divisé en 2 bataillons com-
prenant chacun 8 compagnies dont 6 de fusiliers, 1 de
grenadiers et 1 de voltigeurs. Chaque bataillon é t a i t
c o m m a n d é par un chef de bataillon et chaque compagnie
par un capitaine.
L'ordonnance royale du 29 octobre 1820 qui d é t e r m i n e
les devoirs de la gendarmerie et ses rapports avec les
a u t o r i t é s fut p r o m u l g u é e dans la colonie, sans modifica-
tion, le 5 j u i n 1829.
V I N G T - C I N Q U I È M E L E Ç O N
La Martinique sous la Restauration
(suite)
Agriculture. — Industrie et Commerce. — Voies de Communica-
tion. — Instruction publique. — Abolition de la Traite. —
Œuvres d'utilité publique et sociale. —
Agriculture.— Le Gouvernement des Bourbons favorisa
le d é v e l o p p e m e n t de l'agriculture dans la colonie. Il
nomma une commission c h a r g é e de procurer à la M a r t i -
nique les plus belles v a r i é t é s de canne à sucre et divers
autres v é g é t a u x utiles, introduisit dans l'île, l'arbre à
pain, des plants de canne à sucre du Paraguay et de
caféiers de l'île Bourbon, y préconisa la culture de la
pomme de terre.
L e Gouverneur Donzelot obligea les colons d'entre-
tenir sur leurs terres des plantations de manioc à raison
d'un c a r r é par 1.0 t è t e s d'esclaves et de bananiers à
raison de 20 touffes par t ê t e .
Industrie et commerce. — L a Restauration entrava le
d é v e l o p p e m e n t du commerce et de l'industrie par u n
protectionnisme outrancier : « E n général, é c r i v a i t le
118
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I O U E
compte Hyde de Neuville, alors Ministre de la Marine,
au Gouverneur Donzelot, l ' é t a b l i s s e m e n t dans la colonie
des manufactures autres que celles qu'exige l a fabrica-
tion du sucre et des autres produits du sol, est contraire
aux i n t é r ê t s de la M é t r o p o l e . » Sur le m ê m e sujet, le
comte de Molé, son successeur, ne se montra pas moins
c a t é g o r i q u e . Il exigea en 1818 la disparition de 3 tanne-
ries établies dans l'île comme contraires au principe du
Pacte Colonial.
Louis X V I I I ferma les ports de la colonie au commerce
é t r a n g e r et interdit aux é t r a n g e r s établis à la Martinique
d'exercer les fonctions de marchands, courtiers, agents
d'affaires de c o m m e r c e e n quelque sorte et de quelque
m a n i è r e que ce soit.
Voies de communication. — Louis X V I I I et Charles
m u l t i p l i è r e n t les voies de communication à l ' i n t é r i e u r de
l'île par la c r é a t i o n de bonnes r o u l e s royales qui relièrent
les différentes paroisses à F o r t - R o y â l et à Saint-Pierre,
(les r o u l e s dont l'ouverture et l'établissement é t a i e n t à la
c h a r g e des paroisses intéressées, étaient entretenues aux
frais (le la c o l o n i e .
Instruction publique. — L'instruction n ' é t a i t d o n n é e
q u ' à un petit nombre de privilégiés. L a M a i s o n Royale de
Notre-Dame de Bon P o r t ( Saint-Pierre Mouillage), créée
en 1816, recevait « des jeunes filles qui é t a i e n t élevées
selon les principes de la religion catholique, apostolique
et romaine et instruites sous tous les rapports d'une ma-
nière conforme à leur sexe ». .
Le Collège R o y a l de S a i n t - V i c t o r fondé la m ê m e a n n é e
n'eut qu'une d u r é e é p h é m è r e ; devenu un é t a b l i s s e m e n t
trop o n é r e u x pour le budget, i l fut s u p p r i m é le 30 j u i n
L A M A R T I N I Q U E S O U S L A R E S T A U R A T I O N 119
ISIS. Six bourses gratuites furent a t t r i b u é e s par
Louis X V I I I en vertu de l'ordonnance du 18 septembre
1816, aux meilleurs sujets de l'île.
Charles X se montra plus favorable que son prédéces-
seur à la diffusion de l'enseignement parmi les classes
inférieures : par l'ordonnance du 9 février 1827 i l permit
l'ouverture de nombreuses écoles d'enseignement mutuel
dans les différentes paroisses de la colonie.
Abolition de la traite. —- L a Restauration ne se
montra pas favorable à l ' é m a n c i p a t i o n des esclaves,
mais elle d é c r é t a l'abolition de la traite par l'ordonnance
royale du 8 janvier 1817. 1 )es instructions sévères furent
adressées par Louis X V I I I au Gouverneur Donzelot pour
le respect de cette ordonnance.
L a loi du 15 avril 1818 ordonne que « toute part quel-
conque qui serait, prise par des sujets et des navires
français, en quelque lieu, sous quelque condition et p r é -
texte que ce soit et par des individus é t r a n g e r s dans les
pays soumis à la domination française, au trafic de la
traite des noirs, sera punie par la confiscation du navire
et de la cargaison et l'interdiction du capitaine s'il est
français ». Pour l ' e x é c u t i o n de cette ordonnance une
croisière fut constamment entretenue sur les côtes fran-
çaises d'Afrique à l'effet de visiter les b â t i m e n t s français
qui se p r é s e n t a i e n t dans ces parages.
Œuvres d'utilité publique et sociale -— Louis X V I I I
institua dans la colonie quelques œ u v r e s d ' u t i l i t é publique
et sociale. Il organisa la direction de l'hospice des enfants
t r o u v é s et des orphelins indigents ainsi que l ' h ô p i t a l
des pauvres femmes et filles malades et e s t r o p i é e s .
Il é t a b l i t à F o r t - R o y a l en 1816 un conseil de s a n t é et
1 2 0
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
ordonna en 1817 la c r é a t i o n d'un h ô p i t a l à Fort-Bourbon.
Il s'occupa é g a l e m e n t de l a discipline des esclaves et
rappela aux colons les bienveillantes dispositions du Code
noir.
L E C T U R E
Abolition de la traite
Dépêche ministérielle adressée au Gouverneur Donzelol,
le 30 janvier 1818,
Les ordres précis qui ont été donnés à plusieurs reprises par
le Gouvernement du Roi pour l'exécution des traités et conventions
relatifs à l'abolition du trafic des esclaves, et, en dernier lieu, les
dispositions de l'ordonnance de Sa Majesté du 8 Janvier 1817,
vous ont fait connaître que des obligations importantes vous
sont imposées à cet égard, et que vous devez faire usage, pour
les remplir, de tous les moyens d'administration, de police et de
force.
Il résulte cependant de plusieurs rapports, qui viennent d'être
répétés par les journaux anglais, que des cargaisons de noirs
achetés à la Côte d'Afrique auraient été récemment introduites
dans la Colonie par des navires français.
Vous voudrez bien faire au plus tôt les recherches les plus exactes,
à l'effet de constater si de telles contraventions ont eu lieu, par quels
navires elles auraient été commises, si des poursuites ont été
exercées contre les infracteurs, quels en ont été les éffets, etc.
J'ai au surplus à vous notifier que le Roi veut absolument faire
cesser les plaintes de la nature de celles qui viennent de s'élever
encore à ce sujet, que vous devez y concourir par la surveillance
la plus active et la plus sévère, et que si, dans l'étendue de votre
Gouvernement, de telles contraventions restaient impunies, vous
seriez rendu personnellement responsable des conséquences.
Le Ministre de la Marine et des Colonies,
Signé : Comte de MoLÉ.
V I N G T - S I X I È M E L E Ç O N
Condition des esclaves,
des hommes de couleur libres et
des affranchis sous la Restauration.
Affaire Bissette
Les esclaves. — La Restauration avait aboli la traite
mais n'avait rien l'ait pour l ' é m a n c i p a t i o n des esclaves
dont le sort é t a i t très dur.
Le maintien des r è g l e m e n t s a n t é r i e u r s q u i permet-
taient d'infliger aux esclaves les c h â t i m e n t s les plus
cruels comme la d é t e n t i o n dans des ergastules pendant
8 nuits et deux dimanches, la peine d u fouet q u i variait
selon la g r a v i t é de la faute de 5 à 29 coups, sans compter
la marque et la mutilation, rendaient insupportable le
sort de ces malheureux et les poussaient à s ' é v a d e r et à
s'adonner au marronnage. Aussi fallut-il d é c e r n e r des
primes élevées pour les capturer et leur faire de v é r i
tables chasses à courre où souvent ils é t a i e n t t u é s i m p u
n é m e n t par les soldats de milices ou les chasseurs de
montagnes lancés à leur poursuite.
1 2 2
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Les hommes de couleur libres et les affranchis. — Les
hommes de couleur libres et les affranchis vivaient dans
une situation moins misérable que celle des esclaves. Ils
jouissaient d'une liberté relative mais é t a i e n t soumis à
des r è g l e m e n t s humiliants inspirés par les préjugés de
l ' é p o q u e . Il leur é t a i t interdit de porter certains costumes,
d'avoir les mêmes noms que les blancs, de servir comme
écrivains dans les bureaux des officiers publics, de porter
des armes ou de s'assembler sans une autorisation du
Procureur du R o i , d'exercer les professions de chirurgien
et de pharmacien, de vendre en gros et d'exercer des
professions m é c a n i q u e s , de travailler ailleurs q u ' à la
culture sans un permis du commandant de paroisse.
A ces r è g l e m e n t s draconiens s'ajoutaient des ordon-
nances absurdes qui faisaient défense « aux curés et offi-
ciers publics de qualifier aucuns gens de couleur libre de
sieur et dama », qui assignaient dans les spectacles le pa-
radis pour la place des hommes de couleur libres, qui dé-
fendaient à ceux-ci de se placer dans les églises, les pro-
cessions cl les convois funéraires parmi les blancs.
Insurrection du Carbet. — E n 1822, les esclaves es-
s a y è r e n t de c o n q u é r i r leur liberté, par la violence. Dans
la nuit du 12 au 13 octobre, ils o r g a n i s è r e n t , au Carbet,
une insurrection au cours de laquelle ils m a s s a c r è r e n t
quelques colons et i n c e n d i è r e n t des p r o p r i é t é s . Cette
r é v o l t e fut très sévèrement r é p r i m é e : les principaux
insurgés furent c o n d a m n é s à la peine de mort, les autres
aux t r a v a u x forcés.
Affaire Bissette. - Les hommes de couleur libres et
les affranchis r é c l a m è r e n t , à leur tour, l'égalité civile
et politique.
C O N D I T I O N D E S E S C L A V E S
423
E n 1822, ils e x p o s è r e n t au Roi, à la Chambre des Pairs
et à la Chambre des d é p u t é s , dans plusieurs adresses
les i n i q u i t é s sociales dont ils é t a i e n t victimes ainsi que
Les hummes de couleur condamnes aux galères à perpétuité et à la marque
pour avoir réclamé l'égalité civile et politique.
1. Cirille Charles Auguste BISSETTE.
la situation humiliante dans laquelle ils vivaient. P l u -
sieurs exemplaires d'une adresse au R o i , i m p r i m é e à
Paris et i n t i t u l é e : «De la situation des hommes de couleur
libres aux Antilles françaises, furent introduits dans la
colonie. Cette adresse fut j u g é e séditieuse par les colons
qui d é c i d è r e n t le Gouverneur Donzelot à poursuivre
124 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
tous ceux qui l'avaient r e ç u e et r é p a n d u e par la publica
-
tion et par la lecture ».
Bissette, Volny, Fabien, Delphille, Denil, Frappart
Bellisle-Duranto, tous hommes de couleur libres furent
Les hommes politiques de couleur condamnés aux galères à perpétuité
et à la marque pour avoir réclamé l'égalité civile et politique.
2. Jean-Baptiste VOLNY.
a r r ê t é s et e m p r i s o n n é s , accusés d ' ê t r e « auteurs, fauteurs
ou partisans d'un complot dont le but aurait été de ren-
verser l'ordre c i v i l et politique é t a b l i dans les colonies »
Bissette, V o l n y et Fabien furent c o n d a m n é s aux galères
à p e r p é t u i t é ; les autres au bannissement du territoire
français (12 janvier 1824)
C O N D I T I O N D E S E S C L A V E S
125
Sur pourvoi en Cassation p r é s e n t é par M
e
Isambert,
la Cour s u p r ê m e cassa l ' a r r ê t de la Cour royale de la
Martinique et renvoya l'affaire devant la Cour royale de
la Guadeloupe qui rendit un a r r ê t m i t i g é (27 mars 1827).
Les hommes de couleur condamnés aux galères à perpétuité et à la marque
pour avoir réclamé l'égalité civile et politique.
3. Louis FABIEN, fils.
E n 1828 tous les c o n d a m n é s r e c o u v r è r e n t leur l i b e r t é
et leurs droits.
Deux noms sont à retenir dans cette affaire qui pas-
sionna longtemps l'opinion publique à la Martinique ; celui
d'Isambert, avocat à la cour de Paris, et celui de Benjamin
Constant, d é p u t é à la Chambre des Pairs, qui d é f e n d i r e n t
courageusement, l ' u n et l'autre, la cause des o p p r i m é s .
126
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
L E C T U R E
Exposé sommaire de l'affaire Bissette fait par
Benjamin Constant à la Chambre des Pairs
le 26 avril 1828
Vous savez, Messieurs, que plusieurs ordonnances de nos Rois
ont été destinées à donner dans nos colonies des garanties équi-
tables aux hommes de couleur. Ces ordonnances remontent
à Louis X I V et même à Louis XIII. Une brochure rappelant ces
ordonnances parut en 1822. Quelques hommes de couleur la por-
tèrent à la Martinique: elle avait été publiée dans la capitale sans
devenir l'objet d'aucune poursuite. Il ne pouvait être interdit
à aucun sujet français de la posséder ; mais alarmés par cette
brochure, les ennemis des hommes de couleur adressèrent au Gou-
vernement une réclamation qui dans tous les temps et dans tous
les pays aurait dû être considérée comme un acte de rébellion.
Ils se déclaraient décidés à défendre, à quelque prix que ce fût.
les règlements coloniaux, règlements contraires aux ordonnances
royales et chargeaient le Gouverneur de faire bien comprendre
au Gouvernement qu'ils étaient fermement résolus à n'admettre
aucune modification. Si quelque département de France parlait
ainsi à l'autorité, le devoir de l'autorité serait de sévir contre
ces provocations à la révolte....
Le Gouverneur, dont l'impérieux devoir était de réprimer les
rebelles, n'aspira qu'à leur complaire. Il ordonna des perqui-
sitions chez tous les hommes de couleur ; on trouva la brochure
dont je vous ai parlé ; des arrestations nombreuses s'ensuivirent
la supposition d'un complot, un procès, des condamnations
au bannissement, des déportations, un appel à minima, une
condamnation à la marque et aux galères, un pourvoi refusé
par le greffier et malgré le pourvoi une exécution qui a marque
du sceau de l'infamie des hommes reconnus innocents dès qu'ils
ont réussi à se faire entendre.
V I N G T - S E P T I È M E L E Ç O N
La Martinique sous la monarchie
de Juillet
Insurrection de Saint-Pierre et de la Grande Anse. — Sollicitude
de la Monarchie de juillet en faveur des hommes de couleur
libres, des affranchis et des esclaves. — Réformes législatives. —
Insurrection de Saint-Pierre et de la Grande Anse. —
A u d é b u t même du Gouvernement de Louis-Philippe,
deux insurrections é c l a t è r e n t à la Martinique : l'une à
Saint-Pierre eu lévrier 1831, l'autre à la Grande Anse en
d é c e m b r e 1833 ; toutes deux turent rapidement étouffées.
21. esclaves qui avaient, pris part à l'insurrection de
Saint-Pierre furent pendus et 41 insurgés de la Grande
Anse, furent c o n d a m n é s à la peine de mort.
L a bienveillante et constante sollicitude que la mo-
narchie de Juillet allait, manifester en faveur des esclaves
des affranchis et des hommes de couleur libres devait
faire cesser les révoltes stériles et funestes dont, la M a r t i -
nique é t a i t trop souvent le t h é â t r e .
128
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
Œuvres Coloniales de la Monarchie de juillet. — Le
Gouvernement de Louis-Philippe modifia profondément,
la législation coloniale, accorda aux hommes de couleur
libres et aux affranchis la jouissance des droits civils
et politiques, améliora la condition des esclaves et favo-
risa le d é v e l o p p e m e n t de l'instruction publique dans la
Colonie.
Réformes législatives : suppression du Conseil Général
et institution du Conseil Colonial. — L a loi du 24 avril 1833
sur le régimes législatif des Colonies supprima le Conseil
général et le r e m p l a ç a par un Conseil Colonial de 30
membres élus au suffrage censitaire. Le cens électoral était
de 300 francs pour les électeurs et de 600 francs pour les
éligibles.
Le Conseil Colonial votait et discutait le budget pré-
s e n t é par le Gouverneur, d é t e r m i n a i t l'assiette et la
r é p a r t i t i o n des i m p ô t s , é m e t t a i t des v œ u x sur toutes les
questions louchant aux i n t é r ê t s de la colonie.
L a m ê m e loi admit le principe de la r e p r é s e n t a t i o n
coloniale par l'élection de deux délégués du Conseil
colonial près le Gouvernement du Roi.
Organisation des Municipalités. — E n 1837, le baron
de M a c k a u , Gouverneur de la Martinique, partagea la
colonie en 20 communes a d m i n i s t r é e s chacune par un
Conseil Municipal élu pour six ans par des électeurs
censitaires âgés de 25 ans et payant 200 francs de contri-
butions directes. Pour ê t r e éligible, i l fallait avoir au
moins 25 ans et payer 300 francs de contributions di-
rectes. Le Maire et les adjoints é t a i e n t n o m m é s pour 3 ans
par le Gouverneur et choisis parmi les Membres du Con-
seil M u n i c i p a l . Ils pouvaient être suspendus et révoqués
par le Gouverneur mais a p r è s avis du conseil p r i v é .
S O U S L A M O N A R C H I E D E J U I L L E T 129
Le Conseil M u n i c i p a l s'occupait exclusivement de la
gestion des i n t é r ê t s communaux ; i l se r é u n i s s a i t deux
fois par an au commencement de mars et de septembre.
Un cachot au temps de l'esclavage.
On roncontre encore à la Martinique, sur certaines propriétés, d'anciens
cachots voûtés, en maçonnerie, où l'on enfermait les esclaves sur l'ordre
des propriétaires. Notre gravure représente un de ces cachots dont l'usage
a été supprimé par Louis-Philippe.
Jouissance des droits civils et politiques accordée aux
hommes de couleur libres et aux affranchis. — Les règle-
ments restrictifs concernant les hommes de couleur
libres et les affranchis furent abrogés en 1830 et 1.831
par deux a r r ê t é s du Gouverneur Dupotet que sanctionna
Louis-Philippe.
L'ordonnance royale du 24 février 1831 accorda les
droits civils aux hommes de couleur libres. L a loi du
24 avril 1833 renforça cette ordonnance en accordant la
9
130 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
jouissance des droits civils et politiques aux hommes de
couleur libres et aux affranchis. Elle r é v o q u a , en même
temps, toutes les dispositions de lois, édits, ordonnances
royales et r è g l e m e n t s locaux qui entravaient l'exercice
de ces droits.
Amélioration du sort des esclaves. - L o u i s - P h i l i p p e
facilita l'affranchissement des esclaves, améliora leur
situation matérielle par l'abolition des cachots, de la peine
de la mutilation et de la marque, l'interdiction de L'em-
ploi des armes à feu dans la poursuite des esclaves fugi-
tifs.
Il s'occupa é g a l e m e n t de leur é d u c a t i o n intellectuelle
et morale par la c r é a t i o n d'écoles gratuites et obligatoires
dans les villes et bourgs de la colonie pour les jeunes
esclaves des d e u x sexes âgés de 8 à 14 ans.
Instruction publique. — E n 1838, en vertu d'un contrat
passé avec le Directeur de l'Institut des Frères de Ploër-
mel, de nombreux instituteurs a r r i v è r e n t à la Martinique,
et ouvrirent des écoles gratuites dans tous les b o u r g s de
la colonie.
En 1841, les s œ u r s de Saint-Joseph de Cluny fondèrent
deux grandes écoles pour les filles, l'une à F o r t - R o y a l ,
l'autre à Saint-Pierre.
L'Inspection des é t a b l i s s e m e n t s d'enseignement pu-
blic fut organisée par l ' a r r ê t é du 7 d é c e m b r e 1812. Elle
était assurée dans chaque commune par une commission
c o m p o s é e du Maire, du Curé de la paroisse et du Juge de
Paix du Canton.
Institution des Caisses d'Epargne. — Louis-Philippe
favorisa l'épargne chez les classes inférieures par l'insti-
S O U S L A M O N A R C H I E D E J U I L L E T
131
t u t i o n d'une Caisse d'Epargne à F o r t - R o y a l (8 d é c e m b r e
1838) avec succursales à Saint-Pierre, T r i n i t é et M a r i n .
Il les appela ainsi au t r a v a i l , les habitua à l ' é c o n o m i e et
à l a p r é v o y a n c e et leur permit, en m ê m e temps, l ' a c c è s
de la p r o p r i é t é i n d i v i d u e l l e .
L E C T U R E
Extrait de la circulaire ministérielle du
12 novembre 1841 relative à l'emprisonnement
des esclaves
Monsieur le Gouverneur,
Vous savez qu'en diverses occasions et notamment par suite
des derniers procès qui ont attiré l'attention de la Chambre des
Députés sur le régime des habitations coloniales, des opinions
fort divergentes ont été exprimées tant aux colonies que dans
la métropole sur l'emprisonnement des esclaves par l'ordre immédiat
des propriétaires. Aux colonies, on a paru croire que cette faculté
pouvait être exercée d'une manière en quelque sorte illimitée,
et comme conséquence du droit de possession ; ici, on a soutenu,
au contraire, qu'aucune disposition de la législation en vigueur
sur l'esclavage, n'attribuait explicitement aux maîtres le pouvoir
d'emprisonner les noirs par mesure disciplinaire....
L'existence des cachots sur les habitations, la détention illimitée
des noirs par voie de discipline et l'emploi de certains moyens
coercitifs pour prévenir leur évasion, sont incompatibles, non seu-
lement avec les lois de la morale et de l'humanité, mais encore
avec la saine interprétation de la législation générale et des règle-
ments propres à chaque colonie sur la police des esclaves.
Le Ministre Secrétaire d'Etat de la Marine et des Colonies,
Signé : Amiral
D U P E R R É .
V I N G T - H U I T I È M E L E Ç O N
La Martinique
sous la Deuxième République
Lutte entre les abolitionnistes et les esclavagistes. — Abolition
de l'esclavage. — Œuvres coloniales de la 2
e
République. —
Réformes politiques et administratives. — Elections législatives
du 9 août 1848. Fort-de France et Fort-Desaix.
Lutte entre les abolitionnistes et les esclavagistes. -
Les ordonnances libérales de Louis-Philippe en faveur des
esclaves, des affranchis et des hommes de couleur libres,
avaient i n q u i é t é les colons qui les c o n s i d é r a i e n t comme
un acheminement vers l'abolition pure et simple de
l'esclavage. Déjà, le Parlement britannique sous la pres-
sion de l'opinion publique, façonnée par Wilberforce,
avait v o t é la suppression de cette odieuse institution
dans toutes les colonies anglaises (1833).
E n France, la lutte fut t r è s vive entre les esclavagistes
qui c o n s i d é r a i e n t l'esclavage comme une institution
légitime et en demandaient le maintien et les abolition-
nistes qui, s'inspirant des principes de 1789, r é c l a m a i e n t
l ' é m a n c i p a t i o n totale des esclaves.
S O U S L A D E U X I È M E R E P U B L I Q U E
1 3 3
Lamartine, Armandy Barbès, Louis Blanc, Ledru-
Rollin, Victor Schœlcher, de Broglie, Montalembert, Passy,
se d i s t i n g u è r e n t parmi ceux q u i d é f e n d i r e n t p a s s i o n n é -
ment la cause de la l i b e r t é des esclaves.
Victor SCHŒLCHER
surnommé le « Wilberforce français » (1804-1803).
Lutta passionnément pour l'abolition de l'esclavage qu'il fit décréter
par le Gouvernement provisoire, le 4 mars 1848.
Le Gouvernement de L o u i s - P h i l l i p p e h é s i t a i t encore
entre les sollicitations intéressées des esclavagistes et les
revendications humanitaires des abolitionnistes quand
éclata la R é v o l u t i o n de 1848,
Abolition de l'esclavage. — Le Gouvernement provi-
soire et r é p u b l i c a i n , élu le lendemain m ê m e des événe-
ments de février 1848. s'empressa de d é c r é t e r le 4 mars
134
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
suivant, sur la proposition de S c h œ l c h e r , que « nulle
terre française ne pouvait plus porter d'eselavcs ».
L e d é c r e t d'abolition p r é p a r é par S c h œ l c h e r fut signé
par les Membres du Gouvernement provisoire et rendu
publique, le 27 a v r i l 1848. Sa promulgation et son appli-
cation dans la colonie furent confiées à Perrinon, homme
de couleur, dont S c h œ l c h e r connaissait le savoir et l'ex-
périence ainsi que les opinions libérales. E l l e se firent
sans secousse violente ; l'incendie de la maison de San-
nois à Saint-Pierre p r o v o q u é par le meurtre du nègre
Michaux fut le seul é v é n e m e n t regrettable qu'on eut
à déplorer à cette é p o q u e .
Armand Barbès.
Œuvres coloniales de la 2e République. — 1
o
Organi-
sation de la Liberté. — S i le passage de la servitude à la
S O U S L A D E U X I È M E R É P U B L I Q U E
135
l i b e r t é s'opéra sans violence dans la colonie, ce fut à cause
des sages mesures que prit le Gouvernement provisoire,
tant en faveur des colons qu'en faveur des nouveaux
affranchis.
François-Auguste PERRINON.
Né à Saint-Pierre (Martinique), en 1812. Etait chef de bataillon d'artillerie
de marine quand il fut, délégué par le Gouvernement provisoire en qualité
de Commissaire général de la République à la Martinique. Il promulgua,
dans la colonie, les différents décrets concernant l'abolition de l'esclavage.
Les colons furent d é d o m m a g é s de la perte de leurs es-
claves, en vertu de l'article 5 de l'acte d'abolition, par
une juste i n d e m n i t é qui fut fixée à 2.300.000 de francs
pour la M a r t i n i q u e . Une partie de cette somme fut
consacrée à l ' é t a b l i s s e m e n t d'une banque de p r ê t et d'es-
compte dans la colonie (1849).
En même temps que le Gouvernement provisoire abo-
lissait l'esclavage dans les colonies françaises, i l prenait
une série de d é c r e t s qui organisaient l'assistance pu-
blique, rendaient l'école primaire gratuite et obligatoire,
assuraient la l i b e r t é de la presse, instituaient des jurys
1 3 6 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
cantonaux chargés de régler les contestations entre les
patrons et les ouvriers, c r é a i e n t , sur les p r o p r i é t é s doma-
niales, des ateliers nationaux où é t a i e n t e m p l o y é s les
travailleurs sans ouvrage, r é p r i m a i e n t le vagabondage
et la m e n d i c i t é et organisaient des fêtes annuelles de
t r a v a i l pour « effacer le c a r a c t è r e de d é g r a d a t i o n dont la
servitude avait m a r q u é l'agriculture ».
P o r r y - PAPY.
Représentant de la Martinique à l'Assemblée Nationale Constituante
(1871 à 1874).
2° Réformes administratives et politiques. — L e Gou-
vernement provisoire nomma, en remplacement du Gou-
verneur, un Commissaire général à la Martinique et dé-
c r é t a , en attendant la décision de l'Assemblée Nationale
sur le régime législatif des colonies, la suppression du
Conseil colonial dont les attributions furent confiées au
Commissaire général.
Il p r o n o n ç a la dissolution des Conseils municipaux q u i
S O U S L A D E U X I È M E R É P U B L I Q U E 137
furent organisés 5 mois plus tard sur la base du suffrage
universel.
Il supprima les délégués coloniaux et accorda à la
colonie, en vertu de l'article 6 de l'acte d'abolition,
3 r e p r é s e n t a n t s titulaires et 2 s u p p l é a n t s à l'Assemblée
nationale, élus pour 3 ans par le suffrage universel.
Victor MAZULINE.
N é à la Martinique, le 21 juillet 1789. Député suppléant de la Martinique
à l'Assemblée Nationale (1848).
Elections législatives du 9 août 1848. — Les élections
curent lieu le 9 a o û t 1848. Elles d o n n è r e n t une t r è s forte
m a j o r i t é à S c h œ l c h e r , Bissette et P o r r y - P a p y qui
furent ainsi n o m m é s d é p u t é s de la Martinique à l'Assem-
blée nationale ; elles d é s i g n è r e n t en m ê m e temps, comme
d é p u t é s s u p p l é a n t s , Mazuline et France. L ' a n n é e sui-
1 3 8 H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
vante l ' A s s e m b l é e Constituante se s é p a r a a p r è s avoir
v o t é la loi électorale des 8 et 28 février et 15 mars 1849.
Cette loi supprima les délégués suppléants et ramena à
deux le nombre des r e p r é s e n t a n t s titulaires de la colonie
au Parlement.
A u x élections de mai I849, Bissette et P é c o u l furent
élus d é p u t é s de la Martinique à la nouvelle Assemblée
législative.
Fort-de-France et Fort-Desaix. — Un a r r ê t é consulaire
d u 8 floréal an X ( I 8 avril 1802) avait décidé que Fort-
Royal prendrait le nom de Fort-de-France et F o r t -
Bourbon celui de F o r t - D e s a i x . Sous la Restauration et la
monarchie de Juillet, on avait n é a n m o i n s conservé les
d é n o m i n a t i o n s a n t é r i e u r e s .
Sous la 2
e
R é p u b l i q u e , le Gouverneur Rostolan rappela
les dispositions de l ' a r r ê t é du 18 a v r i l 1802 : F o r t - R o y a l
devint d é f i n i t i v e m e n t Fort-de-France ; le F o r t - B o u r b o n
reprit é g a l e m e n t le nom de Fort-Desaix qu'il conserve
encore aujourd'hui (20 mars 1848
PREMIÈRE LECTURE
Wilberforce
Wilberforce lutta pendant quarante ans pour la réhabilitation
de toute une race proscrite, et il lutta avec cette fixité de but,
cette sérénité de volonté qui n'appartiennent qu'aux hommes
dévoués à une idée. — Eh bien ! il ne désespéra pas, et il y eut
un jour, un grand jour dans sa vie, un jour pour lequel il sembla
avoir vécu tout le nombre de ses longues années ; ce fut le jour
S O U S L A D E U X I È M E R E P U B L I Q U E
139
oû le Parlement de son Pays vota l'acte d'émancipation. Le 28
juillet 1833, Wilberforce vivait encore ; mais comme s'il eût attendu
le salaire de sa vie avant de la quitter, il touchait à sa dernière
heure, quand ses amis vinrent lui annoncer que l'acte libérateur
était voté, et que son idée à lui, son idée bafouée, calomniée, in-
juriée pendant un demi-siècle, était devenue une loi de son Pays,
et bientôt serait infailliblement une loi de l'Humanité ! Le saint
vieillard, absorbé déjà dans les pensées éternelles, et qui depuis
longtemps n'avait pas proféré une parole, parut se ranimer comme
une flamme remuée sous la cendre ; il joignit ses mains amaigries
par la vieillesse et consumées par le zèle, il les éleva vers le ciel :
« Ce que j'ai fait est bien ! je meurs content ». Et son esprit monta
peu d'instants après dans l'éternité, emportant avec lui devant
Dieu les chaînes brisées d'un million d'hommes.
L A M A R T I N E ,
Discours sur l'abolition de l'esclavage, 10 mars 1848. Hachette,
éditeur.
D E U X I È M E L E C T U R E
Victor Schoelcher
Victor Schoelcher a eu dans sa vie deux objets d'ardente pas-
sion : l'émancipation des esclaves et la République. — C'est au
cours de son voyage au Mexique que l'esclavage lui apparut pour
la première fois. A cette vue, jaillirent, comme par explosion, des
plus intimes profondeurs de son être, toutes les vertus naturelles,
la haine de l'injustice, la passion pour la liberté, la sympathie
pour tout ce qui souffre. L ' â m e de Wilberforce s'éveilla en lui,
et, quand il revint en France, il rapportait un trésor d'indignation
qui était un trésor de charité. Sa vie avait un but, son âme
un principe. Il était parti commis voyageur, il revint abolilion-
niste. Encore jeune, il fut admis dans la Société pour l'abolition,
qui comptait parmi ses membres les noms les plus illustres : Lamar-
tine, de Rroglie, Arago...
Après la Révolution de 1848, il est nommé par Arago, Sous-
Secrétaire d'Etat aux colonies ; quelques jours après sa nomina-
tion paraissait à l'officiel, préparé et contre-signe par lui, le décret
qui abolissait immédiatement l'esclavage dans toutes les colonies
françaises.
D'après E .
L E C O U V É .
V I N G T - N E U V I È M E L E Ç O N
La Martinique sous l'Empire
Le coup d'Etat du 2 décembre 1851. — Modifications politiques
et administratives. — Réformes judiciaires. — Question sociale
et économique. — Crédit foncier colonial. — Création du bassin
de radoub. — Guerre du Mexique.
Le Coup d'Etat du 2 décembre — Le Coup d ' E t a t du
2 d é c e m b r e 1851 n'eut, aucune répercussion fâcheuse à la
Martinique ; la proclamation de l ' E m p i r e fut accueillie
avec indifférence par toutes les classes de la population.
Cependant, le changement de constitution, ratifié par
le plébiscite des 21 et 22 novembre 1852. devait modifier
p r o f o n d é m e n t le r é g i m e administratif et politique de la
colonie.
Modifications politiques et administratives. — Le
premier acte du Gouvernement i m p é r i a l fut de supprimer
le suffrage universel aux colonies.
Les Conseils municipaux lurent dissous et r e m p l a c é s
par des commissions municipales n o m m é e s par le G o u -
verneur.
L A M A R T I N I Q U E S O U S L ' E M P I R E 141
Le S é n a t u s - c o n s u l t e du 3 mai 1854 accorda à ce dernier
le drQit de nommer les conseils municipaux, les maires et
les adjoints.
Les conseillers g é n é r a u x furent n o m m é s pour six ans
moitié par le Gouverneur et m o i t i é par les conseillers
municipaux. L a r e p r é s e n t a t i o n parlementaire fut suppri-
mée et r e m p l a c é e par un c o m i t é consultatif établi près
du Ministère de la Marine et des Colonies ; ce Comité
é t a i t c o m p o s é de 5 membres dont 4 n o m m é s par l ' E m p e -
reur sur le proposition du Gouverneur et un délégué du
Conseil général.
Le S é n a t u s - C o n s u l t e du 4 juillet 1866 modifia celui
du 3 mai 1854 ; i l règle encore à l'heure actuelle les pou-
voirs et les attributions du Conseil G é n é r a l .
Réformes judiciaires. — Dans l'ordre judiciaire, les
cours impériales r e m p l a c è r e n t les cours royales.
Le décret du 16 a o û t 1854 d é t e r m i n a la c o m p é t e n c e des
juges de paix en m a t i è r e civile, régla la composition des
tribunaux de p r e m i è r e instance et des cours i m p é r i a l e s
et assimila, quant aux conditions de recrutement, la
magistrature coloniale à la magistrature m é t r o p o l i t a i n e .
Crise économique. — Une des c o n s é q u e n c e s fâcheuses
de l'abolition de l'esclavage avait été l'abandon du tra-
v a i l par les nouveaux affranchis. Ceux-ci qui avaient
v é c u pendant plus de deux siècles dans le travail forcé
« c o n s i d é r a i e n t le travail de la terre comme l ' e m b l è m e
avilissant de leur dur esclavage ». A peine libérés, ils
d é s e r t è r e n t les champs ou é m i g r è r e n t dans les îles v o i -
sines.
L ' i n s t i t u t i o n du livret obligatoire qui r é t a b l i s s a i t le
travail forcé ainsi que les mesures rigoureuses prises par
142
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
le gouverneur A m i r a l de Gueydon pour l ' a p p l i c a t i o n de
celte institution c o n t r i b u è r e n t davantage à é c a r t e r les
affranchis du travail de la terre.
L'agriculture et l'industrie connurent une crise do
m a i n - d ' œ u v r e telle que l'exportation baissa de plusieurs
millions pendant les premières a n n é e s qui suivirent
l ' é m a n c i p a t i o n des esclaves. Pour r e m é d i e r à cette situa-
tion le gouvernement impérial créa, en 1853, l'immigra-
tion par engagement dans la colonie ; des nègres re-
c r u t é s sur la côte d'Afrique, des Chinois, des Hindous
a r r i v è r e n t tour à tour à la Martinique.
L'immigration hindoue fut la plus forte : en 1875, la
colonie comptait déjà plus de 12.000 coolies. Cependant
les affranchis restés dans la colonie s ' é t a i e n t remis peu à
peu au travail et é t a i e n t devenus la plupart p r o p r i é t a i r e s .
L'immigration n'eut, dès lors, plus sa raison d ' ê t r e :
elle fut a r r ê t é e en 1883 et d é f i n i t i v e m e n t s u p p r i m é e en
1888. Les Indiens furent r a p a t r i é s c o n f o r m é m e n t aux
dispositions de la convention franco-britannique du
1er juillet 1861.
Crédit foncier colonial. — E n même temps que le Gou-
vernement impérial créait l'immigration, ¡1 instituait et
organisait le crédit agricole dans la colonie.
Le d é c r e t du 24 octobre 1860, constitutif de la Société
de Crédit colonial favorisa, par des p r ê t s consentis aux
planteurs, le d é v e l o p p e m e n t de la culture de la canne
à sucre et permit la création de nombreuses sucreries
dans les centres agricoles de l'île.
Bassin de radoub. — Sous le Gouvernement du 2e
Empire fut créé au Carénage le bassin de radoub, qui
fut ouvert en 1868 aux navires français et é t r a n g e r s .
L A M A R T I N I Q U E S O U S L ' E M P I R E 1 4 3
Guerre du Mexique (18G2-18G7). — L a guerre du
Mexique consacra la valeur s t r a t é g i q u e de Fort-de-
France. Pendant toute la durée des hostilités, cette ville
fut le port de station, de ravitaillement et de refuge des
escadres françaises.
L ' e x p é d i t i o n du Mexique m i t é g a l e m e n t en relief la
bravoure et le patriotisme des Martiniquais.
Ceux d'entre eux q u i prirent part à cette guerre,
marins levés en v e r t u des lois sur l'inscription maritime
a p p l i q u é e s dans la colonie depuis 1849, engagés volon-
taires et soldats indigènes du génie militaire se distin-
g u è r e n t par leur courage, leur bravoure et leur esprit
de discipline et m é r i t è r e n t les honneurs d'un ordre du
jour spécial (8 novembre 18G4).
P R E M I È R E L E C T U R E
Les Républicains et le coup d'Etat
du 2 décembre 1851
Les Républicains avaient essayé de résister au coup d'Etat du
2 décembre en soulevant le peuple et en élevant des barricades.
A la rue Sainte-Marguerite où fut tué le député Baudin le 3 dé-
cembre 1851, les représentants du peuple, en tête desquels se trou-
vait Schœlcher, se montrèrent admirables de courage et d'héroïsme.
« ...Alors on vit un beau spectacle. Sept représentants du peuple,
sans aucune arme que leurs echarpes, c'est-à-dire majestueuse-
ment revêtus de la loi et du droit, s'avancèrent dans la rue
et marchèrent droit aux soldats, qui les attendaient le fusil en
joue. En les voyant approcher, les soldats et les officiers eurent
un moment de stupeur. Cependant le capitaine fit signe aux
représentants d'arrêter. Ils s'arrêtèrent en effet, et Schœlcher dit
d'une voix grave :
— Soldats ! nous sommes les représentants du peuple souverain,
nous sommes les élus du Suffrage universel. Au nom de la Cons-
144
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
titution, au nom de la République, nous qui sommes l'Assemblée
nationale, nous qui sommes la loi, nous vous ordonnons de vous
joindre à nous, nous vous sommons de nous obéir. Vos chefs,
c'est nous. L'armée appartient au peuple et les représentants
du peuple sont les chefs de l'armée. Soldats, Louis Bonaparte
a violé la constitution, nous l'avons mis hors la loi. Obéissez-nous.
L'officier qui commandait, un capitaine, ne le laissa pas achever. —
« Messieurs, dit-il, j'ai des ordres... Retirez-vous ou je fais tirer». —
« Tirez », cria de Flotte. Les représentants otèrent leurs chapeaux
et firent face aux fusils, Schoelcher seul garda son chapeau sur la
tête, et attendit, les bras croisés.
— A la baïonnette, cria le capitaine.
— Vive la République crièrent les représentants.
Les baïonnettes s'abaissèrent et les soldats fondirent au pas
de course sur les représentants immobiles.
Ce fut un instant terrible et grandiose. Les sept représentants
virent arriver les baïonnettes à leurs poitrines, sans un mot, sans
un geste, sans un pas en arrière. Mais l'hésitation qui n'était pas
dans leur âme, était dans le cœur des soldats... D'un mouvement
unanime ils passèrent entre les représentants sans leur faire de
mal.
V. HUGO. Histoire d'un crime.
D E U X I È M E L E C T U R E
Causes de l'abandon du travail par les affranchis.
Hommage aux Martiniquais
« Les noirs issus d'une contrée où leurs ancêtres vivaient de la
chasse et de la cueillette, dans un climat où les besoins de l'homme
sont peu nombreux, qui, de plus, avaient vécu deux siècles
dans le travail forcé, ne pouvaient pas aimer le travail ni avoir
compris que. librement consenti, il élève la valeur morale de l'indi-
vidu.
A peine libérés, les anciens esclaves refusèrent de travailler
aussi bien chez leurs anciens maîtres que pour eux et préférèrent
la misère dans la paresse. Beaucoup allèrent vers d'autres îles.
La production s'effondra et il fallut plus de 12 ans pour rétablir
en partie la situation.
L A
M A R T I N I Q U E
S O U S I. E M P I R E
145
En 1853, pour faire face aux nécessités agricoles on eut recours
à la main-d'œuvre hindoue ; l'île compta un moment 13.600 travail-
leurs hindous... Cependant, les noirs libérés restés dans l'île
avaient acquis, peu à peu, le goût du travail et la prospérité qui
en est résultée est telle que la Martinique est aujourd'hui un des
pays les plus riches et les plus peuplés du globe.
La France n'a rien à regretter de son œuvre émancipatrice.
En effet, la caractéristique de la race nègre est la bonté, la recon-
naissance et l'attachement. Nous le constatons dans le tirailleur
sénégalais, mais encore bien mieux chez les Martiniquais.
La Martinique devenue française de cœur vibre à l'unisson de
la Mère Patrie. »
E . D A L A D I E R ,
Ancien ministre des Colonies, Nos Vieilles Colonies d'Amérique.
1 0
T R E N T I È M E LEÇON
La Martinique
sous la Troisième République
Proclamation de la République en France et à la Martinique,
Insurrection du Sud.
—
Réformes politiques ; le suffrage uni-
versel rétabli. — Modifications apportées à la représentation
parlementaire,
—
L e Conseil Général et la Commission coloniale.
Proclamation de la République à la Martinique ; Insur-
rection du Sud. — Après la capitulation de Sedan, les
Membres du Gouvernement de la Défense .Nationale
p r o c l a m è r e n t la R é p u b l i q u e en France le 4 septembre
1870 et invitèrent en même temps, par d é p ê c h e , les
Gouverneurs des Colonies à en donner connaissance à
leurs a d m i n i s t r é s .
L a proclamation officielle de la R é p u b l i q u e cul lieu
à la Martinique le 22 septembre de la m ê m e a n n é e .
E l l e fut m a r q u é e par l'insurrection du sud dont le foyer
é t a i t la commune de R i v i è r e - P i l o t e . L a condamnation
du noir Léopold L u b i n par le T r i b u n a l des assesseurs
dont faisait partie Louis Codé, habitant p r o p r i é t a i r e à
S O U S L A T R O I S I È M E R E P U B L I Q U E
R i v i è r e - P i l o t e , fut la cause de ce s o u l è v e m e n t populaire
qui avait pour chefs Jean Telga et Auguste V i l l a r d .
Des é v é n e m e n t s regrettables et douloureux m a r q u è r e n t
cette insurrection : l'assassinat de Codé et de son domes-
tique Georges, le pillage et l'incendie des p r o p r i é t é s
O'Lanyer, Mauny, D u c a n e t - D é s o r m e a u x , Vent et le
L o r r a i n .
L ' i n t e r v e n t i o n des troupes de d é b a r q u e m e n t du «Magi-
cien » et des gardes civiques créées dans toutes les Com-
munes de l'île par le Gouverneur de Loisne mit fin à la
révolte.
Les insurgés comparurent devant un conseil de guerre
présidé par le Capitaine en I
e r
d'artillerie, de P r é m o r a n t ;
12 d'entre eux lurent fusillés à Fort-de-France, au P o l y -
gone (aujourd'hui jardin Desclieux) ; les autres furent
c o n d a m n é s aux travaux forcés et d é p o r t é s à la Guyane
ou à la Nouvelle-Calédonie.
Réformes politiques ; le Suffrage universel. La Troi-
sième R é p u b l i q u e rétablit le suffrage universel à la
Martinique par le décret du 3 d é c e m b r e 1 8 7 0 .
Les conseils municipaux furent renouvelés. Les maires
et les adjoints furent n o m m é s pour 3 ans par le Gouver-
neur et. choisis parmi les Membres du Conseil M u n i c i p a l .
L'élection des Conseillers G é n é r a u x dont le nombre
fut maintenu à 24, eut lieu par canton. L a Martinique
comptait alors 9 cantons : Saint-Pierre (Fort), Saint-
Pierre (Mouillage), Basse-Pointe, T r i n i t é , Fort-de-France,
L a m e n t i n , Anses d'Arlets, S a i n t - E s p r i t , et M a r i n .
Représentation parlementaire. — Le C o m i t é consulta-
tif établi par le S é n a t u s - c o n s u l t e du 3 mai 1854 fut sup-
primé et la r e p r é s e n t a t i o n parlementaire r é t a b l i e . Les
147
148
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
élections du 12 mars 1871 désignèrent Schcelcher et
P o r r y - P a p y comme r e p r é s e n t a n t s de la Martinique à
l'Assemblée nationale constituante. Ce dernier mourut
en 1874 et fut r e m p l a c é le 26 juillet de la même a n n é e
par Godissard.
Modifications apportées à la représentation parlemen-
taire. — Le décret du 3 d é c e m b r e 1870 accordait 2 dé-
p u t é s et un s é n a t e u r à la colonie ; le nombre des d é p u t é s
fut modifié par l'Assemblée Nationale constituante : de
1876 à 1880 la Martinique n'eut droit q u ' à l'élection
d'un d é p u t é .
Les Municipalités. La Troisième R é p u b l i q u e com-
pléta l'organisation municipale par la loi du 5 a v r i l 1884
p r o m u l g u é e dans la colonie le 12 mai de la même a n n é e .
Celte loi fixa la composition et les attributions du
Conseil Municipal et accorda à ce dernier le droit de
choisir, dans son sein, le maire et les adjoints.
Conseil Général. - Les Conseillers g é n é r a u x furent
élus pour six ans par le suffrage universel et renouvelés
par moitié tous les trois ans. Leur nombre qui avait été
fixé primitivement à 24 par le décret du 3 d é c e m b r e 1870
fut élevé à 36 par le décret du 7 novembre 1879.
Le décret du 12 j u i n 1879 créa dans la colonie une
Commission de permanence dite Commission coloniale,
composée de 4 membres au moins et de 7 au plus et élue
par le Conseil Général, dans son sein, à la fin de chacune
de ses sessions ordinaires.
L a Commission coloniale fut tenue de se r é u n i r au
moins une fois par mois et chargée de veiller à l'exécu-
tion des votes du Conseil Général et de donner son avis
S O U S L A T R O I S I È M E R É P U B L I Q U E 1 4 9
sur toutes les questions touchant aux i n t é r ê t s de l a co-
lonie.
L e Conseil G é n é r a l et la Commission coloniale con-
servent encore de nos jours les a t t r i b u t i o n s dont ils ont
été investis respectivement par les d é c r e t s d u 3 d é c e m b r e
1870 et 12 j u i n 1879.
L E C T U R E
L'insurrection du Sud,
par Auguste Cornette de Venancourt,
Maire de Rivière-Pilote en 1870
« Bien avant le 22 septembre, j'étais instruit par la rumeur
publique qu'on se préparait à des désordres. La guerre malheu-
reuse que la France faisait à la Prusse avait porté la fermentation
dans les esprits. La condamnation de Lubin vint donner un nouvel
aliment à celte fermentation. Je prévins l'Administration de la
situation anormale de ma commune par plusieurs lettres dont j'ai
gardé copie et dans lesquelles je relatais tous les malheurs dont
je pressentais l'approche. Un jour, je descendis au bourg, je vis
les Sœurs qui me firent part de leurs craintes et des allées et venues
continuelles de Daniel Bolivard dont elles étaient les voisines et
dont elles entendaient les conciliabules. M. l'abbé Joly me fit
savoir qu'il avait reçu d'une personne la révélation qu'on devait
se porter sur le presbytère d'abord et ensuite chez Collin. De nou-
veau, je prévins l'Administration mais cette fois mes lettres furent
plus pressantes. Je me rendis même à Fort-de-France le mardi :
j'exposai mes craintes au Chef de la colonie et lui parlai des mesures
à prendre. Le Gouverneur me dit qu'il répondait de la population
et qu'il enverrait un détachement de marins aussitôt qu'il appren-
drait la proclamation de la République en France. Je retournai
chez moi, et le lendemain mercredi dans la soirée je reçus une
dépêche m'annonçant la proclamation de la République en France
et m'invitant à en donner connaissance au public. Le 22, je réunis
150
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
la population sous l'arbre de la liberté et je proclamai officiellement
la République. Dans l'après-midi on vit des étrangers en foule
arriver dans le bourg. A l'entrée de la nuit, Telga à cheval et suivi
d'une grande populace arriva en criant : « Codé a demandé ma tête,
moi je demande la sienne ». Je demandai à Telga ce qu'on voulait ;
il me répondit qu'on les avait outragés en disant que les nègres étaient
des gros sous et les mulâtres des pas grand chose
Cependant la troupe qui arrivait à ce moment fut accueillie
par des coups de fusil ; elle riposta par quelques coups distancés
et réussit à gagner la caserne de la gendarmerie où elle passa toute
la nuit. J'expédiai dans la nuit même une estafette à M . le Gou-
verneur pour le prévenir des événements qui s'étaient accomplis
et lui dire la façon dont les troupes avaient été accueillies.
La foule disait que l'on attendait les matières combustibles pour
incendier le bourg. Cependant l'ordre fut donné d'attendre pour
attaquer les soldats et les émeutiers gagnèrent les angles des
rues.
Le lendemain le « Magicien » arrivait ; les insurgés prirent la
fuite dans toutes les directions, l'état de siège fut déclaré, et mes
pouvoirs, cessant à ce moment, je me retirai. »
T R E N T E E T U N I È M E L E Ç O N
La Martinique
sous la Troisième République
(Suite)
Histoire de la Martinique de 1870 a nos jours. — Réformes démo-
cratiques : 1° Instruction publique ; 2° Justice ; 3° Lois en
faveur des humbles. — La grande guerre. — Une aspiration
légitime des Martiniquais.
L ' H i s t o i r e de la Martinique de 1870 à nos jours est
faite, comme celle de la France, de la lutte entre deux
forces opposées : l'esprit de conservation et de r é a c t i o n
fidèle aux principes du Gouvernement personnel (Mo-
narchie ou empire) et l'esprit de progrès et de l i b e r t é
fidèle aux traditions r é p u b l i c a i n e s . E l l e est m a r q u é e par
des é v é n e m e n t s regrettables et pénibles : le sac de la
maison L o t a à Saint-Pierre (18 juillet 1881), des grèves
m e u r t r i è r e s (fusillade du F r a n ç o i s , 8 juillet 1900), l'assas-
sinat du Maire de Fort-de-France, Antoine Siger (29 avril
1908), des rixes sanglantes à l ' é p o q u e des consultations
électorales entre la troupe et le peuple, comme au D i a -
mant, à l'Ajoupa-Rouillon et à Ducos (25 m a i 1925).
152
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
Cependant en d é p i t des querelles byzantines et des
causes plus apparentes que profondes qui divisent le
p a r t i r é p u b l i c a i n à la Martinique, le peuple, de, 1870 à
nos jours par le choix de ses élus, a toujours m o n t r é son
attachement à la R é p u b l i q u e . 11 est fier d'avoir envoyé
Vincent ALLLÈGRE.
Le premier gouverneur républicain de la colonie. Fut élu, par la suite,
Sénateur de la Martinique.
siéger soit à la Chambre des D é p u t é s , soit au S é n a t des
républicains comme Deproge, Hurard, Allègre, Duques-
nay, C l é m e n t , César L a i n é , K n i g h t , Sévère, Lagro-
sillière, Fernand Clerc et de posséder à l'heure actuelle
au Parlement trois, r e p r é s e n t a n t s r é p u b l i c a i n s de nuances
diverses, L é m é r y , Delmont et Frossard dont l ' a u t o r i t é
est incontestable et le talent a p p r é c i é à juste titre.
Réformes démocratiques et sociales : 1° Instruction
Publique. — Sur la demande de ses R e p r é s e n t a n t s , la
Martinique a bénéficié de toutes les réformes d é m o c r a -
S O U S L A T R O I S I È M E R É P U B L I Q U E 1.53
tiques et sociales accomplies en France par la troisième
R é p u b l i q u e .
L a grande loi de 1881, sur la laïcité et la g r a t u i t é de
l'enseignement primaire fut p r o m u l g u é e l ' a n n é e sui-
vante dans la colonie. De nombreux instituteurs m é t r o -
politains a r r i v è r e n t à la M a r t i n i q u e et r e m p l a c è r e n t les
frères de Ploëmel.
Les fondateurs du parti républicain à la Martinique.
Ernest DEPROGE.
L'enseignement primaire libéré de toute confession
religieuse fut mis à la p o r t é e des enfants du peuple et
élargi par la c r é a t i o n de nombreuses écoles de hameaux
et l ' i n s t i t u t i o n de cours s u p é r i e u r s et c o m p l é m e n t a i r e s
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
dans les principaux bourgs de la colonie. L a création
d'un lycée à Saint-Pierre pour les garçons et d'un Pen-
sionnat pour les filles, permit l'accès de l'enseignement
secondaire, par des bourses gratuites aux meilleurs
élèves des écoles primaires.
Les fondateurs du parti républicain à la Martinique.
Osman D U Q U E S N A V .
U n cours normal a n n e x é au lycée pour les g a r ç o n s et
au Pensionnat pour les filles assura le recrutement des
instituteurs laïques podr les écoles primaires de la co-
lonie.
L'école p r é p a r a t o i r e de droit créée provisoirement
par le Gouverneur Allègre, le fi janvier 1882, et organisée
154
S O U S L A T R O I S I È M E R É P U B L I Q U E 155
d é f i n i t i v e m e n t par le décret du 20 janvier 1883, institua
l'enseignement s u p é r i e u r dans la Colonie.
2° Justice. — L a L o i du 27 juillet 1880 portant sup-
pression du collège des assesseurs et institution du Jury
fut p r o m u l g u é e à la Martinique le 23 a o û t de la m ê m e
a n n é e . L a m ê m e loi créa, dans la colonie, une seule cour
d'assises dont le siège fut fixé à Saint-Pierre.
3° Lois en faveur des humbles. — Presque toutes les
lois sociales v o t é e s par la t r o i s i è m e R é p u b l i q u e en fa-
veur des humbles ont été p r o m u l g u é e s dans la colonie :
loi sur les syndicats professionnels qui accorde aux ou-
vriers d'une m ê m e profession le droit de s'associer pour
la défense de leurs i n t é r ê t s corporatifs, loi sur les acci-
dents du travail qui garantit des i n d e m n i t é s aux ouvriers
blessés en travaillant, loi sur l'assistance médicale gra-
tuite aux indigents, sur l'assistance publique obligatoire
aux vieillards, infirmes et incurables, sur l'assistance aux
familles nombreuses et aux femmes en couches, etc.
La grande guerre. — L a Martinique, par l'organe de
ses r e p r é s e n t a n t s au Parlement et pour montrer sa
fidélité et son attachement à la m è r e Patrie, avait tou-
jours r é c l a m é le service militaire obligatoire pour ses
enfants.
L a loi du 5 juillet 1889 sur le recrutement ne r e ç u t
son e n t i è r e application dans la colonie qu'en 1912. A u
d é b u t de la Grande Guerre, les classes 1912 et 1913 qui se
trouvaient déjà en France, prirent une part active à la
bataille de la Marne (5 au 12 septembre 1914) et à l ' e x p é -
dition des Dardanelles (avril 1915). Les classes des
a n n é e s suivantes, les réservistes et les volontaires mar-
tiniquais se d i s t i n g u è r e n t plus tard pendant cette guerre
sur tous les champs de bataille de l ' E u r o p e , en Cham-
156
H I S T O I R E D E I . A M A R T I N I Q U E
pagne, dans la Somme, à Verdun, au Chemin des Dames,
à Salonique, en Serbie et à la grande offensive de 1.91.8
qui consacra d é f i n i t i v e m e n t la victoire de la France sur
les empires centraux.
E n outre de ses 10.000 combattants dont près de 2.000
sont restés sur les champs de bataille, la Martinique,
pendant toute la durée des hostilités, a largement con-
t r i b u é aux besoins de la défense nationale, en livrant
à la France, non seulement son or, mais les produits de
son sol et de son industrie.
De plus, pour donner une preuve de son attachement
à la France et resserrer les liens d'affection qui l'unissent
à la mère Patrie, elle a tenu à participer par un acte de
solidarité, à la reconstitution des régions d é v a s t é e s , en
adoptant pour filleule la ville d ' E t a i n .
Une aspiration légitime des Martiniquais. — L a Mar-
tinique ainsi que la Guadeloupe, la Guyane et la R é u n i o n
qu'on désigne c o m m u n é m e n t encore sous l'expression
inexacte de colonies françaises, est à vrai dire un d é p a r -
tement français. Colonisée peu après la d é c o u v e r t e de
l ' A m é r i q u e par des Normands, des Bretons et des Afri-
cains, elle forme à l'heure actuelle par le mélange des
races qui ont foulé son sol é t r o i t , un petit peuple de colo-
ration é p i d e r m i q u e variant du noir d ' é b è n e au blanc
d ' a l b â t r e , mais ayant la m ê m e langue, les m ê m e s i n t é
rêts, les mêmes croyances religieuses, les m ê m e s moeurs
et les m ê m e s traditions que la France. Par son passé his-
torique qui depuis trois siècles se confond avec celui de
la France, par les é p r e u v e s subies en commun, mais sur-
tout par sa v o l o n t é et par son c œ u r , elle aspire, par une
assimilation c o m p l è t e , à faire partie i n t é g r a n t e de la
grande et généreuse nation française.
S O U S L A T R O I S I È M E R É P U B L I Q U E
157
P R E M I È R E L E C T U R E
Hommage à un grand Républicain : Gambetta
« 0 mon ami, dans la tombe où l'on vient de te descendre, reçois
de ceux qui l'ont tant aimé et qui restent autour de ton cercueil,
le dernier, le suprême adieu. On a célébré ta gloire tout à l'heure,
on a exalté ton patriotisme, ton éloquence sans rivale, ton âme
ardente et ton infatigable pensée : l'existence de la République
et l'honneur de la Patrie, sauvés par ton génie ; on a dit tes rêves
d'avenir, tes espérances invincibles, et la plaie saignante de la
France ouverte dans ton propre cœur. Et pendant ce temps devant
ton cercueil triomphal couvert du drapeau tricolore, les citoyens
défilaient par centaines de mille. Paris faisait silence et la France
entière pleurait. »
Paul BERT, Discours aux obsèques de Gambetla, 6 janvier 1883 :
DEUXIÈME L E C T U R E
Nécessité de l'enseignement laïque
« La Société vit sur le principe de l'amour des citoyens les uns
pour les autres, indépendamment de leur croyance. Or, dites-moi
qui professera, non pas seulement en paroles, mais en action,
cette doctrine qui est le pain de la vie du monde moderne ? Qui
enseignera à Lulher l'amour du papiste ? Qui enseignera au papiste
l'amour de Luther ? Il faut pourtant que ces trois ou quatre mondes
dont la foi est de s'exécrer mutuellement soient réunis dans une
même amitié. Qui fera ce miracle ?
Là est la raison d'être de l'enseignement laïque sans acception
d'aucun dogme particulier. L'instituteur parle tout ensemble au
catholique, au protestant, au juif, et il les fait entrer sous la même
communion civile, Il doit dire : Vous êtes tous enfants d'un même
Dieu et d'une même patrie : tenez-vous par la main jusqu'à la
mort. »
Edgard
Q U I N E T .
158
H I S T O I R E DE L A M A R T I N I Q U E
• T R O I S I È M E E T D E R N I È R E L E C T U R E
A la mémoire de notre héroïque défenseur :
V. Schœlcher
« ...Michelet a dit que la race noire était faite d'amour ; elle
montre tous les jours qu'elle est faite aussi de reconnaissance, de
courage et de dévouement. »
Ernest
D E P R O G E .
Esclaves et colons qui tombiez, côte à côte,
Pour la France lointaine en mêlant votre sang,
Vous me faites revivre, arrêté sur la côte,
Notre passé d'honneur, vos luttes de géant !
J'écoute. Avec orgueil, les vagues vengeresses,
Secouant leur poussière au front noir des granits,
Chantent contre l'Anglais vos altières prouesses,
Ancêtres, sur ces bords, pour la défense unis,
Par l'écho prolongé, leurs hourras de victoire
Eclatent, au ciel libre, en le vent furieux ;
Et mon rêve s'attarde au souvenir de gloire
Devant les champs déserts où veillent les aïeux.
Et je sens la fierté d'exalter leur vaillance,
Sachant que nous, leurs fils, comme eux, obstinément
Nous sommes français et qu'il est de notre sang
Au rouge des couleurs de France.
Victor
D U Q U E S N A Y .
Notices biographiques sur les principaux
personnages nés à la Martinique
1° Personnages militaires et politiques
M O R E A U
de
S A I N T - M E R R Y ,
née à Rivière-Pilote, magistrat
distingué, représentant de la Martinique à l'Assemblée Cons-
tituante où il défendit courageusement la cause des Planteurs.
Aimée DUBUC de RIVERY, née au Robert à la Pointe Royale
en 17GG. F i t ses études à Nantes au couvent des Daines de la
Aimée DUBUC DE RIVERY.
Devenue Sultane Validé, mère de Mahmoud II.
160
H I S T O I R E DE LA M A R T I N I Q U E
Visitation. Le bateau qui la ramenait à la Martinique fit nau-
frage. Elle fut recueillie par un navire espagnol qui lui-même
fut capturé par un corsaire algérien. Conduite à Alger, elle fut
offerte en présent au Sultan Selim III qui, séduit par sa grâce et
sa beauté, l'épousa. A l'avènement de son fils, Mahmoud II,
elle devint la sultane Valide.
Alexandre de BEAUHARNAIS, né à Fort-Royal en 17G0, fils
du marquis de Beauharnais alors Gouverneur général des îles
du Vent. Joua un rôle important à l'Assemblée Constituante.
Commanda en chef l'armée du Rhin en 1794. Guillotiné le
20 juillet de la même année. Grand-père de Napoléon III;
Joséphine TASCHER DE LA PAGERIE, née aux Trois-Ilets en
1763. Epousa en seconde noce le général Bonaparte et devint
Impératrice des Français. Répudiée par Napoléon en-1809,
elle se retira au château de la Malmaison (Seine-et-Oise) où
elle mourut en 1814.
Joseph SERANT, né à Saint-Pierre en 1767, devint Maréchal
de camp ; se distingua par sa bravoure et son courage dans
les armées de la République et de l'Empire.
Le VICOMTE D'AMAUD, né à Trinité en 1771 ; fut l'un des
meilleurs généraux de Napoléon.
P É L A G E , homme de couleur, né à Saint-Pierre, officier de
Rochambeau. Se distingua au siège de Fort-Ia-Convention
(Fort Desaix) et à la Guadeloupe où il contribua avec le général
Richepance à réprimer l'insurrection de 1802.
DELGRÈS, homme de couleur né à Saint-Pierre ; adversaire
de Pélage. Dirigea, à la Guadeloupe, la révolte de 1802. Vaincu
par Richepance i l s'enferma au Matouba où, assiégé par les
armées françaises, i l se fit sauter avec 300 des siens plutôt que
de se rendre.
Du BOURDIEU, né à Fort-de-France en 1804 ; se distingua à
la bataille de Navarin en 1827.
PERRINON (François), homme de couleur, né à Saint-Pierre
en 1812 ; ardent républicain. Nommé par le Gouvernement pro-
visoire, commissaire de la République à la Martinique, i l
promulgua dans la colonie le décret d'abolition de l'esclavage.
N O T E S B I O G R A P H I Q U E S
161
De VASSOIGNE. (Jules), né à la Martinique en 1811. ; général de
division ; se distingua à Bazeilles en 1870 et au Tonkin en 1884.
NRIÈRE
de l'Isle, né au François en
1827,
général de divi-
sion ; prit part à la guerre de 1870 et à la campagne du Tonkin.
PÉLIÈRE LACOURNÉ (1848-1896), né à Saint-Pierre. Capi-
taine de frégate. Prit part à l'expédition du Tonkin et à la
conquête du Daliomey.
2° Poètes et savants
THIBAULT de CHAMPVALLON, né à Saint-Pierre en 1.725.
Membre du Conseil Supérieur et correspondant de l'Académie
Victor DuQUESNAY.
Le doux poète du Marin.
royale des sciences. Publia en 1763 un ouvrage remarquable
Voyage à la Martinique), qui mérita l'approbation de l'Aca-
démie pour sa partie scientifique.
M
102
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
L ' Œ I L L A R D d'AvRiGNY, né à Saint-Pierre en 1760. Publia
des œuvres littéraires qui furent très appréciées des écrivains
de son temps.
Auguste de M A Y N A R D , né à Saint en 1814, poète de talent
qui a décrit avec beaucoup de sincérité les choses et les mœurs
de son pays.
Le Docteur
M O R I S S T I N ,
né à Saint-Pierre. S'est rendu célèbre
dans la chirurgie pendant la grande guerre, a attaché son nom
à l'œuvre de la régénération de la face humaine.
Victor
D U Q U E S N A Y (1872-1920),
né au Marin. Poète d'une
exquise sensibilité. Ne laissa jamais son village natal dont i l a
parlé avec une émotion toute filiale dans les Martiniquaises
et les Chansons des Isles.
Daniel T H A L Y , lauréat des jeux floraux de Toulouse, le
« prince des poètes antillais ». Ses principaux ouvrages sont : le
Jardin des Tropiques, Chansons de mer et d'outre mer, Chants de
l'Atlantique. Autour de Daniel
T H A L Y
se groupent de jeunes
poêtes, comme Léopold
F L A V I A ,
Marcel
A C H A R D , M A R A U D
de
S I G A L O N Y ,
A .
J O Y A U
dont le talent mérite d'être encouragé.
Réflexions générales
Aux jeunes gens,
Les hommes tous pareils devant la mort commune, aigrissent
leur malheur par de la haine entre eux. Aimons, même en
souffrant, nos frères plus heureux.
J . A l C A R D .
L'Histoire de notre petit pays nous offre un enseignement
d'une haute portée morale que nous devons conserver avec un
soin jaloux : l'amour de la liberté, inséparable de l'amour de la
France et de la République.
C'est la France républicaine qui a donné à nos pères la
liberté ; c'est elle qui a fait disparaître les anciennes distinc-
tions sociales et a fait de nous des hommes, des citoyens ayant
tous les mêmes droits comme les mêmes devoirs.
C'est en faisant un usage raisonnable et juste de notre liberté
que nous montrerons à la France « qu'elle n'a rien à regretter
de son œuvre émancipatrice ».
Des préjugés tenaces que seuls, les progrès de l'instruction
feront disparaître, le souvenir d'un long passé de servitude et
d'oppression qui s'affaiblit peu à peu avec le temps empêchent
encore une harmonie complète de régner entre tous les fils de
notre chère Martinique.
Mais, jeunes gens, vous êtes le progrès, vous êtes l'avenir :
instruisez-vous afin de vous garer des préjugés de l'ignorance ;
H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
pardonnez aux faiblesses de ceux qui en sont imbus, mais
gardez-vous de laisser jamais s'infiltrer en vos cœurs le venin
empoisonné de la haine. Dites-vous bien que les fils ne sont pas
responsables du mal qu'ont pu faire leurs ancêtres au temps
déjà lointain où « le maître était courbé sous le préjugé comme
l'esclave sous la chaîne ». Dites-vous aussi qu'à cette époque
vivaient de très bons maîtres qui entouraient leurs esclaves de
soins plus que paternels.
Tout cela c'est le passé que vous avez le devoir de connaître
parce qu'il vous permet de « déplorer les misères de l'ignorance,
de rendre hommage à la bonté et d'estimer à sa juste valeur l'ins-
truction qui est la source de tout progrès ».
C'est en vous instruisant chaque jour davantage que vous
préparerez à notre petite patrie un avenir de paix et de fra-
ternité, que vous vous montrerez dignes des grands hommes
qui ont combattu et souffert pour notre liberté, pour celle de la
France et pour la République.
J . LUCRÈCE.
164
Tableau chronologique
des principaux événements
qui intéressent l'histoire de la Martinique
Table chronologique des principaux événements
qui intéressent l'histoire de la. Martinique
11 novembre 1493. — Découverte de l'île par Christophe
Colomb.
15 juin 1502. — Christophe Colomb débarque au Carbet à son
quatrième voyage en Amérique.
1626. — Création de la Compagnie des îles d'Amérique.
25 juin 1635. — Lyénart de l'Olive et Duplessis d'Ossou-
ville débarquent au Carbet et se rembarquent deux jours
après pour la Guadeloupe.
1
e r
septembre 1635. — Prise de possession de l'île par
d'Enambuc.
1636. — Insurrection des Caraïbes.
1642. — Création de l'Intendance sur la proposition de
Duparquet.
1645. — Création du Conseil souverain.
1649. — Dissolution de la Compagnie des îles d'Amérique.
1650. — Acquisition de la Martinique par Duparquet.
1654. — Des Hollandais chassés du Brésil sont accueillis par
Duparquet qui les autorise à s'établir dans la baie des Flam-
rnants. Ils importent à la Martinique la canne à sucre et le
secret de la fabrication du sucre.
1658. — Dernière insurrection des Caraïbes et mort de Du-
parquet.
1660. — Introduction de la culture du cacao par le juif
Benjamin da Costa.
168 H I S T O I R E D E LA M A R T I N I Q U E
L664. Acquisition de la Martinique par la Compagnie des
Indes occidentales.
1665. — Révolte des esclaves.
1666-1667.
—
Tentatives de débarquement des Anglais au
Prêcheur et à Saint-Pierre.
1674. — La Martinique ès1 rattachée définitivement aux
tettes de la couronne.
1674. — Combat de Fort-Royal. L'amiral hollandais Ruyter
abandonne aux Français, à la pointe Simon, l'étendard du
prince d'Orange.
1679. -— Insurrection des noirs, sévèrement réprimée par le
comte de Blénac.
1685. — Colbert réglemente la discipline des esclaves par
la promulgation dans la colonie du Code noir.
1693.
—-
Les Anglais repoussés à Saint-Pierre et au Prêcheur
(bataille du fond Canonville).
1694.
—
Arrivée de père Labat, savant dominicain qui est.
nommé curé du Macouba et s'installe peu de jours après à
Sainte-Marie, sur l'habitation Saint-Jacques OÙ il établit cul-
tures et rhummerie ; s'occupe également de médecine et de
cuisine. A inventé l'appareil à distiller qui porte encore son
nom.
1697. — Débarquements nocturnes des Anglais au Marigot
et à Sainte-Marie.
1717. — Gaoulé du Diamant ; le marquis de la Varenne et
son intendant Ricouart sont arrêtés au Diamant et embarqués
pour la France.
1719. Importation des vagabonds comme engagés.
1723.
—
Introduction de la culture du caféier d'Arabie pur
GabiiciI Desclieux.
15 janvier 1759.
—
Débarquement des Anglais à la Case-
Navire ; ils sont repoussés par Duprey de la Ruffinière
9 janvier 1762.
—
Les Anglais battus à la Pointe Borgnesse.
15 février 1762. — Capitulation de Levassor de la Touche et
prise de possession de l'île par les Anglais.
T A B L E A U C H B O N O L O G I Q U E
169
10 Février 1763. — Reddition de l'île à la France et création
du Fort Bourbon.
1764. — Faillite du père L a Valette ; expulsion des Jésuites.
13 août 1766.
—
Violent cyclone accompagné de tremble-
ments de terre ; nombreuses victimes.
12 octobre 1780. — Violente tempête qui s'étend sur toutes
les petites Antilles.
3 septembre 1783. — Traité de Versailles qui met fin à la
guerre de l'indépendance américaine et restitue à la France
Tabaco et Sainte-Lucie.
17 juin 1787.
—
Création d'une Assemblée Coloniale.
1787-1794. — Période de guerres intestines entre plan-
teurs et négociants qui s'intitulent aristocrates et patriotes,
royalistes et républicains.
2 septembre 1790. — Le vicomte de Damas établit le siège de
son Gouvernement, au Gros-Morne.
25 septembre 1790. — Défaite de Dugommier à l'Acajou.
1793. — Départ du comte de Béhague et arrivée de Ro-
15 avril 1793. Défaite de Rochambeau au camp Décidé. 16 juin I 793.
—
Les Anglais sont, battus à la Case-Navire par
Rochambeau.
22 mars 1794. — Capitulation de Rochambeau et prise de
posession de l'île par les Anglais.
1794-1801. — Occupation anglaise.
1801. — Restitution de la Martinique à la France.
1802. — Rétablissement de l'esclavage. Fort de la Répu-
blique ci-devant Fort-Royal et Fort-de la-Convention ci-
devant Fort-Bourbon prennent respectivement les noms de
Fort-de-France et Fort-Desaix.
1809. — Les Anglais débarquent au Robert et investissent
le Fort Desaix. Honteuse capitulation de l'amiral Villaret-
Joyeuse.
20 novembre 1815. — Deuxième traité de Paris qui restitue
la Martinique à la France.
8 janvier 1817. — Suppression de la traite.
170
H I S T O I R E D E L A M A R T I N I Q U E
1822. — Insurrection du Carbet.
1824. — Allaire Bissette.
1831. — Insurrection .de Saint-Pierre.
1833. — Insurrection de la Grand Anse.
24 février 1.831. — Les droits civils accordés aux hommes de
couleur libres.
24 février 1831. — Les droits civils et politiques accordés à
toute personne née libre ou ayant également acquis la liberté.
1837. — Organisation des municipalités.
27 avril 1848. — Décret d'abolition de l'esclavage préparé
par Schœlcher ; institution du suffrage universel à la Marti-
nique.
2 décembre 1851. — Coup d'Etat ; Louis Bonarparte rétablit
l'Empire à son prolit. Suppression du suffrage universel.
5 et 6 août 1851. — Premières manifestations de la mon-
tagne Pelée.
3 mai 1854. — Sénatus consulte qui détermine les attribu-
tions du Conseil Général ; suppression de la représentation
parlementaire;
1853. — Création de l'immigration par engagement dans la
colonie.
1862-1868. — Guerre du Mexique.
4 juillet 1866. — Sénatus-Consulte qui modifie celui du
3 mai 1854.
22 septembre 1870. — Proclamation de la République à la
Martinique.
24 septembre 1870. — Insurrection du Sud. Assassinat de
Codé à la Croix du Morne Vent à Rivière-Pilote.
23 août 1880. — Suppression du Collège des assesseurs et
institution du jury à la Martinique.
18 juillet 1881. — Affaire Lota-Hurard.
1882. — Laïcisation des écoles et création d'un lycée à Saint-
Pierre.
1884. — Promulgation de la loi du 5 avril 1884 sur l'organi-
sation des municipalités.
1887. — Epidémie de variole.
T B L E A U C H R O N O L O G I Q U E
171
22 juin 1890. — Incendie de Fort-de-France.
18 août 1891. — Violent cyclone qui désole la colonie.
1900. — Grèves à Sainte-Marie, Trinité, Bassignac, François.
Dans cette dernière commune le lieutenant Kahn se croyant
menacé fait tirer sur les grévistes (16 victimes).
8 mai 1902. — Destruction de Saint-Pierre par les éruptions
de la Montagne Pelée.
1912. — Application de la L o i du 5 juillet 1889 sur le ser-
vice militaire obligatoire.
1914-1918. — Grande Guerre.
25 mai 1925. — Rixes entre la troupe et le Peuple au Dia-
mant et à Ducos.
T A B U L E D E S M A T I È R E S
l
r e
L E Ç O N .
—
Découverte de l'Amérique par Christophe
Colomb 1
2°
L E Ç O N .
—
Découverte de la Martinique : Les Caraïbes. 5
3
e
L E Ç O N .
—
Premières colonies françaises d'Amérique ;
De l'Olive et Duplessis 10
4
e
L E Ç O N .
—
Infructueux essais de colonisation :
Habitants et engagés 14
5°
L
E Ç O N
.
—
Richelieu et la colonisation en Amérique ;
les conquistadores ; introduction des noirs en Amérique. 17
6
e
LEÇON. — Colonisation de la Martinique par d'Enam-
buc et Dupont
21
7
e
L E Ç O N .
—
Du Parquet. — Le conseil souverain. — Le
commandeur de Poincy.
—
Captivité de Du Parquet. . . . 26
8°
L E Ç O N .
—
Acquisition de la Grenade et de Sainte-Lucie.
—
Cession de la Martinique à Du Parquet 31
9°
L E Ç O N
.
—-
Introduction de la canne à sucre à la Marti-
nique.
—
Les nègres marrons. — Mort de Du Parquet.. 35
10
e
L
E Ç O N
.
—
Création et dissolution de la compagnie des
Indes occidentales.
-—
Le pacte colonial.
—
Combat de
Fort-Royal 40
11
e
L E Ç O N
—- Gouvernement
du Comte de Blénac. — Le
code noir. — Combat du fond Canonville. — Le père
Labat
46
12
e
L
E Ç O N
.
—
Le « gaoulé » du Diamant — Importation de
vagabonds comme engagés.
—
Louis X V et les esclaves
africains 52
13°
L
E Ç O N
.
—
Conquête de la Martinique par les Anglais
sous le gouvernement do Le Vassor de la Touche. —
Remise de l'île à la Franco
57
14°
L
E Ç O N
.
—
Construction du Fort Bourbon.
—
Expulsion
des jésuites.
—
La Martinique, siège du gouvernement
général des îles du Vent 62
T A B L E D E S M A T I È R E S .173
15
e
L E Ç O N .
—
Le marquis de Bouillé ; ses conquêtes. —
Gouvernement du Vicomte de Damas 66
16
e
L E Ç O N .
—
Etat politique, religieux et social de la
Martinique au XVIII
e
siècle.
—
Les villes et les paroisses. 71
17
e
L E Ç O N .
—
Période de troubles intérieurs. — Création
d'une assemblée coloniale. — Planteurs et n é g o c i a n t s . . 75
18
e
L E Ç O N .
—
La Martinique pendant la période révo-
lutionnaire 79
19°
L E Ç O N .
—
Le Gros Morne siège du gouvernement
de l'île. — Défaite de Dugommier à l'Acajou. — De
Percin
85
20°
L E Ç O N .
—
Gouvernement du comte de Béhague.
—
Rochambeau. — Prise de l'île par les Anglais 91
21°
L E Ç O N .
—
La Martinique sous le Consulat et l'Em-
pire 97
22
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous le I
e r
Empire 104
23
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la Restauration et le
Gouvernement des Cent Jours 110
24
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la Restauration (suite). 114
25
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la Restauration (suite). 117
26
e
L E Ç O N .
—
Condition des esclaves, des hommes de cou-
leur libres et des affranchis sous la Restauration. —
Affaire Bissette 121
27
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la Monarchie de juillet. 127
28
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la 2
e
R é p u b l i q u e . . . . 132
29
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous l'Empire 140
30
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la 3
e
R é p u b l i q u e . . . . 146
31
e
L E Ç O N .
—
La Martinique sous la 3
e
République (suite). 151
Notices biographiques sur les principaux personnages nés à
la Martinique 159
Réflexions générales 163
Tableau chronologique des principaux événements qui
intéressent l'histoire de la Martinique 165
I M P R I M E R I E D E S P R E S S E S U N I V E R S I T A I R E S D E F R A N C I
P A R I S - S A I N T - A M A N D .
—
23-5-1933.
TABLE DES MATIÈRES
1re LEÇON. — Découverte de l'Amérique par Christophe Colomb
2e LEÇON. — Découverte de la Martinique : Les Caraïbes
3e LEÇON. — Premières colonies françaises d'Amérique ; De l'Olive et Duplessis
4e LEÇON. — Infructueux essais de colonisation : Habitants et engagés
5e LEÇON. — Richelieu et la colonisation en Amérique ; les conquistadores ; introduction des noirs en Amérique
6e LEÇON. — Colonisation de la Martinique par d'Enambuc et Dupont
7e LEÇON. — Du Parquet. — Le conseil souverain. — Le commandeur de Poincy. — Captivité de Du Parquet
8e LEÇON. — Acquisition de la Grenade et de Sainte-Lucie. — Cession de la Martinique à Du Parquet
9e LEÇON. —- Introduction de la canne à sucre à la Martinique. — Les nègres marrons. — Mort de Du Parquet
10e LEÇON. — Création et dissolution de la compagnie des Indes occidentales. -— Le pacte colonial. — Combat de Fort-Royal
11e LEÇON. — Gouvernement du Comte de Blénac. — Le code noir. — Combat du fond Canonville. — Le père Labat
12e LEÇON. — Le «gaoulé» du Diamant — Importation de vagabonds comme engagés. — Louis XV et les esclaves africains
13e LEÇON. — Conquête de la Martinique par les Anglais sous le gouvernement do Le Vassor de la Touche. — Remise de l'île à la France
14e LEÇON. — Construction du Fort Bourbon. — Expulsion des jésuites. — La Martinique, siège du gouvernement général des îles du Vent
15e LEÇON. — Le marquis de Bouillé ; ses conquêtes. — Gouvernement du Vicomte de Damas
16e LEÇON. — Etat politique, religieux et social de la Martinique au XVIIIe siècle. — Les villes et les paroisses
17e LEÇON. — Période de troubles intérieurs. — Création d'une assemblée coloniale. — Planteurs et négociants
18e LEÇON. — La Martinique pendant la période révolutionnaire
19e LEÇON. — Le Gros Morne siège du gouvernement de l'île. — Défaite de Dugommier à l'Acajou. — De Percin
20e LEÇON. — Gouvernement du comte de Béhague. — Rochambeau. — Prise de l'île par les Anglais
21e LEÇON. — La Martinique sous le Consulat et l'Empire
22e LEÇON. — La Martinique sous le Ier Empire
23e LEÇON. — La Martinique sous la Restauration et le Gouvernement des Cent Jours
24e LEÇON. — La Martinique sous la Restauration (suite)
25e LEÇON. — La Martinique sous la Restauration (suite)
26e LEÇON. — Condition des esclaves, des hommes de couleur libres et des affranchis sous la Restauration. — Affaire Bissette
27e LEÇON. — La Martinique sous la Monarchie de juillet
28e LEÇON. — La Martinique sous la 2e République
29e LEÇON. — La Martinique sous l'Empire
30e LEÇON. — La Martinique sous la 3e République
31e LEÇON. — La Martinique sous la 3e République (suite)
Notices biographiques sur les principaux personnages nés à la Martinique
Réflexions générales
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